As impressões digitais dos eleitores que se cadastraram para votar em urnas eletrônicas biométricas serão compartilhadas com a Polícia Federal. O convênio entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a instituição será assinado hoje, em Brasília, pelo presidente da Corte, Gilmar Mendes, e o diretor-geral da PF, Fernando Segóvia. A polícia poderá utilizar as informações em investigações criminais. O TSE também terá acesso ao banco de dados da PF, que será usado para cadastrar automaticamente eleitores que não tiveram suas digitais coletadas, de acordo com informação do Blog do Estadão.
Acelera. O convênio também pode acelerar a emissão de passaportes. Quem tiver as digitais cadastradas no TSE não precisará repetir o procedimento ao pedir o documento à PF.
Dado. O TSE já colheu as impressões digitais de 50,4 milhões de pessoas, o que corresponde a 34,4% do total do eleitorado. A meta é concluir a identificação de todo o eleitorado até 2022.
Ensaio. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) já teve duas reuniões com o marqueteiro Luiz Felipe Soutello, responsável pelo programa do PSD. Cotado para disputar a eleição presidencial de 2018, ele será a estrela da peça que vai ao ar dia 21 de dezembro.
Todo seu. O presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab, e parlamentares da sigla não vão participar do programa. O foco será a recuperação econômica e o esforço dele para o equilíbrio fiscal.
Ele e elas. Meirelles só não será o único a aparecer porque a lei exige a participação de mulheres. As representantes do partido falarão sobre machismo.
Escolhe. Para ficar com o Ministério das Cidades, o PP já fala internamente em entregar o da Saúde. O partido sabe que a base de Temer não irá permitir que administre os dois maiores orçamentos da Esplanada. O presidente sonha em colocar David Uip na saúde.
Naufrágio. Primeira empreiteira da Operação Lava Jato a fechar acordo de leniência com o governo, a UTC está sem capital para pagar os R$ 574 milhões devidos. A empresa, em recuperação judicial, tem R$ 1 bilhão para receber da Petrobrás, mas a petroleira suspendeu pagamentos de contratos sob suspeita.
Fôlego. O ex-ministro Bruno Araújo quer tirar uns dias de folga antes de reassumir o mandato de deputado federal pelo PSDB-PE. Diz que ganhou de presente hipertensão e refluxo.
Meu. Presidente da CCJ da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) empregou o advogado Mateus de Moura Lima, citado na delação de Lúcio Funaro como operador de Toninho Andrade, vice-governador de MG.
Caindo fora. Lima trabalhou por um ano e meio no gabinete de Pacheco e dois meses na CCJ. Pediu exoneração em 8 de junho, quando Andrade apareceu nas planilhas da JBS.
Com a palavra. Pacheco diz que os fatos delatados são anteriores à admissão por ele do advogado nos seus gabinetes.
Missão. Num de seus últimos atos na direção-geral da PF, Leandro Daiello indicou os delegados Denisse Ribeiro e José Azevedo para ajudar a CPMI da JBS. A comissão é usada pelo governo para encontrar irregularidades do Ministério Público na delação de Joesley e Wesley Batista, da JBS.
Doril. Na representação do MP acolhida pelo desembargador Abel Gomes para prender empresários de ônibus no Rio de Janeiro não há menção à decisão do ministro Gilmar Mendes, Supremo, que os soltou anteriormente nem da 2a Turma, que ratificou a liminar. É como se não existissem.
Só coincidência. Se engana quem pensa que Abel Gomes atuou para vingar o juiz Marcelo Bretas, que mandou prender os empresários da primeira vez, mas teve a decisão revogada pelo Supremo. Os dois não se bicam.