A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, na tarde desta quarta-feira (20), sessão solene para entregar a Medalha Augusto dos Anjos ao escritor, teatrólogo, poeta, engenheiro e político paraibano José Mota Victor. O evento, proposto pelo deputado Jeová Campos (PSB), aconteceu no plenário “Deputado José Mariz”.
A outorga da honraria foi aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais paraibanos, com o objetivo de homenagear, conforme Jeová Campos, um cidadão que muito contribui com a cultura paraibana. “A ideia é reconhecer o talento e todo o trabalho deste grande cidadão”, justificou o parlamentar.
No requerimento que motivou a homenagem, o deputado destaca que José Mota Victor tem uma longa e reconhecida trajetória na cultura, lembrando e que em 1978, o ele foi premiado com a peça “A Cruz da Menina”, no IV Concurso Nacional Universitário de Peças Teatrais, promovido pelo Serviço Nacional de Teatro no Rio de Janeiro e, no ano de 1985, no Concurso Nacional Literário do IV Centenário da Paraíba, com a peça teatral “Confeitaria Glória”.
Em seu discurso, Jeová Campos lembrou que o homenageado lançou, recentemente, mais uma obra literária, o livro ‘Ducks City – Uma cidade muito encantada não muito longe daqui”, que é o seu primeiro romance armorial. “Este livro integra uma trilogia, cuja história vem do tempo da Paixão de Cristo e que a Igreja Católica nunca tornou pública. O primeiro livro é intitulado ‘O Fidalgo Destronado’ e o segundo ‘O Cavaleiro Astucioso’. O terceiro da trilogia, intitulado “O Gênio Imaculado”, ainda não foi lançado”, acrescentou.
Depois de relatar um breve perfil de José Mota nos cargos de relevância cultural e, também, na administração pública, o deputado finalizou dizendo que o homenageado “é portador de um vasto currículo, seja na área cultural, seja na atividade profissional, fazendo jus ao recebimento de presente honraria outorgada pela Casa Epitácio Pessoa”.
O secretario de Estado de Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, disse que a homenagem a José Mota Victor é das mais justas, porque se trata de um excelente escritor, poeta e dramaturgo. “É importante que este e outros poderes constituídos no Estado, possam homenagear as pessoas que se destacam, sobretudo no mundo da cultura, no mundo da administração pública, no mundo do serviço ao bem comum do povo e José Victor é uma dessas pessoas que merecem uma homenagem com essa”, afirmou.
A senhora Márcia Araújo Mota, esposa do José Mota Victor, não escondia a emoção de ver o marido sendo homenageado pela “Casa Epitácio Pessoa”. Ela disse que a família recebeu a notícia da homenagem com muita alegria, ressaltando que Mota “é muito dedicado à cultura e à arte”. “É um homem que tem uma história retilínea, não só na cultural, na vida profissional, como na vida familiar. Para nós este é um momento muito singular”, finalizou.
No seu discurso de agradecimento, José Mota Victor fez um verdadeiro compêndio da obra de Augusto dos Anjos, mostrando pleno conhecimento do tamanho e da importância da homenagem que estava recebendo. “A felicidade é muito grande, porque é a primeira vez que um patoense recebe essa honraria”, disse.
“Augusto dos Anjos é uma figura exponencial da literatura nacional. Então, é com muito orgulho que recebo essa homenagem, através do deputado Jeová Campos, que é um parlamentar que tem traços característicos da região do Sertão e que reconhece o trabalho do sertanejo, além de ser muito criterioso nas suas escolhas. E isto muito me honra e envaidece”, acrescentou.
Também participaram da solenidade o deputado Dr. Érico (PPS); o ex-deputado Ramalho Leite, presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba (IHGP); o senhor Renato César Carneiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Patos; e o jornalista Abelardo Oliveira, convidado pelo deputado Jeová Campos para compor a mesa de trabalho, em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra.
Perfil – O escritor, teatrólogo, poeta, engenheiro e político José Mota Victor nasceu em Patos (PB). Foi premiado em 1978 com a peça A Cruz da Menina, no IV Concurso Nacional Universitário de Peças Teatrais, promovido pelo Serviço Nacional de Teatro no Rio de Janeiro e em 1985, no Concurso Nacional Literário do IV Centenário da Paraíba, com a peça teatral Confeitaria Glória. Tem seis plaquetas e onze livros publicados, além de cinco no prelo.
Foi Conselheiro Estadual de Cultura durante dois anos (2009/2010) e foi eleito, em 2011, para assumir a cadeira número 15 do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. É também sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Patos e Campina Grande.