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Paraíba

Infraestrutura e falta de material dificultam vida de estudantes na Zona Rural

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As dificuldades de quem estuda em escolas localizadas na zona rural da Paraíba vão desde a precariedade na infraestrutura física, a falta de materiais didáticos e a atuação de professores sem a formação adequada. O resultado se reflete diretamente na qualidade do ensino e rendimento dos alunos. Em nenhum dos dez municípios com o maior número de matrículas em escolas da zona rural paraibana, a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2015, foi alcançada por todas as unidades educacionais.

De acordo com reportagem de Katiana Ramos e Fernanda Figueirêdo, do Correio da Paraíba, o descaso com as escolas da zona rural é tanto que, atualmente, há 128 unidades na rede pública da Paraíba sem infraestrutura adequada, como água tratada, rede de esgoto, energia elétrica e banheiro dentro do colégio. A informação é do Movimento Todos Pela Educação. Em 2007, a entidade identificou 360 escolas nesta situação.

Na contramão da dificuldade, o estudante José Jefferson Soares da Mota, 16 anos, está no 3º ano do Ensino Médio na Escola Walnyza Borborema Cunha Lima, localizada no Sítio Estreito, às margens da rodovia PB-138, há 10 km de Campina Grande. Ele conta que, apesar da instituição ter obtido uma nota inferior à meta do Ideb, os professores são muito preparados e comprometidos com a aprendizagem dos alunos. Jefferson foi o único aluno de escola pública a ser medalhista na Olimpíada Campinense de Matemática, dividindo o pódio com alunos de conceituadas escolas particulares do município.

“O resultado é fruto de muito estudo e empenho do professor Alécio Soares, que até se mudou para a zona rural só para nos ajudar a estudar para essa olimpíada. Ele vinha dar aula até fora do horário dele. Sem dúvida isso foi determinante. Aliás, aqui nós temos professores excelentes. Alguns alunos também conseguiram a nota máxima na redação do Enem do ano passado. Quem não conhece, pensa que a gente, por ser do sítio, nem sabe tanto. Mas a gente se prepara como pode, muita gente dá o melhor de si pra que tudo dê certo, e dá”, disse o jovem, que pretende ser arquiteto.

“Estou há 13 anos em sala de aula, há dois anos e meio assumi a função de diretor da Escola Estadual Walnyza Borborema Cunha Lima, mas estive como professor desde a sua fundação, em 2006. Passo o dia inteiro aqui, manhã e tarde funcionam as turmas de Ensino Fundamental e Médio, e à noite a Educação de Jovens e Adultos, o EJA. Sou de Boa Vista e estudava no Rubens Dutra. Lembro que em 1994 andava 8 km a pé para poder estudar, então eu sei de todas as dificuldades dos alunos. Eles precisam acreditar que são capazes, porque eles são”. Edmar Leite, professor de matemática e diretor da Esc. Est. Walnyza Borborema Cunha Lima, zona rural de Campina Grande.

Falta de perspectiva

Outra realidade vivenciada na zona rural é a falta de perspectiva dos alunos. Apesar de professores capacitados, a falta de material, de computadores com internet e até de estímulo da família contribuem para os estudantes acreditarem que o ensino superior ainda é um sonho distante. A aluna Bruna Aguiar, 17 anos, mora no Distrito Catolé de Boa Vista e conta que o plano de vida dela é apenas terminar a educação básica e procurar um emprego na cidade.

“Eu já sou casada. Moro aqui no sítio e faço o 1º ano do Ensino Médio, só quero estudar até o terceiro. Depois disso talvez eu faça algum curso pra tentar emprego. Trabalhar no comércio, alguma coisa assim. Acho que faculdade é muito difícil, não penso em fazer vestibular. Mas queria morar em Campina Grande”, afirmou Bruna.

