O Ministério Público da Paraíba está sediando, nesta quinta e sexta-feira (7 e 8/11), o 2º Congresso Nacional de Enfrentamento à Improbidade Administrativa, promovido pelo Grupo Nacional do Patrimônio Público (GNPP), órgão vinculado ao ao Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), em parceria com MPPB. O evento reúne mais de 100 integrantes do MP brasileiro e ocorre de forma híbrida, no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em João Pessoa e no Google Meet.
A abertura foi realizada, nesta quinta, pelo procurador-geral de Justiça do MPPB, Antônio Hortêncio Rocha Neto, que deu as boas-vindas aos participantes. “É com muita satisfação que nosso Ministério Público recebe essa reunião do GNPP. Nesses encontros, sempre se consegue extrair desses encontros informações, ideias que serão levadas aos promotores em todo Brasil. Espero que seja bastante proveitoso, que possam sair novos frutos que venham a inspirar e melhorar a atuação no patrimônio público em relação a todos os promotores, promotoras, procuradores e procuradoras do Ministério Público Brasileiro. Sejam bem-vindos à nossa Paraíba”.
O procurador-geral de Justiça do MP de Goiás, Cyro Terra Peres, que coordena o GNPP, destacou a importância do encontro. “Essas reuniões são necessárias e, embora a tecnologia nos permita fazê-las à distância, nada se compara ao contato pessoal, direto, humano, próximo, que gera interações e resultados muito diferentes do que a frieza da distância. Nós estamos no tempo da construção de políticas sólidas, de resolução dos problemas reais do nosso povo e essa questão do patrimônio público é das mais importantes. Precisa ser tratada com a grandeza que ela merece. Por isso, nos alegra muito a nossa reunião e a realização desse congresso tão importante aqui em João Pessoa. Então nossa palavra é de agradecimento a todos que nos proporcionaram essa recepção. Com certeza daqui sairão frutos que muito ajudarão o Ministério Público brasileiro”.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público do MPPB, promotor Carlos Davi Lopes Correia Lima, agradeceu o apoio da PGJ, do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e da Associação Paraibana do Ministério Público (APMP) na realização do evento. “Vamos compartilhar conhecimentos de tantas mentes brilhantes que são os colegas integrantes do GNPP que vão deixar um grande legado para o Ministério Público da Paraíba”.
A mesa de abertura foi composta ainda pela conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público, Cíntia Brunetta; pelo diretor do Ceaf, procurador João Geraldo Barbosa; e pelo presidente da APMP, Leonardo Quintans.
Palestras
A programação da manhã do congresso contou com a realização de três palestras. A primeira foi proferida pela conselheira Cíntia Brunetta, que falou sobre o “Ministério Público e os desafios de implementação dos programas de integridade”. Entre os pontos abordados estão a necessidade de definir prioridades e valores, de fazer as perguntas certas, de prevenir práticas ilícitas e proteger a credibilidade e reputação das instituições bem como resoluções sobre a temática foram propostas no CNMP.
A segunda palestra teve como ministrante a promotora de Justiça do MPBA, Rita Tourinho que abordou “A negociação na defesa do patrimônio público: instrumentos e limites”. Entre outros assuntos, a promotora falou sobre os diversos limites existentes em relação à proposição de termos de ajustamento de conduta e de acordos de não persecução cível.
Por fim, o desembargador do TRF da 6ª Região, Edilson Vitorelli, falou sobre as “Estratégias no combate à improbidade administrativa – Leituras da nova LIA”. O palestrante abordou pontos relacionados à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção como parâmetro interpretativo da nova Lei de Improbidade Administrativa em questões como dano ao erário, dolo, tipificação de improbidade e continuidade de ilícitos.
Programação
Nesta sexta-feira, pela manhã, o congresso continua com mais duas palestras. A primeira sobre “Os acordos anticorrupção: uma proposta de atuação coordenada para o MP”, pela promotora de Justiça do MPRO, Tâmera Padoin; e a segunda sobre “Lei Anticorrupção: abordagem prática”, com o promotor de Justiça do MPMT, Renee do Ó Souza.