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Paraíba

Assembleia debate papel das Guardas Municipais na segurança pública das cidades paraibanas

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (5), audiência pública para debater o papel das Guardas Civis Municipais na segurança pública das cidades paraibanas. O evento, proposto pela deputada Estela Bezerra, reuniu representantes da categoria de várias regiões do Estado e discutiu formas, através da ALPB, de adotar ações que possam contribuir com a redução da violência.

Estela Bezerra explicou que é importante chamar atenção da sociedade para que tenha nas guardas municipais um importante agente da segurança pública, principalmente, atuando de forma preventiva.  “Esse recurso humano pode ser aquele mais vinculado à comunidade e de fato é, porque a guarda tem uma relação no município. No nosso sistema de segurança nunca foi tratado adequadamente o papel e a função do guarda municipal, que termina sendo guardador de patrimônio público e ele pode ser guardador também de cidadania”, declarou a deputada.

Estela afirmou que a categoria atua exposta a riscos e, muitas das vezes, seus servidores não contam sequer com equipamentos básicos para proteger a vida e a dignidade dos munícipes. “O Estado e a sociedade vão ganhar muito se construirmos aqui um desenho de relação com as guardas municipais. É de competência de cada município ampliar e criar suas guardas, mas é de competência da sociedade e do estado dar a esse corpo de recursos pessoais e humanos o melhor tratamento para que ele cumpra essa função”, concluiu a parlamentar.

Colocando o mandato e a Assembleia à disposição das guardas municipais, Estela, ao lado dos deputados Buba Germano e Wilson Filho, defendeu a construção de um grupo de trabalho com representantes da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social e das guardas municipais com o intuito de fortalecer o diálogo no sentido de estabelecer parceria em relação ao repasse de armas, veículos e demais equipamentos. Ela também solicitou que a Academia de Polícia da Paraíba (Acadepol) forneça espaço para treinamento da categoria.

A deputada sugeriu a criação de um fórum composto por membros da segurança do estado e das guardas municipais para traçar estratégias de atuação nos municípios, com estrutura e serviços de inteligência. Estela garantiu ainda apresentar requerimento solicitando ao Poder Executivo a elaboração de propostas que possam fortalecer as guardas municipais.

Para o presidente da Comissão de Administração, Serviço Público e Segurança da Assembleia, deputado Buba Germano, a Casa tem o dever de debater a respeito de qualquer assunto que busque normatizar e melhorar a eficiência dos serviços públicos, sobretudo, dos municípios. “É uma oportunidade ímpar e temos que fazer uma adequação. Existem coisas que a política nacional determina e que estados e municípios não podem contrariar. Esse é o nosso papel. Qualquer ajuste que por ventura precise ser feito na Legislação Estadual para contemplar essa categoria nós haveremos de fazer”, garantiu Buba.

Já o deputado Wilson Filho, presidente da Comissão Acompanhamento e Controle da Execução Orçamentária, disse entender ser fundamental o apoio dos poderes Executivo e Legislativo às categorias que atuam na segurança pública. Segundo ele, com base na Constituição Federal, que dá aos municípios o direito de instituírem suas guardas, os agentes municipais da segurança merecem o mesmo respeito que os policiais militares.

“A responsabilidade pela segurança pública é de todos nós, senão não venceremos o clima de insegurança que existe em cada lugar desse estado e desse país. Então, é responsabilidade do estado sim, mas tem que ser responsabilidade do Governo Federal e dos governos municipais”, avaliou Wilson Filho.

O secretário executivo da Secretaria de Estado da Segurança, Lamark Victor, declarou que a cooperação das guardas municipais é de extremo interesse do Estado, porque, segundo ele, não é possível para fazer segurança pública sozinho. “Segurança se faz com participação social, com a participação de outros órgãos, que também, às vezes, nem têm vinculação direta com o setor. Nós temos todo o interesse de, juntos com a Guarda Municipal, cooperarmos e construirmos uma cooperação técnica bastante interessante para todos os lados”, disse o secretário.

