A reunião extraordinária do Conselho Municipal de Transportes Públicos (Comutp) de Campina Grande foi surpreendido, na manhã desta quinta-feira 27, na STTP, pela presença do prefeito Romero Rodrigues. Um dos pontos principais da pauta: reajuste já a partir de 1 de janeiro da tarifa de transporte coletivo em Campina.
A pauta da reunião foi proposta pelo representante do Sitrans no Conselho, Alberto Nascimento, e estava previsto discutir um reajuste de R$ 0,50 no valor da tarifa, que passaria de R$ 3,30 para R$ 3,80, sob a alegação das várias dificuldades que o sistema tem enfrentado como os custos operacionais, compromissos trabalhistas, despesas com combustíveis e outras despesas.
Após ouvir atentamente, o prefeito disse reconhecer as dificuldades do setor, que só em 2018 contabilizou uma perda de 3 milhões de passageiros, segundo o Sitrans, mas apresentou uma proposta de implantação do sistema de Integração Temporal por toda a cidade, antes mesmo de se discutir o assunto de reajuste na tarifa.
Em sua análise, Romero destacou também o esforço e investimento que a Prefeitura, a exemplo de obraa de mobilidade priorizando as rotas de transporte público na malha viária, como asfaltamentos das vias e implementação de sinalização.
Para o prefeito é necessário que se busque alternativas para atrair de volta esses passageiros ao sistema, e o momento não é de discutir reajuste de tarifa, pois não vai resolver e que precisa ter uma reflexão do assunto. “A Integração Temporal de transporte coletivo por toda a cidade possibilitará o retorno dos passageiros ao sistema, preservando também todas as gratuidades estabelecidas em lei”, disse.
Na proposta apresentada, o cartão temporal também será estendido ao Terminal de Integração, que continuará funcionando plenamente com todos os serviços, mas os passageiros que por lá passarem devem se utilizar da catraca do ônibus para um novo embarque.
Já o superintendente da STTP, Félix Neto, também fez uma explanação das várias ações que o órgão tem realizado em defesa de um melhor serviço para a população, como a implementação de mais de cem novos abrigos, além das fiscalizações de combate ao transporte irregular de passageiros.
Após as avaliações e entendimentos pela maioria dos conselheiros presentes, a proposta foi aprovada em sua maioria e inclusive terá validade do beneficio para todos os distritos.
Uma nova reunião já foi marcada para o próximo dia 08, quando os empresários estarão apresentando o planejamento operacional do novo sistema de Integração Temporal, que tem previsão inicial de funcionamento para o dia 10 de janeiro, de forma definitiva em todo o município.
O setor de transporte coletivo de Campina Grande em números
O sistema de transporte coletivo da cidade de Campina Grande transporta hoje 11.859.033 passageiros pagantes em dinheiro ou cartão (pagam inteira); mais 7.782.313 de passageiros com vale transporte; mais 4.834.341 de estudantes (pagando meia); mais 910.758 gratuidades; com 83.555 integrações (ou seja, a segunda perna da integração temporal). O número total de passageiros equivalentes (o que vai para a planilha) equivale a 22.058.518. Ano passado fechou com 28 milhões de viagens. Esse ano, com 22 milhões. Queda de aproximadamente 6 milhões de passageiros. A quilometragem total do sistema é, em média/mês, de 1.213.309 km. Isso é o que todos os ônibus percorrem por mês na cidade.
Tema sempre polêmico, os principais insumos analisados na planilha de avaliação de reajuste de traifa são: combustível; Despesa com pessoal; depreciação dos veículos; peças e acessórios. Em percentual, o combustível representa, na planilha, 27,6 %; Despesa com pessoal, 28,8%; depreciação dos veículos, 5,6%; e peças e acessórios, 7,4%.