Começa na próxima quarta-feira (28) o Seminário de Divulgação e Informação das Ações do Programa PB Rural Sustentável, executado pelo Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, vinculado à Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds), que irá beneficiar em quatro anos e meio (2019 a 2023), 44.600 famílias de agricultores da zona rural do Estado, o que corresponde a 165 mil pessoas assistidas. O evento será aberto às 8h, no Teatro do Sesi, em João Pessoa.
O PB Rural Sustentável prevê investimentos da ordem de US$ 80 milhões, sendo US$ 50 milhões oriundos do empréstimo do Banco Mundial, e US$ 30 milhões da contrapartida do Governo do Estado da Paraíba e das Comunidades. O contrato com o Bird para execução do projeto foi assinado pelo governador João Azevêdo no mês de março, em Brasília.
A área de abrangência do Paraíba Rural Sustentável serão os 222 municípios do Estado, priorizados de acordo com os indicadores de meteorologia, produção e aspectos sociais. A população indígena e quilombola terá prioridade nas demandas encaminhadas ao Cooperar.
O secretário executivo do Cooperar, Omar Gama, explica que o programa PB Rural Sustentável focará três componentes fundamentais: o componente 1 garantirá o fortalecimento da gestão e capacitação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, de Associações Comunitárias e Cooperativas de Produtores Rurais; o componente 2, visa promover o acesso à água de boa qualidade e introduzir e disseminar tecnologias e práticas agropecuárias melhoradas, adaptadas às condições climáticas da região semiárida; o componente 3 tratará das alianças produtivas objetivando melhorar o acesso dos pequenos produtores rurais ao mercado com o intuito de aumentar a renda e gerar empregos.
Além destes, também serão focados o subcomponente 2a – com acesso à água, que trabalhará as seguintes demandas: Abastecimento de água completo (ADC), abastecimento de água singelo (chafariz), cisternas e dessalinizadores com aproveitamento do concentrado; e o subcomponente 2b, que assistirá três tipologias: abastecimento e armazenamento de água – barragem subterrânea, barramento sucessivo de pedra, canais de retenção e curvas de nível.
E ainda a diversificação da produção agropecuária – produção de mel, criação de caprinos em sistema agroflorestal, avicultura alternativa, produção de palma forrageira resistente à cochonilha do carmim; e a melhoria nutricional e segurança alimentar – reuso de águas cinzas (usadas) para produção de alimentos e utilização de energia solar na exploração de pequenos cultivos hortifrutigranjeiros irrigados.
No mês de maio passado, entre os dias 6 e 10, representantes do Bird mantiveram reunião com os técnicos do Cooperar no sentido de estimular a equipe do Paraíba Rural Sustentável e conhecer os mecanismos necessários para o início da execução das atividades, além de conduzir discussões técnicas e operacionais voltadas para os avanços na efetivação do projeto e elaborar plano de ação e cronograma para os próximos seis meses. A água e as alianças produtivas serão o grande foco do novo projeto.
O governador João Azevêdo relatou, recentemente, os esforços do Governo para assegurar água em quantidade e qualidade para todos os paraibanos e destacou os investimentos nas construções do Canal Acauã-Araçagi e da TransParaíba para atender populações de 19 municípios do Estado. Ele afirmou, também que o Governo do Estado trabalha para iniciar em breve as ações do programa Paraíba Rural Sustentável.
“Nós temos agora – explicou o governador – um prazo um pouco menor, porque inicialmente era de seis anos e agora passou para quatro anos e meio, e isso faz com que o esforço da equipe seja dobrado no sentido de fazer com que esse projeto se concretize o mais rápido possível. A partir de agora, serão feitas visitas em campo para conhecer as áreas de implementação do programa”.
O coordenador geral do Projeto Cooperar, Omar Gama, adiantou que o Banco Mundial já liberou uma pequena parte dos recursos destinados à divulgação do projeto e capacitação das associações que serão beneficiadas. “Nós vamos fazer várias oficinas nos municípios e convocar os Conselhos Municipais para saber a situação documental das entidades e estamos definindo as metas que serão cumpridas e o prazo de cada uma delas”, afirmou.
Ele disse, ainda, que está fechando parcerias com diversos órgãos que já tenham determinadas tecnologias prontas, a exemplo da Embrapa, Cinep, Empaer, Sudema, Semar, Senar, BNB, Aesa e outras instituições que possam oferecer conhecimentos e fornecerem tecnologias “que venham melhorar exatamente a capacidade de o agricultor permanecer no campo em condições dignas para sobreviver”, enfatizou.