Onze deputados mudaram seus votos nesta quarta-feira (25) em relação à análise da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer, em agosto passado.
Oito deles estiveram ao lado do presidente à época e agora votaram pelo prosseguimento da investigação.
Quatro deles são do PSD (Heuler Cruvinel-GO, Jaime Martins-MG, Delegado Éder Mauro-PA e João Paulo Kleinubing-SC).
Houve ainda deserções no DEM (Abel Mesquita Jr.-RR), PMDB (Mauro Mariani-SC), Podemos (Cícero Almeida-AL) e PRB (João Campos-GO).
Outros 15 deputados também votaram com Temer anteriormente, mas nesta segunda análise se ausentaram, revela a Folha.
CENTRÃO
Se considerados os partidos que formam o centrão (como PP, PSD, PR, PTB e PRB), o governo perdeu cinco votos no total (149 para 145). Durante os últimos dias, 40 deputados desse grupo receberam atenção especial do governo, pois ameaçavam mudar de lado na votação.
INVERSÃO
Por outro lado, o presidente conseguiu agora apoio de três deputados que votaram contra ele na primeira denúncia. Todos são do PRB (Ronaldo Martins-CE, Carlos Gomes-RS e César Halum-TO).
Outros cinco deputados também votaram contra Temer na primeira análise, mas agora se ausentaram (PDT, PSB, PSDB, Psol e Solidariedade).
FRENTES
Em relação às frentes parlamentares, o governo Temer manteve a alta lealdade da bancada agropecuária e segurança pública, mas com leve queda.
A primeira foi de 69% para 67% dos votos; a segunda, de 56% para 55%.
Na frente parlamentar dos direitos humanos, ele seguiu com 40% dos votos.
REGIONAL
Em termos regionais, Temer perdeu mais apoio na Bahia e em Santa Catarina (três votos em cada Estado).
No Amazonas, em Goiás e Pernambuco, foram dois votos a menos.
Em Alagoas, Amapá, Minas Gerais, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe, um.
O governo conseguiu ganhar apoio no Paraná (dois votos), Tocantins, Rio Grande do Sul, Paraíba, Distrito Federal e Ceará (um voto).
PSDB
Partido que vive intensa divergência se deve ou não seguir na base do governo, o PSDB apoiou Temer um pouco menos nesta votação.
Se na primeira análise 21 deputados votaram contra o presidente, agora foram 23.