O Programa Paraíba Rural Sustentável, executado pelo Projeto Cooperar, vinculado à Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds), irá beneficiar em quatro anos e meio (2019 a 2023) 44,6 mil famílias de agricultores da zona rural do Estado, o que corresponde a aproximadamente 165 mil pessoas assistidas. O objetivo é melhorar o acesso à água, reduzir a vulnerabilidade agroclimática e aumentar o acesso a mercados da população rural pobre da região. O contrato de empréstimo com o Banco Mundial, no valor de US$ 50 milhões para execução do projeto, foi assinado pelo governador João Azevêdo no mês de março, em Brasília.
Semana passada, entre os dias 6 e 10, representantes do Banco Mundial mantiveram reunião com os técnicos do Cooperar no sentido de estimular a equipe do Projeto Paraíba Rural Sustentável para conhecerem os mecanismos necessários para o início da execução das atividades, além de conduzir discussões técnicas e operacionais voltadas para os avanços na efetivação do projeto e elaborar plano de ação e cronograma para os próximos seis meses. A água e as alianças produtivas serão o grande foco do novo projeto.
O governador João Azevêdo relatou, recentemente, os esforços do Governo para assegurar água em quantidade e qualidade para todos os paraibanos e destacou os investimentos nas construções do Canal Acauã-Araçagi e da TransParaíba que vai atender populações de 19 municípios do Estado. Ele afirmou, também, que o GE trabalha para iniciar, ainda este ano, as ações do programa Paraíba Rural Sustentável, lançadas no dia 19 de março.
“Nós temos agora – explicou o governador – um prazo um pouco menor, porque inicialmente era de seis anos e agora passou para quatro anos e meio, e isso faz com que o esforço da equipe seja dobrado no sentido de fazer com que esse projeto se concretize o mais rápido possível. A partir de agora, serão feitas visitas em campo para conhecer as áreas de implementação do programa”.
O secretário executivo do projeto Cooperar, Omar Gama, estima para junho a liberação de uma pequena parte dos recursos destinados à divulgação do projeto e capacitação das associações que serão beneficiadas. “Nós vamos fazer várias oficinas nos municípios e convocar os Conselhos Municipais para saber a situação documental das entidades e, esta semana, nós estamos definindo as metas que serão cumpridas e o prazo de cada uma delas”, comentou.
Ele disse, ainda, que está buscando parcerias com diversos órgãos que já tenham determinadas tecnologias prontas, a exemplo da Embrapa, Cinep, Empaer, Sudema, Semar, Senar, BNB, Aesa e outras instituições que possam oferecer conhecimentos e fornecerem tecnologias “o mais rápido possível para que venha melhorar exatamente a capacidade de o agricultor permanecer no campo em condições dignas para sobreviver”, enfatizou.
A área de abrangência serão os 222 municípios do Estado, priorizados de acordo com os indicadores de meteorologia, produção e aspectos sociais. A população indígena e quilombola terá prioridade nas demandas encaminhadas ao Cooperar.