“A população de Soledade não vai aceitar que essa prática recorrente de meu adversário, Ivanildo Gouveia (PR), de querer sempre tomar o poder no tapetão, sem respeitar a vontade soberana do voto popular, continue a acontecer como já houve nas gestões dos ex-prefeitos Fernando Araújo e Jose Bento, cujas articulações para destituí-los do poder tiveram, direta ou indiretamente, a ação de Ivanildo que não aceita ser contrariado em sua sede de poder”, disse nesta segunda-feira, o prefeito de Soledade, Geraldo Moura (PP), após tomar conhecimento do discurso do ex-aliado, durante sessão com tema livre na Câmara Municipal de Soledade, nesta manhã.
O prefeito de Soledade anunciou na última quarta-feira (17) o fim da união de forças com Ivanildo e seus seguidores, após constatar que seu ex-aliado, apesar de integrar o grupo político da situação no município, articulava contra a atual gestão. Para Geraldo, as denúncias contra ele, que culminaram na aprovação da formação de uma comissão processante na Câmara, serão desfeitas, uma a uma, oportunamente. “Estou reunindo a documentação necessária que vai provar que não houve má fé, dolo ou desvio de recursos públicos na atual gestão, de forma que, Soledade vai continuar avançando e não vai se curvar a nenhuma tentativa de tomada de poder. Se meus adversários querem voltar a comandar os destinos de Soledade, que disputem nas urnas um mandato e deixem o povo decidir quem é o melhor”, afirma o prefeito que diz estar tranquilo, apesar de decepcionado, por ter sido apunhalado pelas costas.
Ainda segundo Geraldo, o rompimento político com os Gouveia não prejudicou, nem comprometerá o dia a dia de Soledade. “Agora sabemos quem é aliado de verdade, quem trabalha por Soledade, quem quer ver esse município avançar ainda mais e vamos seguir em frente porque tenho o respaldo do povo, que foi quem me elegeu e a quem eu devo satisfação e respostas às suas demandas”, disse o prefeito que refutou, veementemente, as denúncias de calúnia, desvio de recursos públicos e pagamentos de propina em sua gestão. “Estou com minha consciência tranquila. Se querem quebrar sigilo bancário, o façam, se querem vasculhar as contas da prefeitura, o façam, porque não tenho nada a temer. Cada denúncia será desmentida e eu me defenderei tanto na Câmara, como nas instâncias da Justiça”, reiterou Geraldo Moura.
Respostas do prefeito
Sobre as denúncias colocadas por oradores na sessão de hoje, na Câmara Municipal, Geraldo disse que tudo foi feito dentro de um processo legal. Sobre um suposto emprego para seu irmão, o prefeito disse que isso não procede. A respeito do fechamento dos banheiros públicos da Praça, o chefe do executivo explicou que eles foram fechados porque estavam servindo de pontos de encontro e tráfico de drogas. Sobre o valor pago para dedetização do hospital, Gerado disse que o contrato é legal e corresponde ao valor pago, pelo mercado, a um metro quadrado para tal serviço. No que diz respeito a quebra de sigilos bancários, o chefe do executivo disse estar tranquilo e disposto a fazê-lo, sem temer qualquer investigação nas contas da Prefeitura. Sobre as críticas à atuação da Secretaria de Ação Social, cuja titularidade do cargo, é da primeira dama do município, Janaina Moura, ele disse que o trabalho de assistência aos munícipes fala por si só.
Sobre as denúncias de propina, o prefeito disse não serem procedentes e arguiu que o ônus da prova cabe a quem acusa e que sem provas, a denúncia não se sustenta. Sobre a formação da comissão processante, Geraldo Moura disse que espera que os vereadores exerçam sua função de fiscalizar as ações do poder executivo, mas que tenham isenção e consciência, além de compromisso com o povo de Soledade. “Sei que tudo isso é fruto de gente que está incomodada com uma gestão operante, que projeta o nosso mandato de forma positiva e cada vez mais forte diante da população de Soledade que vê o quanto o município avançou nos últimos dois anos”, finalizou o prefeito, lembrando que seu principal opositor hoje é ficha suja, teve sete, das suas seis contas reprovadas pelo TCE, é réu em 25 processos e foi o único prefeito cassado da história de Soledade, fato ocorrido em 2011.