Além de colocar a Secretaria de Estado da Segurança à disposição dos municípios, Lamarck Victor ressaltou que, recentemente, uma decisão do Supremo Tribunal Federal, em liminar, concede o porte de armas para os guardas municipais, inclusive de cidades menores. “A decisão está em vigor e até que seja julgado o mérito é nesse sentido que nós estaremos trabalhando. Os municípios que já criaram suas guardas municipais podem contar com a Secretaria de Segurança na construção dessa estruturação e também na preparação desses guardas”, afirmou.

O delegado Geral da Polícia Civil do Estado, Isaias Gualberto, lembrou que em várias cidades do Brasil a guarda municipal ajuda, em muito, a segurança pública e que é de extrema relevância que estas estejam estruturadas para atuarem da melhor forma junto à sociedade. “Eu acho importante que as guardas municipais se organizem, cada vez mais, para ajudar nossos municípios e, com isso, possam colaborar, consequentemente, na redução da criminalidade na Paraíba”, ressaltou.

O presidente da Associação Estadual dos Guardas Municipais da Paraíba (Assemup-PB), Sérgio Carneiro, disse esperar que demandas como as doações de armas, automóveis e demais equipamentos em condições de uso e já utilizados pelas polícias Militar e Civil possam ser encaminhadas ao Governo do Estado, após a audiência na ALPB. “Quando os armamentos das polícias Militar e Civil estiverem obsoletos, isso traz custos para os cofres do estado, então existem as guardas municipais que podem absorver esses materiais”, explicou.

Sérgio Carneiro reivindicou também a emissão de uma circular que permita aos guardas o porte e a posse de sua arma, seja ela pessoal ou institucional. “Lutamos também por uma circular aonde o secretário de Segurança Pública viabilize que as polícias Militar e Civil não façam nenhum procedimento quando um guarda municipal estiver portando sua arma, com registro dela e sua identidade funcional. Isso já é uma possibilidade em todos os estados do Brasil, mas na Paraíba não está se efetivando”, afirmou. Ele disse ainda que esse tipo de procedimento acontece por desconhecimento de algumas autoridades a lei federal 13.022, que trata do Estatuto Geral das Guardas Municipais.

Para o promotor de Justiça Rogério Oliveira, a guarda municipal é uma força auxiliar do Estado para garantir a segurança pública do cidadão. “Tradicionalmente a constituição atribui a segurança pública às polícias Militar e Civil, mas agora já há uma permissão para que, em alguns municípios, a guarda municipal possa atuar com o porte de armas”, observou.

Também participaram da audiência pública o presidente da Comissão de Execução Penal da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Washington Andrade; o prefeito de Soledade, Geraldo Moura; a coordenadora geral das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher da Paraíba, delegada Maísa Félix; além de representantes das guardas municipais das cidades de Alagoa Grande, Alhandra, Bananeiras, Bayeux, Cabedelo, Conde, Dona Inês, Fagundes, Itapororoca, Livramento, Patos, Rio Tinto, Soledade e Taperoá.

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Paraíba

João Azevêdo viajará até Brasília para tentar reverter suspensão da Operação Carro-Pipa na Paraíba

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O governador João Azevêdo (PSB) se deslocará pessoalmente até a Capital Federal para tentar reverter a suspensão da Operação Carro-Pipa na Paraíba que atinge, a partir desta segunda-feira (25/11), alcança 270 mil pessoas de 159 municípios localizados em território paraibano.

João Azevêdo, em Brasília, acionará deputados federais paraibanos e ministros para tentar resolver a situação.

O Escritório Regional do 1º Grupamento de Engenharia do Exército, localizado em João Pessoa, Capital da Paraíba, afirma que a paralisação do programa se dá, não por falta de verbas mas, sim, pela ausência de uma descentralização de recursos financeiros por parte do Governo Federal.

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Paraíba

“Esse momento é de arrochar os que estão”, diz Cícero sobre reforma administrativa para nova gestão

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Redação do Portal da Capital

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), ao comentar sobre possibilidade de uma reforma administrativa para a nova gestão que será iniciada em 2025, preferiu se referir apenas aos que ainda estão atuando nesta gestão.

