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Relator, Efraim quer aprovar fim do foro privilegiado com texto inalterado

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Enquanto o Palácio do Planalto quer concentrar as votações na Câmara em Medidas Provisórias e projetos do pacote fiscal, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e partidos do chamado centrão planejam dividir as votações entre pauta econômica e projetos que fujam da pauta do presidente Michel Temer. O plano é “desovar” propostas paradas que tratem de temas como combate à impunidade. A Câmara vai, por exemplo, acelerar a discussão da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Foro Privilegiado, no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), e votar um tímido pacote de Segurança Pública no plenário da Câmara, na semana de 6 a 10.

Em viagem a Israel, Maia afirmou que o pacote de Segurança Pública será menor do que o previsto, sem os temas mais polêmicos. Ele disse ao GLOBO que a questão do desarmamento, por exemplo, não faz parte do rol de propostas porque o assunto não está “maduro”. O presidente da Câmara também não vai incluir PECs e outras propostas que mexam com direitos de corporações, como aumento de benefícios, porque não quer repetir a experiência de ver a Casa lotada de policiais armados.

Entre o rol a ser definido, Maia tem como opções projetos que tratam do uso de algemas e bloqueio do sinal de celular em presídios. O deputado Alberto Fraga (DEM-RJ) disse que entregou a Maia uma série de propostas, sendo a mais polêmica a que proíbe progressão de pena para quem assassinou policiais.

— O (tema do) desarmamento ainda não está maduro — disse Maia.

PLEITOS DA BANCADA DA BALA

A Segurança Pública virou tema de discurso de Maia, mas até agora a Câmara aprovou apenas o substitutivo do deputado Alberto Fraga (DEM-DF) que torna crime hediondo a posse ou o porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, como fuzis. A proposta foi sancionada por Temer na semana passada.

A chamada “bancada da bala” apresentou uma lista de propostas polêmicas a Maia.

— Há várias propostas, como a criação de um Cadastro Nacional de Pessoas Desparecidas e outro de Pessoas Procuradas, e sobre bloquei de sinal de celular, regras de uso de algemas. Há a proposta de quem assassinou agente público não ter progressão de pena, mas esse é considerado muito polêmico e não acredito que entre na pauta — disse Fraga.

No caso da PEC do Foro Privilegiado, o relator da proposta na CCJ, deputado Efraim Filho (PB ), disse que o parecer será votado em novembro na comissão. Como líder do DEM na Câmara, Efraim Filho disse que já está acertado com o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que a votação ocorra em novembro, provavelmente depois do feriado do dia 15, na semana seguinte.

Ele lembrou que cabe à CCJ apenas dizer que a PEC aprovada pelo Senado é constitucional. Mas Efraim já entregou seu relatório, favorável à proposta do Senado. O texto acaba com o foro privilegiado para crimes comuns e até para políticos. Pela proposta, o foro é mantido apenas para os presidentes dos Poderes Executivo, Legislativo (Câmara e Senado) e Judiciário (STF). Ou seja, o presidente da República, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF, além do vice-presidente da República, continuam sendo julgados pelo Supremo. Todos os demais políticos, parlamentares, inclusive, poderiam ser processados pela Justiça comum.

— Já apresentei meu relatório na CCJ e vamos votar em novembro. Há o compromisso. Considero constitucional o texto do Senado, sem nenhuma alteração — disse Efraim.

Como se trata de uma PEC, passada a fase da CCJ, será criada uma comissão especial para discutir o tema.

Na CCJ, há ainda outras PECs a serem desengavetadas. Uma delas é a que trata da autonomia da Polícia Federal. Na Câmara, Maia ainda mandou agilizar a discussão de projetos que podem afetar a Lava-Jato, como o que trata de punição ao abuso de poder de autoridades, como O GLOBO mostrou. A oposição reclamou que Maia não discutiu os temas de Segurança.

— Com certeza deve ser algo inspirado na “bancada da bala”. Vamos lutar para aprovar mudanças no sistema carcerário. É exatamente aí que se reproduz a violência — disse o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP).

— Segurança é um tema polêmica. Não é o momento ideal para se votar isso — disse o deputado Rubens Bueno (PP-PR).

Assim como na Câmara, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quer pautar temas de Segurança Pública e criar comissões a respeito.

— Na Câmara, há projetos do Senado como o que trata de abuso de poder e a questão dos super salários (no funcionalismo) — disse Eunício.

Maia quer criar uma pauta própria, para tentar se descolar do presidente Michel Temer. Já o Palácio do Planalto envia esta semana ao Congresso as medidas do pacote fiscal e a revisão do projeto de Orçamento da União de 2018, para adequá-lo à nova meta ao déficit de R$ 159 bilhões para o ano que vem. Junto, o governo deve enviar as propostas da pauta econômica, como aumento da contribuição previdenciária do servidor de 11% para 14% . O prazo para a revisão do Orçamento é quarta-feira.

Nos bastidores, o Planalto está irritado com o que chamam de duas “semanas mortas” devido à viagem de Maia e comitiva ao exterior e a dois feriados. Nesta semana do Feriado de Finados, o Congresso deve trabalhar apenas amanhã, com sessão da Câmara para votar a MP que muda regras do Fies (financiamento estudantil) e do Congresso, à noite, para apreciar vetos presidenciais e créditos extraordinários. Ontem, o presidente da Câmara e nove deputados visitaram o Museu do Holocausto, em Israel.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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