O governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), reagiu à declaração e afirmou que “a Paraíba e seu povo, assim como o Maranhão e os demais estados brasileiros, existem e precisam da atenção do Governo Federal independentemente das diferenças políticas existentes”.
Pelo Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), disse que a orientação de “não ter nada com essa cara” é “ilegal”. “Independentemente de suas opiniões pessoais, o presidente da República não pode determinar perseguição contra um ente da Federação. Seja o Maranhão ou a Paraíba ou qualquer outro Estado”, afirmou.
Ele também disse que continuará se relacionando com o governo federal. “Como conheço a Constituição e as leis do Brasil, irei continuar a dialogar respeitosamente com as autoridades do Governo Federal e a colaborar administrativamente no que for possível. Eu respeito os princípios da legalidade e impessoalidade”, postou.
Carta aberta:
Em carta aberta, os governadores também destacaram a Constituição. Até o momento, a reportagem confirmou que o documento foi endossado pelos governos de Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. Leia a íntegra:
Carta dos governadores do Nordeste
Nós governadores do Nordeste, em respeito à Constituição e à democracia, sempre buscamos manter produtiva relação institucional com o Governo Federal. Independentemente de normais diferenças políticas, o princípio federativo exige que os governos mantenham diálogo e convergências, a fim de que metas administrativas sejam concretizadas visando sempre melhorar a vida da população.
Recebemos com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional. Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia.