Referência no Nordeste na produção dos insumos biológicos Cotesia Flavipes (vespas) e Metarhizium Anisopliae (fungos), utilizados para o controle de duas grandes pragas que atacam os canaviais paraibanos, a broca-comum (Diatraea spp) e a cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata), a Estação Experimental de Camaratuba, que é mantida pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), recebe visitas regularmente de estudantes, pesquisadores e profissionais interessados nos processos desenvolvidos nos laboratórios da Estação. No último dia 21, a Estação foi visitada pelo prefeito de Rio Tinto, Antônio Naya, o secretário de agricultura de Rio Tinto, Antônio Macedo, juntamente aos técnicos do Ministério da Agricultura, Hermes Ferreira e Adalberto Nunes.
Os visitantes foram recebidos pelo coordenador do Departamento Técnico da Asplan, o engenheiro agrônomo, Vamberto Rocha, que deu uma visão geral das atividades do DETEC e dos trabalhos que o departamento disponibiliza para o fornecedor de cana-de-açúcar. “Na estação produzimos mudas sadias e controladores biológicos que são distribuídos gratuitamente para os associados, e no prédio sede da Associação realizamos trabalhos de georreferenciamento, elaboração de projetos técnicos, fiscalização dos laboratórios de sacarose das unidades industriais, entre outros”, explicou Vamberto.
Em seguida, o biólogo Roberto Balbino, explicou detalhadamente o funcionamento dos laboratórios de cotesia flavipes e metarhizium anisopliae da estação. Depois das explicações, os visitantes foram ver in loco a produção dos insumos e conhecer a Estação e aprovaram o que viram. Eles elogiaram a preocupação da Asplan em manter a produção de insumos biológicos e a organização da Estação.
Sobre a Estação
Situada na BR 101, próximo à entrada para o município de Mataraca, a Estação Experimental de Camaratuba foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. Entretanto, desde 1989, a Associação assumiu a Estação e buscou novos parceiros para dar continuidade às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas A área possui 220 hectares, sendo 80 deles para o cultivo de cana-semente de variedades promissoras e também uma área de plantação destinada à pesquisa agrícola. Os demais 140 hectares constituem área de preservação ambiental, já que a Estação está localizada em meio a uma reserva de Mata Atlântica. Na Estação ainda existe uma estação meteorológica, onde diariamente, três vezes ao dia, às 9h, 15h, e 21h, os técnicos colhem informações sobre velocidade e posição do vento, temperatura, umidade, pressão atmosférica, evaporação, pluviometria, entre outras e, repassam para o 3º DISME, em Recife.