Esse momento é de arrochar os que estão“, frisou o gestor.

Às vésperas do fim da gestão 2021-2024 à frente da administração municipal, vozes que circulam pelos bastidores da política em João Pessoa, já começam a sugerir  renovação e novos nomes para integrar o time do primeiro escalão da PMJP como, por exemplo, o do vereador Tarcísio Jardim (PP), para o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb).

Leia também: Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

Outro nome que também já circula pelos bastidores é o de Alyne Moreira, esposa do presidente estadual do Agir 36 na Paraíba, Flávio Moreira, que também é presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Confira o vídeo:

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Paraíba

MPPB, Caixa, Crea e Cagepa visitam obras de nova estação elevatória, em JP

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Representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Caixa Econômica Federal e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) visitaram as obras da nova Estação Elevatória de Esgotos (Usina II), na tarde desta quinta-feira (21), para conhecer de perto o andamento da construção e a relevância do projeto. O MPPB foi representado pela 43ª promotora de Justiça de João Pessoa em substituição, Cláudia Cabral. Tramita na Promotoria de Justiça o Inquérito Civil n. 002.2024.027412 que busca o redimensionamento da rede de esgoto da capital.

A obra contempla uma nova estação elevatória e um Emissário de Recalque, que elevarão os efluentes de esgotos coletados nos bairros de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Altiplano até a Estação de Tratamento de Esgotos do Baixo Paraíba, onde será tratado.

A promotora de Justiça Cláudia Cabral disse estar surpreendida com os pontos positivos do projeto. “Estou realmente impressionada com a grandiosidade dessa obra, que é complexa mas está sendo tratada com muita responsabilidade e tecnologia. A população precisa saber dos benefícios que ela vai trazer para todos da cidade”, disse.

O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinicius Neves, esteve à frente do encontro e, junto de sua equipe técnica, apresentou detalhes sobre a obra, que faz parte do Programa de Segurança Hídrica (PSH), e tem por objetivo melhorar e ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade de João Pessoa.

Os trabalhos devem ser concluídos até outubro de 2025 e será feito por etapas, interditando gradativamente trechos específicos. Atualmente, uma intervenção está ativa entre as Avenidas Tancredo Neves e a Governador Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra. Essa etapa deve ser finalizada em até 15 dias.

Tecnologia e pioneirismo

Para minimizar os transtornos para a população e agilizar os serviços, e diante da complexidade dos trabalhos, a obra está sendo executada pelo Método Não Destrutivo (MND), na modalidade furo unidirecional, uma tecnologia que permite implantar, em cerca de 24 horas, uma nova tubulação com garantia de 80 anos e com mínimo impacto nas vias. O presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, destacou que a Paraíba é pioneira no Nordeste na execução do Método Não Destrutivo com tubulações de diâmetros de grande porte. “Apenas São Paulo já realizou obras desse porte em MND. Portanto, para dar conta, uma grande operação está sendo realizada desde o final de outubro com transporte, logística e engenharia de ponta”, disse.

Diferentemente das técnicas convencionais, que envolvem longas escavações, esse método utiliza equipamentos especiais, de alta precisão, feitas sempre na parte lateral das vias públicas. “Dessa forma menos invasiva, preserva os pavimentos e minimiza os transtornos no trânsito e à população, além de possibilitar maior rapidez na conclusão das obras”, explicou o presidente.

A tecnologia sustentável também está nos novos emissários, que contarão com um tipo de tubulação diferente da usada atualmente: será utilizado uma tubulação de 900 milímetros, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD). Os tubos em PEAD possibilitam uma maior vida útil da rede de esgotamento e possuem resistência à corrosão, infiltrações e outros tipos de desgastes.

O financiamento de R$ 102 milhões foi firmado pelo Governo da Paraíba junto ao Banco Mundial e, portanto, não impactará a receita tarifária da Cagepa.

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