O governador João Azevêdo participou, na manhã desta segunda-feira (18), do ato de ligação da termoelétrica Epasa ao gasoduto da PBGás. Na ocasião, também foi entregue 1,5 km da rede de gasoduto no Distrito Industrial de João Pessoa, que poderá atender ao aterro sanitário e a outras indústrias que venham a se instalar no entorno da área.
Após a ligação simbólica do gás natural na Estação de Regulação e Pressão, o governador, acompanhado da vice-governadora Lígia Feliciano, dos diretores da PBGás, da Epasa e de secretários de estado conheceram as instalações e a central de monitoramento da 2ª maior usina a óleo combustível do Nordeste, que passa a utilizar o gás natural em suas caldeiras.
João Azevêdo destacou que a ligação das caldeiras para geração de vapor é um primeiro passo para que, no futuro, com a substituição dos motores a óleo, a usina possa funcionar toda no gás natural e servir até para a geração de energia. “Sabemos que as termoelétricas são importantes como energia complementar a hidroelétrica, solar e eólica e necessitamos que ela continue funcionando e que possa, com o gás natural, melhorar o seu processo produtivo, reduzir a emissão de poluentes e fortalecer a matriz energética do Estado”, observou.
O governador acrescentou que nos últimos oito anos a Paraíba buscou equacionar a distribuição de energia com a execução da linha de transmissão em 500 kW que liga Milagres, Cajazeiras, Santa Luzia e a linha de Campina Grande e João Pessoa, que permitirá a Paraíba ser um grande pólo de distribuição. “Temos concedido incentivos fiscais e locacionais que geram a atração de novas indústrias, inclusive um conjunto de parques de energia eólica e placas fotovoltaicas instalados na Paraíba. Esse é o caminho para fortalecer a nossa matriz energética”, ressaltou.
De acordo com a diretora-presidente da PBGás, Tatiana Domiciano, o investimento da companhia na construção do gasoduto e na ligação da termoelétrica foi de mais de R$ 1 milhão e o novo gasoduto poderá atender outras indústrias que venham a se instalar no entorno da área do Distrito Industrial. “Estamos garantindo que a 2ª maior termoelétrica do Nordeste a óleo possa operar suas caldeiras ao gás natural e em um futuro próximo incorporar também os seus motores, o que irá gerar um volume considerável de gás, que é um combustível que emite menos poluentes”, explicou.
O presidente de Epasa, José Ferreira Abdal Neto, afirmou que a ligação do gás natural é um momento importante para a termoelétrica, já que com a conversão dos motores e caldeiras ao gás a emissão de gases poluentes sofrerá uma redução de cerca de 80%. “Nesta primeira etapa, o uso do gás natural na geração de vapor das caldeiras já traz vantagens como a redução dos caminhões para o abastecimento do óleo, propiciando um ambiente mais limpo e seguro”, explicou.
José Ferreira Abdal adiantou que o próximo passo será a conversão dos motores ao gás natural. “Já iniciamos um projeto de pesquisa para a conversão de um dos motores e esperamos no segundo semestre do ano fazermos a ligação e sermos um dos grandes clientes da PBGás. No processo produtivo esperamos uma redução entre 17% e 20% do custo em relação ao óleo diesel. Isso é algo muito relevante”, completou.
Epasa – As Centrais Elétricas da Paraíba S.A. – Epasa foi constituída para construir e explorar as usinas Termoparaíba e Termonordeste, vencedoras de leilão Aneel em 2007. A usina iniciou suas operações em dezembro de 2010. Considerando a potência instalada, as duas usinas, juntas, constituem a 2ª maior planta termoelétrica a óleo combustível no Nordeste, respectivamente.
As termoelétricas geram energia que é distribuída pela rede elétrica para vários estados do país e, em caso colapso na rede elétrica, a termoelétrica tem capacidade de suprir a demanda de energia em mais de 40% do estado da Paraíba.
A Epasa gera 450 empregos, sendo 156 empregos diretos de alta qualificação (engenheiros e técnicos) e cerca de 300 indiretos nas áreas de apoio, alimentação e transporte. A empresa também recebe incentivos fiscais do Governo do Estado, por meio da Receita do Estado e locacionais pela Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep).