O caos financeiro que tomou conta do Hospital Napoleão Laureano nos últimos tempos chegou ao bolso dos médicos, enfermeiras, técnicos e, enfim, de todo o quadro funcional da maior referência de combate ao câncer na Paraíba. A direção não pagou ainda a primeira parcela do 13º salário e causou uma revolta generalizada, uma vez que muitos fizeram planos com o dinheiro extra que recebem no fim de ano. A previsão, segundo uma fonte de dentro do hospital, é que, talvez, o pagamento ocorra nesta quarta-feira.
“Mas não é certeza que isso aconteça. Os comentários é que a direção fez um empréstimo de cerca de R$ 5 milhões para a compra de medicamentos e para o pagamento da primeira parcela do 13º. Mas ninguém diz nada, nenhum comunicado, daí os comentários pelos corredores são os piores possíveis”, informou à reportagem do portal Fatospb um servidor do hospital.
Os trabalhadores da iniciativa privada que não receberam a primeira parcela do 13º salário no meio do ano, teriam que receber a metade do abono de fim de ano até a última sexta-feira, dia 29. Por lei, o pagamento deve ser feito até o dia 30 de novembro, mas como a dia este ano caiu num sábado, o depósito deveria ter sido antecipado em um dia.
“O 13º salário é uma obrigação para todas as empresas que possuem empregados, e o seu não pagamento é considerado uma infração (Lei 4.090/62), podendo resultar em pesadas multas para a empresa no caso de autuada por um fiscal do Trabalho. Para se ter ideia, o valor é de 160 UFIRs (R$ 170,25) por empregado, e esse é dobrado em caso de reincidência”, diz conta Fabiano Giusti, consultor trabalhista da Confirp Contabilidade, lembrando que é uma multa administrativa em favor do Ministério do Trabalho e que além dessa, dependendo da Convenção Coletiva da categoria, pode existir cláusula expressa retratando a correção do valor pago em atraso ao empregado.