“Moro no Assentamento São Vicente e esse ano passei três meses sem vir pra escola, de julho a setembro. O sítio fica distante daqui, não dá pra vir a pé, então eu dependo do transporte público, que todo ano nos deixa na mão. O ônibus vem lotado, ou seja, esse monte de gente todos os anos fica sem aula. A matéria que eu mais gosto é português, mas não penso em fazer vestibular. Não tem nem como eu concorrer com esse povo que estuda o ano inteiro”. Maria Inês Mendes da Silva, 16 anos, aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rubens Dutra Segundo, Distrito de Catolé de Boa Vista.

 

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Paraíba

Paraíba é 1º no ranking de casos de assédio eleitoral no NE e o 3º no país; procurador lamenta

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou o “Painel de Assédio Eleitoral”, uma ferramenta que a Instituição acompanha, em tempo real, o número de denúncias por Estado e a atuação do órgão em todo o País.

De acordo com o Painel do MPT, a Paraíba continua sendo o 1º Estado do Nordeste com o maior número de denúncias acumuladas de assédio eleitoral: 134 casos (no período de 2018 a 2024). Em se tratando de Brasil, a Paraíba ocupa o 3º lugar. O maior número foi registrado nas Eleições presidenciais de 2022.

O procurador-chefe do MPT, Rogério Wanderley, lamentou a posição do Estado no painel.

O comentário do procurador foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, desta quinta-feira (19/09).

Em relação às Eleições Municipais deste ano, o MPT recebeu até a quarta-feira (18/09), em todo o país 300 denúncias. O Nordeste concentra 40% dos casos (120).

A Paraíba é o 3º Estado do País em denúncias recebidas somente este ano: 20 casos. (dados atualizados em 18/09/2024).

O procurador-chefe do MPT na Paraíba, Rogério Sitônio Wanderley, ressalta que o Ministério Público do Trabalho permanece vigilante e que a população pode fazer denúncias por um dos canais disponibilizados pela Instituição. “Trabalhador, lembre-se: O voto é seu e tem a sua identidade! Portanto, denuncie ao MPT se sofrer assédio eleitoral”, enfatizou.

Confira alguns Canais de Denúncias do MPT:

DENUNCIE:

– Pelo Aplicativo MPT Pardal

– Pelo Site nacional do MPT: www.mpt.mp.br

– Pelo site do MPT-PB, no link:

www.prt13.mpt.mp.br/servicos/denuncias

– Pelo WhatsApp Denúncias do MPT Paraíba: (83) 3612-3128

– Pelo telefone: (83) 3612-3100

 

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Paraíba

R$ 4 milhões: TCE multa diretores de OSs contratadas para gerir Trauma de JP na gestão de Ricardo

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O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) julgou irregular mais um processo de gestão das Organizações Sociais Cruz Vermelha do Brasil, filial RS, e ABBC – Associação Brasileira de Beneficência Comunitária, contratadas pelo Estado para administrar o Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena.

Os autos decorrem de Inspeção Especial de Contas na Secretaria de Saúde, realizada entre os anos de 2013 e 2017.  Aos responsáveis foi imputado, em sessão ordinária nesta quarta-feira (18/09), um débito que chega a quase R$ 4 milhões, referente a despesas ilegítimas e não comprovadas (proc. nº 09930/22).

O relator do processo foi o conselheiro Antônio Gomes Vieira Filho, que em seu voto, detalhou as diversas irregularidades apontadas pela auditoria e que ensejaram as responsabilidades em cada exercício. Estão entre os responsáveis pelos valores a serem restituídos no prazo de 60 dias, solidariamente, com as Organizações Sociais, os respectivos gestores. No caso da Cruz Vermelha, os diretores Edmon Gomes da Silva, Ricardo Elias Restum Antônio, Saulo de Avelar Esteves e Milton Pacífico José Araújo. Da ABBC, o diretor-presidente Jerônimo Martins de Sousa. O voto do conselheiro Fábio Nogueira divergiu dos demais, quanto às responsabilidades. Ele entende que os ex-secretários deveriam ser incluídos na imputação solidária.

No relatório e voto o relator relacionou as empresas beneficiadas pelos pagamentos, quais sejam, a Papatudo Indústria e Comércio de Alimentos e Bebidas Ltda ME; Vértice Sociedade Civil de Profissionais Associados; Sérgio Moraes Contadores Associados S/S; Centro de Investigação e Cardiologia e Ginecologia e Lobato, Souza e Fonseca Advogados Associados. Na decisão, a Corte decidiu ainda encaminhar cópias dos autos ao Ministério Público Comum para análise de indícios de atos de improbidade administrativa ou crimes pelos Agentes Públicos.

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Paraíba

3ª edição do Festival Alumiô começa neste sábado, no Centro Histórico de João Pessoa

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Visando potencializar a divulgação da música e da arte paraibana, a 3ª edição do Festival Alumiô acontecerá nos dias 21 e 22 de setembro, a partir das 16h30, anunciando a chegada da primavera no Centro Histórico de João Pessoa, local onde nasceu a terceira cidade mais antiga do país. Neste ano, o Alumiô terá mais de 50 atrações artísticas além de 6 palcos espalhados pelo Varadouro.

A programação conta com nomes conhecidos como Macumbia, Hazamat, Banda Forra, HeadSpawn, Pertnaz, O Bule, Renanrenan e Os Amanticidas, Tuz1n, Dj Isaac, Elon, Sistah’s Selectas, DizAnaju, Sogos, entre outros, e também com novos destaques da cena paraibana como os músicos cajazeirenses Marcos Fernandes, que lançou o clipe de “O Sol Clarear” no mês de julho e já contabiliza mais de 2 mil visualizações no YouTube, e o DJ e produtor musical Dvarte. 

O Circuito Alumiô Centro Histórico será composto por 6 palcos, sendo eles: Palco na Igreja de São Frei Pedro Gonçalves; Palco Secundário ao lado da Vila do Porto; Palco na Vila do Porto; Palco no Centrô; Palco na General Vila Sanhauá;  e Palco 08Centro na Praça XV de Novembro.

O festival também contará com Feira Criativa durante os dois dias, com venda de peças artesanais, roupas exclusivas, e comidas deliciosas, buscando incentivar a economia local. Além disso, o evento busca promover diversão para todos e, para isso, irá promover mais uma vez o “Alumiô para baixinhos”, espaço recreativo com atividades para crianças de todas as idades.

Vale destacar que, para a realização de todo o evento, contamos com os seguintes parceiros: Ateliê do Nai, Mofado Bar, Associação Balaio Nordeste, Maracatu Pé de Elefante, Associação Porto do Capim, grupo Quem Tem Boca é Pra gritar, General Store, Vila do Porto e Produtora Araçá.

Saiba mais no perfil do Instagram: @alumiopb

Sobre o Festival Alumiô

O nome “Alumiô” surge com o sentido de iluminar ou dar luz ao Centro Histórico de João Pessoa, tendo como objetivo ser uma vitrine da produção artística paraibana que abrange os mais diversos gêneros musicais a apresentações artísticas.

A primeira edição do Festival Alumiô ocorreu em 2022, contando com 4 dias de programação, mais de 20 artistas e um público de 5 mil pessoas. Em 2023, a segunda edição foi realizada no formato de uma virada cultural inédita em João Pessoa, com mais de 30 horas de duração e com a participação de mais de 150 artistas, que atraíram mais de 10 mil pessoas para o Largo São Pedro e arredores.

Nesta 3ª edição do Festival Alumiô, a iniciativa cumpre seu papel de estar no calendário regular de eventos na cidade de João Pessoa. O evento acontecerá nos dias 21 e 22 de setembro, como de praxe, na abertura da primavera. O formato da edição atual conta com 2 dias de evento, mais de 50 shows completamente gratuitos, de cantores, DJs e bandas selecionados através de cadastro on-line.

SERVIÇO:

Evento: Festival Alumiô (GRATUITO)

Data e horário: 21 a 22 de setembro, a partir das 16h30

Local: Centro Histórico de João Pessoa

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