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O novo cinema da Paraíba nasce ousado e criativo
A grande surpresa do Festival Aruanda do Audioviosual, encerrado na semana passada, não veio da mostra competitiva principal, mas de uma paralela intitulada Sob o Céu Nordestino. Essa seção já existia há alguns anos para abrigar a produção da região Nordeste. Mas a novidade é que, neste 13.º Aruanda, ela foi preenchida integralmente por longas-metragens paraibanos.
São seis longas, como se disse, mas deveriam ser sete, pois o documentário consagrado ao grande Jackson do Pandeiro, dirigido por Marcus Vilar, não pôde ser apresentado por problemas ainda pendentes com direitos autorais de som e imagem. Além desses filmes, outros sete devem chegar até o próximo ano. Estão na boca do forno.
Os longas paraibanos em cartaz no Fest Aruanda foram Beiço de Estrada, de Eliézer Rolim, Estrangeiro, de Edson Lemos Akatoy, O Seu Amor de Volta (Mesmo que ele não Queira), de Bertrand Lira, Rebento, de André Morais, Sol Alegria, de Tavinho Teixeira, e Ambiente Familiar, de Torquato Joel.
Tal safra não configura, possivelmente, um “movimento”, no sentido clássico do termo, com uma poética estabelecida em cima de regras e posturas preestabelecidas, mas um desses círculos virtuosos ocasionais, beneficiados pela soma de uma política de incentivo inteligente com a presença de talentos individuais.
O boom se deve, de acordo com os cineastas, a um edital da prefeitura de João Pessoa, que leva o nome de Walfredo Rodrigues, um dos pioneiros do cinema paraibano, em parceira com o Fundo Setorial da Ancine.
De acordo com o diretor Marcus Vilar, “houve outro fato marcante: os filmes de curta e média-metragens advindos do curso de cinema da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Alguns redundaram em longas, sendo o mais famoso Estrangeiro, filme que já circulou por mostras de cinco países”, escreveu ele em artigo no jornal Correio da Paraíba(Cinema da Paraíba não para, 9/12/2018).
É inútil procurar por uma unidade temática ou estilística entre esses filmes. Há diversidade muito grande entre as obras, que vão do ambiente regional banhado por uma certa metafísica (Rebento) a um intimismo místico à la Terrence Malick (Estrangeiro), até a ode libertária e dionisíaca de Sol Alegria, passando pelos bastidores de adivinhos e cartomantes em O Seu Amor de Volta. Beiço de Estrada, de Eliézer Rolim, é uma história de abandono contada em tom mais clássico. E Ambiente Familiar, de Torquato Joel, explora o tema das novas configurações familiares em estilo plástico e figurativo, com imagens bastante sensoriais e que lembram, às vezes, as do russo Andrei Tarkovski.
“Não existe algo como uma estética paraibana”, abre o jogo Bertrand Lira, diretor de Seu Amor de Volta, vencedor do Prêmio Especial da Crítica criado para esse segmento. Bertrand defende mais a particularidade de cada obra do que problemáticos pontos comuns que indiquem uma tendência.
Diretor de Rebento, André Morais concorda com Bertrand. “Nossos esforços como grupo foram mais empregados na luta política audiovisual do que discussões estéticas”, diz. “Lutamos pelos editais e depois para que eles de fato acontecessem. Ficamos muito focados nisso.” Por sorte, essa batalha burocrática não contamina seu longa, história de uma mulher que, depois de parir e cometer um ato radical, sai numa busca metafórica por redenção, em busca de seu pai.
Bertrand Lira lembra que há, entre os colegas, estéticas mais rurais, próximas da tradição documental paraibana, e outras mais urbanas. Ele próprio ambienta seu longa no centro histórico de João Pessoa, em ruas do bas-fonds, com seres desesperados frequentando as pequenas salas de quiromantes e videntes. Já Morais, de Rebento, optou pelo campo. “Quis ir para o sertão por causa de uma memória afetiva muito forte, cheia de implicações maternas”, diz. “Mas um sertão não necessariamente paraibano; poderia ser no interior da Amazônia ou de Minas Gerais.”
