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Paraíba

Câmara de João Pessoa realiza audiência pública para discutir sobre redução de verbas na Educação

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O vereador Marcos Henriques (PT) voltou a criticar, nesta quinta-feira (13), a decisão do Governo Federal de cortar verbas de 63 universidades públicas e 30 institutos federais do país. A crítica foi feita durante audiência pública, proposta pelo próprio parlamentar, que discutiu na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) o tema: “O contingenciamento orçamentário através de cortes e bloqueios no orçamento da Educação, seus efeitos e prejuízos causados à educação pública”.

Com base em dados disponibilizados por entidades e organizações que lutam por uma educação de qualidade no país, Marcos Henriques lamentou os cortes da ordem de R$ 1,7 bilhão dos recursos destinados às universidades, ou seja, aproximadamente 24,8% dos investimentos obrigatórios discricionários. O parlamentar também criticou o congelamento de recursos da ordem de R$ 273,3 milhões do Programa de Apoio à Infraestrutura de Escolas, na educação básica. “Ou seja, verba destinada à manutenção, reforma e aquisição de mobiliário para as unidades escolares”, afirmou o petista.

Segundo Marcos Henriques, os cortes de recursos das creches e pré-escolas foram da ordem de R$ 15 milhões, tendo comprometido 15,7% do total programado no orçamento do atual exercício. O parlamentar defendeu que o investimento em educação deve ser considerado como elemento promotor da economia brasileira, e afirmou que, com os cortes na política educacional, o Governo Federal descumpre a determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina que as áreas de educação e saúde sejam as últimas a serem afetadas por medidas de contingenciamento orçamentário.

Ainda na tribuna, o petista lembrou que a Lei Orçamentária Anual (LOA), do Governo Federal, garantia R$ 23.699 bilhões de verbas discricionárias para a educação. De acordo com o parlamentar, com o corte, os recursos disponíveis para gastos com custeio e investimentos na área caíram para R$ 17,793 bilhões. Marcos Henriques pediu o engajamento da sociedade contra o que ele chamou de desmando do Governo Federal com a educação pública de qualidade. Ele afirmou ainda que audiências como essa e manifestações servem para que o povo saiba dos problemas envolvendo, não só a educação, mas outras áreas essenciais.

Além de Marcos Henriques, participaram da audiência pública a vereadora Sandra Marrocos (PSB); representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); do Instituto Federal da Paraíba (IFPB); do Tribunal de Contas da União (TCU) na Paraíba; da União Nacional dos Estudantes (UNE); da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES); do Sindicato dos Professores da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB); dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) da UFPB e IFPB; bem como outras entidades que defendem os direitos dos estudantes na Capital paraibana.

A vereadora Sandra Marrocos afirmou que o momento é de fortalecimento das categorias de trabalhadoras e trabalhadores da educação, com engajamento total, na luta, dos estudantes universitários e da rede pública de ensino. A parlamentar deixou claro que a classe organizada não vai aceitar, de forma alguma, essas práticas conservadoras e ultrapassadas do atual Governo Federal.

UFPB pode parar atividades

A reitora da UFPB, professora Margareth Diniz, apresentou, na tribuna, números de gastos, investimentos e perdas, com os cortes, da universidade. Ela voltou a admitir que, com a redução da verba, a UFPB deve manter seu funcionamento apenas até o mês de setembro, assim como o restante das instituições pelo país. “Essa luta é do conjunto dos professores, alunos e servidores”, assegurou.

Margareth mostrou, entre outros dados, que atualmente a UFPB tem mais de 31 mil alunos; 128 cursos de graduação; mais de 6 mil servidores, sendo 2.862 docentes e mais de 3 mil técnicos administrativos; 1.240 trabalhadores terceirizados; e mais de mil projetos de extensão. Ela revelou ainda que a universidade paraibana é 4ª melhor do Nordeste, ocupa o 8º lugar no país e o 12º na América Latina na produção de pesquisa. A professora lamentou que o orçamento da universidade, da ordem de R$ 154,7 milhões, tenha sofrido um corte de quase R$ 45 milhões. A professora Renata Paes [pós-reitora adjunta de planejamento da UFPB] fez uma explanação mais detalhada sobre os cortes das três instituições federais.

TCU faz avaliação técnica

O secretário chefe do Tribunal de Contas da União (TCU) na Paraíba, Márcio Sueth, também apresentou alguns números e informações. Ele deixou claro, entretanto, que, devido à repercussão nacional sobre o contingenciamento de verbas, o órgão fiscalizador abriu processo para estudar e avaliar o assunto. “A pesqueisa está em fase inicial e, desde já, me comprometo a trazer o relatório para esta Casa”, garantiu. Márcio disse que o TCU tem uma visão mais técnica e macro do orçamento federal. O contingenciamento, segundo ele, é o retardo ou inexecução das despesas previstas. “Nós acompanhamos as receitas realizadas pelo Poder Executivo. Trimestralmente, analisamos as contas fiscais”, comentou.

Sueth informou, dentro desse contexto, que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) prevê, para este ano, uma dotação orçamentária para a área de educação de R$ 102 bilhões. O ensino superior tem uma previsão de gastos da ordem de R$ 35 bilhões. De acordo com o secretário do TCU, a estimativa do PIB [Produto Interno Bruto], que era de 3%, hoje está em apenas 2%. “A receita vem diminuindo e a despesa vem aumentando”, observou. O professor Manoel Macêdo, que é pró-reitor de Assuntos Estratégicos do IFPB, informou que, na Paraíba, o número de Institutos passou de 4 para 21. “Na Capital, existem duas unidades, nos bairros de Jaguaribe e Mangabeira. Atualmente o IFPB tem cerca de 38 mil estudantes. O orçamento é de R$ 72 milhões. Mais de R$ 20 milhões foram bloqueados pelo Governo Federal”, contou.

UNE e UBES

Como integrantes da UNE e UBES, Ciro Caleb e Alana Silva, respectivamente, não pouparam criticas ao Governo Federal. Eles consideram um absurdo a redução de investimentos nas universidades públicas do Brasil. Ciro e Alana acreditam que essa medida do Governo vai sucatear as instituições, desmotivar os professores, acabar com os projetos científicos e dificultar o acesso de quem mais precisa às universidades públicas. As representantes do Comitê de Mobilização do IFPB e da Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES), Nicole Figueiredo e Olga Sorrentino, conclamaram os estudantes, professores e a sociedade a participar da mobilização, agendada para esta sexta-feira (14), em defesa da educação, que acontece na Capital e em todo o país.

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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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