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Pedro reapresenta projeto de Rômulo que estabelece desconto nas cobranças de água

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O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) reapresentou, na Câmara dos Deputados, um projeto de autoria do ex-deputado Rômulo Gouveia que estabelece desconto na conta de água em caso de interrupção do fornecimento nos domicílios cujo cálculo para a cobrança do abastecimento é feito a partir de estimativa de consumo. A proposta prevê que a concessionária deve abater o valor da tarifa, proporcionalmente à quantidade de dias em que houve a falta d’água.

“Em dezembro de 2015, o brilhante deputado federal Rômulo Gouveia apresentou o Projeto de Lei nº 4.005/2015. Um traço marcante da personalidade de Rômulo sempre foi sua preocupação com o próximo, característica que fica evidente com o teor desse projeto, que objetivava descontar das tarifas mínimas mensais de água e esgoto os dias de falta de fornecimento”, destacou Pedro.

Na justificativa do projeto, o ex-deputado Rômulo Gouveia disse que não reconhecer o direito do consumidor de baixa renda é penalizá-lo e, de quebra, ensejar enriquecimento ilícito por parte da concessionária do serviço público.

“Ora, se o consumidor paga uma tarifa mensal mínima que independe de seu consumo, em tese, jamais superior a esse mínimo ou em face de subsídio governamental que complementa o preço do consumo, nada mais justo que tenha, em contrapartida, a garantia do fornecimento de água por todo o período do mês a que se refere à fatura”, diz o documento.

O projeto reapresentado por Pedro está com o número 2.009/2019 e está em tramitação na Casa.

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Braga Netto é preso pela Polícia Federal em investigações de tentativa de Golpe de Estado

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Redação do Portal da Capital

A Polícia Federal cumpriu na manhã deste sábado (14/12) mandado de prisão contra o general Braga Netto, ex-ministro da gestão Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice do ex-presidente na chapa de 2022.

Ele foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, em investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas eleições presidenciais.

São cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra investigados que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

A PF indiciou Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid pelo mesmo inquérito.

 

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Estado e 42 Municípios paraibanos produtores recebem royalties por mineração; confira a lista

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Redação do Portal da Capital

O Estado da Paraíba e 42 (quarenta e dois) Municípios paraibanos produtores recebem royalties por mineração. O rateio foi realizado na quinta-feira (12/12) pela Agência Nacional de Minério (ANM).

Ao todo, foi distribuído o montante de R$ 446.162.145,64 aos Estados e Municípios brasileiros que são produtores minerais. O valor é referente à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) arrecadada no mês de novembro e que está sendo distribuída regularmente em dezembro.

Do total a ser distribuído, R$ 89.232.430,64 vão para os Estados e o Distrito Federal e R$ R$ 356.929.715,00 para 2.079 municípios.

Os Estados que mais receberam recursos da CFEM foram Pará (cerca de R$ 39 milhões) e Minas Gerais (em torno de R$ 36 milhões).

Clique aqui e confira a lista de todos os Municípios beneficiados e, logo abaixo, a distribuição por Estado:

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Salário mínimo: limitação até o ano 2030 para reduzir despesa pública será votada na próxima semana

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Redação do Portal da Capital

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou a disposição de votar até a próxima sexta-feira (20/12) — antes do recesso parlamentar — o pacote de corte de gastos defendido pelo Poder Executivo.

Segundo o Ministério da Fazenda, as três matérias do pacote devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Antes de chegar ao Senado, no entanto, as proposições precisam passar pelo crivo da Câmara dos Deputados.

O corte de gastos foi sugerido em novembro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O pacote é composto por um projeto de lei ordinária, um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição.

Dentre os pontos mais polêmicos está a possiblidade de limitar o salário mínimo que, na prática, seguiria com um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.

Confira as propostas:

Salário mínimo

O projeto de lei ordinária em questão é o PL 4.614/2024, que foi proposto pelo líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Essa matéria tramita em regime de urgência no Plenário da Câmara. O texto, conforme estas informações publicadas pela Agência Senado, submete a correção do salário mínimo às regras do novo arcabouço fiscal (Lei Complementar 200, de 2023). Com isso, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.

De acordo com o projeto, a limitação valeria até 2030. Com a medida, o Poder Executivo espera reduzir despesas públicas atreladas ao salário mínimo, como as relacionadas aos benefícios previdenciários, ao seguro-desemprego e ao abono salarial.

