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Paraíba

Ex-secretário e mais cinco são denunciados por superfaturamento de R$ 4 mi em construção de muro

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Ministério Público Federal na Paraíba apresentou denúncia na última sexta, 24, contra o ex-secretário de Infraestrutura de João Pessoa Cássio Augusto Cananéa Andrade e mais cinco pessoas por peculato pelo suposto desvio e superfaturamento de R$ 4.053.429,56 no âmbito da construção de um novo muro de proteção na lagoa do Parque Solon de Lucena. Segundo a denúncia, o valor que deveria ter sido gasto com a obra era de R$ 2.606.962,10, sendo o gasto contratado pela Prefeitura com a empresa Compecc Engenharia cerca de 81% superior.

O caso foi revelado pelo site Paraíba Já e confirmado pelo Estadão.

Além de Cássio, a peça assinada pelo procurador Yordan Moreira Delgado abarca Eduardo Ribeiro Victor, o administrador da Compecc, empresa responsável pela obra do muro, o diretor de obras da Seinfra na época Marcos César Bezerra do Nascimento, o engenheiro da secretaria Eugênio Régis Lima e Rocha, a diretora de orçamentos e projetos da pasta Maria da Penha Xavier de Brito e o engenheiro Evaldo de Almeida Fernandes, informa reportagem do Estadão.

Os seis foram indiciados no inquérito policial que teve como objeto a construção do muro de proteção. Segundo as investigações, o valor pago pela obra após medição realizada em dezembro de 2015 foi de R$ 4.627.035,22, com sobrepreço R$ 2.020.073,12.

Quase dois anos depois foram realizadas outras duas medições e elaborou-se um laudo complementar que elevou o superfaturamento para R$ 2.911.553,53, a preços de julho de 2015. Atualizando o valor pela taxa básica de juros (Selic) para outubro de 2018, alcançou-se R$ 4.053.429,56 de superfaturamento.

Segundo a denúncia, a Polícia Federal identificou sobrepreço tanto na planilha referente ao contrato celebrado entre o município de João Pessoa e a empresa Compecc, quanto na planilha orçamentária elaborada pela Prefeitura para servir de base para a concorrência pública da obra.

No documento produzido durante a fase de orçamento, os peritos constataram que do valor total da obra, 92,66% se referiam a uma estaca hélice contínua, equipamento utilizado para fundação. A composição de custo de tal serviço foi elaborada elaborada pela diretora de orçamentos e projetos da secretaria de infraestrutura da Prefeitura Municipal de João Pessoa Maria da Penha Xavier de Brito , diz a acusação.

A peça indica ainda que a o engenheiro Evaldo de Almeida Fernandes analisou e deu anuência à planilha orçamentária no âmbito da Caixa Econômica Federal. Já o engenheiro Evaldo de Almeida Fernandes era o fiscal da construção do muro.

A investigação apontou ainda que durante a execução da obra, o diretor de obras da Seinfra era o engenheiro Marcos César Bezerra do Nascimento, que assinou boletins de medição da construção, entre eles o que apresentava o comprimento medido e pago do serviço de estaca hélice contínua.

A denúncia afirma que, além do faturamento, havia ‘aspectos estranhos’ na relação entre a Compecc e o secretário Cássio Andrade. Entre eles estaria o fato de que das 15 empresas que participaram do edital, apenas a Compecc compareceu à reunião de apresentação das propostas. Segundo a Procuradoria, há indícios de que a que empresa teve prévio conhecimento da composição do custo do serviço de execução de estaca do tipo hélice contínua .

O documento também indica que o engenheiro Eugênio Régis Lima e Rocha, mesmo trabalhando como fiscal da prefeitura, teria recebido R$ 10 mil para elaborar um laudo técnico para obra da Compecc em Aracaju em 2015 e 2016, enquanto a obra da Lagoa era executada.

Ao fim da peça, o procurador Yordan registra ainda que a esposa de Cássio é engenheira da Caixa Econômica Federal, trabalhando com acompanhamento da execução dos contratos de repasse de recursos do governo federal, e que sua irmã é casada com o funcionário da Compecc que trabalhaou durante toda a obra do muro. Após o término da construção, o homem passou a trabalhar como assessor na Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

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Paraíba

R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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Redação do Portal da Capital

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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Redação do Portal da Capital

O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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