Os autores de 68% das mortes violentas monitoradas na Paraíba de 21 a 27 de agosto de 2017 foram identificados. Ao todo, dos 32 casos registrados nesse período, 22 têm suspeitos apontados, segundo dados fornecidos pela Polícia Civil e pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba. Houve prisões em sete dos casos, sendo duas preventivas e cinco em flagrante.
Reportagem do G1 registrou, no período de 21 a 27 de agosto, todas as mortes violentas ocorridas no Brasil. Agora, acompanha todos esses casos. O trabalho é resultado de uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com uma série de iniciativas que envolvem reportagem e análise de dados, o projeto se chama Monitor da Violência.
Todos os casos tiveram inquérito aberto pela Polícia Civil, totalizando 30 inquéritos – três dos homicídios fazem parte de uma mesma investigação. Desse total, 11 foram concluídos, o correspondente a 36%. Os outros 19 seguem em andamento.
Monitor da Violência
A Paraíba registrou 32 mortes violentas entre 21 e 27 de agosto. São 30 casos de homicídios, um de latrocínio e outro de lesão corporal seguida de morte. Somente em um dos casos registrados pelo G1, um comerciante reagiu a um assalto e matou três assaltantes. O comerciante foi indiciado por homicídio simples e crime tentado e responde ao processo em liberdade.
Além desse caso, na semana monitorada pelo G1, houve o latrocínio do padre Pedro Gomes Bezerra, de 49 anos, na cidade de Borborema. O corpo do padre Pedro Gomes foi encontrado enrolado num lençol, com muito sangue espalhado pela casa paroquial, onde a vítima vivia. Um adolescente foi apreendido e já condenado a cumprimento de medida socioeducativa de internação pelo ato infracional, porém, um maior de idade, já identificado, segue foragido.
Conforme os dados registrados pelo G1 na semana analisada, o perfil comum das vítimas de morte violenta na Paraíba é do sexo masculino, pardo, com idade entre 30 e 59 anos. Ainda de acordo com os dados, a maior parte das mortes foram registradas no turno da tarde (entre 12h e 17h59) e na região do Agreste da Paraíba, com 14 mortes. A Região Metropolitana de João Pessoa, por sua vez, se destacou com 11 mortes registradas no período.