Outras medidas

O PL 4.614/2024 também prevê uma série de outras medidas para a contenção de despesas. Veja a seguir:

  • Cadastro biométrico obrigatório para manutenção, renovação e concessão de benefícios da seguridade social.
  • Atualização cadastral em 24 meses para benefícios que usam o CadÚnico;
  • Despesas com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) limitadas à disponibilidade orçamentária.
  • Ajuste no conceito de família para a apuração da renda e acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pela regra atual, o benefício é concedido a famílias com renda de até ¼ de salário mínimo por pessoa. O PL 4.614/2024 inclui na conta a remuneração de cônjuge, pais, irmãos, filhos e menores tutelados. Exceto o cônjuge, os demais nem precisam viver junto com o requerente para entrar na apuração da renda — desde que contribuam para a subsistência do beneficiário.
  • Ainda sobre o BPC, o projeto veda a dedução de rendas não previstas em lei e revoga a dedução de outros benefícios recebidos por membro da família.
  • Para a concessão administrativa ou judicial do BPC, o projeto exige o registro do código da Classificação Internacional de Doenças (CID) para a pessoa com deficiência.
  • Não podem ter acesso ao BPC pessoas com bens e direitos acima do limite de isenção da declaração anual (R$ 800 mil).
  • No Bolsa Família, o Poder Executivo deve fixar um índice máximo de lares compostos por apenas uma pessoa.
  • O crescimento anual das despesas com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) fica limitado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Créditos tributários

Outro item do pacote de corte de gastos é o PLP 210/2024, que é um projeto de lei complementar. O texto, também proposto pelo deputado José Guimarães, autoriza o governo a limitar o pagamento de créditos tributários caso haja déficit nas contas públicas.

Nesse caso (quando houver déficit), o PLP 210/2024 proíbe a concessão, a ampliação ou a prorrogação de incentivos fiscais. E o aumento das despesas com pessoal fica limitado à banda inferior do arcabouço fiscal — ou seja, 0,6% acima da inflação.

O PLP 210/2024 também tramita em regime de urgência no Plenário da Câmara. A diferença é que os projetos de lei complementar dependem de maioria absoluta para aprovação: são 257 votos na Câmara e 41 votos no Senado.

Emendas parlamentares

O PLP 210/2024 também autoriza o Poder Executivo a fazer o bloqueio e o contingenciamento de emendas parlamentares na mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias — até o limite de 15% do valor. A Lei Complementar 210, de 2024, já previa o contingenciamento, mas não o bloqueio.

O contingenciamento ocorre quando há risco de não cumprimento da meta fiscal do ano por queda de receitas. O bloqueio ocorre quando é preciso cumprir o limite de despesas.

A proposta também torna livre a aplicação do superávit financeiro dos seguintes fundos:

  • Fundo de Defesa dos Direitos Difusos;
  • Fundo Nacional Antidrogas;
  • Fundo da Marinha Mercante;
  • Fundo Nacional de Aviação Civil;
  • Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito;
  • Fundo do Exército;
  • Fundo Aeronáutico; e
  • Fundo Naval.

Abono salarial

O terceiro ponto do pacote de corte de gastos é uma proposta de emenda à Constituição: a PEC 45/2024, apresentada pelo Poder Executivo. Entre outras medidas, esse texto prevê uma restrição gradual ao abono salarial de um salário mínimo, pago aos trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos.

A matéria aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Mas, segundo o presidente da Casa, Arthur Lira, o governo pediu a retirada de pauta dessa matéria porque não tinha votos suficientes para aprovar a admissibilidade do texto. De acordo com Lira, a PEC 45/2024 deve ser apensada a outra proposta que esteja pronta para votação em Plenário.

Pela regra em vigor, o abono salarial é pago a quem recebeu até dois salários mínimos mensais no ano anterior — o equivalente a R$ 2.640. Segundo a PEC 45/2024, a partir de 2026 o valor passa a ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e deixa de incorporar ganhos reais do salário mínimo. A regra dever ser mantida até que o salário de acesso ao abono chegue a um salário mínimo e meio, o que deve ocorrer em 2035.

Outras medidas

A PEC 45/2024 prevê outras medidas para a restrição de despesas. Entre elas:

  • Exceções ao teto salarial do servidor público devem ser reguladas por lei complementar.
  • Concessão, ampliação e prorrogação de incentivos fiscais também passam a depender de lei complementar.
  • Ficam vedadas deduções não previstas em lei para comprovação de renda para acesso ao Benefício da Prestação Continuada (BPC).
  • Até 20% da complementação da União para o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) podem ser direcionados para o fomento à manutenção de matrículas em tempo integral.
  • A Desvinculação das Receitas da União (DRU), mecanismo que flexibiliza a execução orçamentária, será prorrogada até 2032.
  • Até 2032, a vinculação de receitas a despesas não pode resultar em crescimento superior ao total das despesas primárias.
  • O Poder Executivo pode limitar subsídios e benefícios financeiros durante a execução orçamentária.

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