O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), eleito para presidir a Casa até até 2023, Adriano Galdino (PSB), anunciou na última semana dez medidas para aproximar o Legislativo da população. Conforme o deputado, as ações possuem como norte compromissos de evolução estratégica e cidadã para a Casa.
Entre as propostas estão à criação de uma Comissão Interpoderes para discutir e propor soluções para problemas do Estado e sessões itinerantes em diversos municípios. A primeira, aliás, deve minimizar os problemas sempre existentes entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que têm vivido impasses sempre que a discussão é sobre repasse do duodécimo, destaca reportagem do Correio da Paraíba.
Além disso, as iniciativas visam adotar transparência pública, com prestação de contas mensalmente; instalação de um serviço para que a população possa apresentar sugestões, e acompanhar o andamento do pedido, junto à ALPB; expandir a TV Assembleia e criar a FM Assembleia; convênios com instituições de ensino superior para criação de novas tecnologias para o Legislativo; e criação de um espaço para debate direto entre os deputados e a população.
“A Comissão Intepoderes vai discutir os problemas e as soluções para a Paraíba. Sobre redução de custos no Legislativo, iremos diminuir custos para nos readequar ao atual momento financeiro, ajustando o nosso orçamento”, afirmou o presidente durante entrevista concedida à rádio 98 FM/Correio Sat.
Mágoas das eleições. Sobre as eleições para o segundo biênio da Mesa da ALPB, Adriano contou que tudo já foi resolvido e arestas com deputados da situação foram aparadas. Além disso, o presidente falou que “vai continuar no governo, dando sustentação a João Azevêdo”.
“São favas contadas, página virada. Não temos problema com nenhum deputado. Hervázio foi um grande líder, defendeu o governo com muita eficiência e tenho por ele muito respeito. Foi uma eleição com dois candidatos, onde um ganha e outro perde. É normal. O que importa é que estamos todos juntos e unidos. Eu e Estela trocamos mensagens esse semana. Já falei com Hervázio. Por mais que se tenha diferença quando termina a eleição não tem mais vencidos ou vencedores. Sou governo. Vou continuar dando apoio a João Azevêdo porque acredito no projeto do PSB”, finalizou Adriano Galdino.
Diálogo. Adriano Galdino, recebeu, nesta quinta-feira (7), representantes da diretoria do Sindicato dos Servidores no Poder Legislativo (Sinpol). O parlamentar destacou a importância do diálogo aberto com os servidores para o bom funcionamento da Casa Epitácio Pessoa.
Adriano Galdino garantiu que a Mesa Diretora vai construir uma relação de constante diálogo e respeito ao funcionalismo. “Essa gestão será de muito respeito aos servidores. Vamos conversar bastante com o Sindicato para que possamos construir um parlamento que atenda às demandas dos nossos colaboradores, de forma que possamos servir bem toda a população paraibana”, declarou.
“Uma gestão profícua”, foi o que desejou a presidente do Sinpol, Sônia Aguiar, ao chefe do Legislativo estadual e à Mesa Diretora da ALPB. Sônia Aguiar afirmou que é importante abrir o diálogo em relação às questões que devam ser tratadas com a administração da Assembleia. “Estamos aqui para representar os servidores efetivos, comissionados e operacionais para que eles possam trabalhar cada vez melhor. O presidente demonstrou estar muito aberto ao diálogo”, comentou.
Ontem o presidente Adriano Galdino também recebeu a visita do procurador-geral de Justiça do estado, Francisco Seráphico da Nóbrega e do defensor público geral da Paraíba, Ricardo Barros.
GALDINO NEGA MANOBRA
Os deputados de oposição acusam o Executivo de tentar abafar a discussão das investigações sobre a Cruz Vermelha na ALPB. Uma destas manobras seria a suspensão das sessões por 15 dias, pedido da deputada estadual Cida Ramos (PSB) para que fossem realizadas reformas que garantam acessibilidade na Casa.
O presidente da ALPB, Adriano Galdino (PSB), nega as manobras e afirma que todos os deputados, de situação e oposição, concordaram com a suspensão dos trabalhos em plenário. Ele disse, em entrevista ao Correio Debate, da 98 FM, que no retorno dos trabalhos a oposição poderá dar entrada com o pedido de CPI, desde que atenda aos critérios da Casa.
“No dia 19 o protocolo estará aberto e quem quiser protocolar requerimento, CPI, não terá problema nenhum. Só vou me posicionar sobre os critérios para a CPI quando existir de forma concreta o pedido de CPI. O que posso adiantar é que na Casa só podem funcionar três CPI, conforme o regimento, e uma CPI para estar instalada precisa de 12 assinaturas”, disse Galdino.