Edson Lemos, de Estrangeiro, diz que seu filme se distancia da tradição rural paraibana e vai em direção oposta. “É uma ode à praia.” Filmado em preto e branco, seu longa usa a natureza, mar e praia, no caso, como caminho de espiritualidade, reencontro de sua personagem feminina consigo mesma após anos de exílio voluntário.
Esse tônus espiritual parece presente de maneira ainda mais evidente em Ambiente Familiar, de Torquato Joel. Torquato é conhecidíssimo na Paraíba como docente e também como autor de curtas que marcaram época, como Passadouro e Transubstancial.Faz um cinema metafísico, de construção imagética bastante influenciada pela pintura e tendo como horizonte a poesia profunda de Augusto dos Anjos.
Existe portanto esse eixo da espiritualidade, marcante, mas não dominante. Sol Alegria,por exemplo, ocupa-se mais dos corpos que do espírito. Busca, na carnalidade, uma forma de transgressão e liberação, com cunho político e contestador.
Num ponto, os diretores são unânimes: “Manter essa diversidade é muito mais importante que encontrar pontos comuns em nossas obras”, diz Eliézer.
Após o boom do cinema pernambucano, com o grupo Árido Movie e que teve seguimento em diretores como Kleber Mendonça Filho (de O Som ao Redor e Aquarius),depois do cinema mineiro com cineastas como André Novais, Affonso Uchôa e outros, depois do coletivo cearense Alumbramento, talvez tenha chegado a hora de o cinema paraibano despontar no panorama nacional. Por enquanto, há que se comemorar esse momento especial. Em seguida, será preciso estudá-lo, pois sua importância já extrapola as fronteiras do Estado da Paraíba.
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Feirão da MRV realiza ação com condições diferenciadas neste sábado, na Grande João Pessoa
A MRV, maior construtora da América Latina e parte do grupo MRV&CO, está realizando seu tradicional Feirão de Imóveis durante todo o mês de setembro. Na Grande João Pessoa, os empreendimentos Jardim dos Corais, Jardim Tropical, na região dos Bancários e Altiplano, e Reserva Almagre, em Intermares, participam da ação, oferecendo condições facilitadas para a compra do primeiro apartamento.
Entre as principais vantagens do Feirão MRV estão o parcelamento da entrada em até 60 vezes e a possibilidade de começar a pagar as parcelas mensais somente em 2025. É uma oportunidade única para quem deseja realizar o sonho da casa própria sem comprometer o orçamento de imediato.
Evento especial
E neste sábado, dia 21 de setembro, haverá um evento especial na loja da MRV localizada no bairro do Cabo Branco (Rua Marcionila da Conceição, 1228), onde os interessados poderão conhecer os empreendimentos, tirar dúvidas e aproveitar as condições promocionais. Para quem prefere a praticidade do digital, o Feirão também está disponível online, permitindo a negociação de qualquer lugar, a qualquer hora.
Além de João Pessoa, a MRV está promovendo o Feirão em mais de 100 cidades brasileiras. A empresa, que possui 87% de seu estoque dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, oferece imóveis com subsídios de até R$ 55 mil e taxas de juros diferenciadas, facilitando ainda mais o acesso à casa própria.
Com um portfólio diversificado e milhares de unidades disponíveis, o Feirão MRV é a oportunidade para encontrar desde o primeiro apartamento ou para quem deseja mudar de residência.
“Comprar um imóvel é uma decisão importante, e queremos facilitar ao máximo essa escolha. O Feirão MRV é a possibilidade de nossos clientes darem um grande passo na vida, sem comprometer o orçamento neste momento”, afirma André Luiz Varela Souza, gestor comercial da MRV na Paraíba.
O gestor comercial também reforça que hoje a empresa oferece imóveis para todos os perfis e necessidades. “Nossa intenção é garantir que cada cliente encontre a solução perfeita para sua vida”, finaliza.
Para saber mais detalhes e consultar as condições e unidades participantes, acesse o regulamento da campanha no site www.mrv.com.br