A Adepdel (Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba), repudia a forma como a Secretaria de Segurança Pública está tratando os policiais civis do Estado. Segundo a associação, os policiais estão sendo monitorados pelo Ciop (Centro Integrado de Operações da Polícia).
De acordo com Steferson Nogueira, presidente da Adepdel, a Secretaria tem feito um trabalho de represália com a Polícia Civil da Paraíba e o seu papel, que é de pensar e melhorar as condições para que os policiais possam prestar um serviço de melhor qualidade ao cidadão, está a desejar. “Em vez do secretário dedicar seu tempo em informatizar a polícia civil, em melhorar as condições de plantões e efetivo das delegacias, de buscar um concurso público para a Polícia Civil, há 10 anos sem certame, e de buscar uma remuneração segura, por meio de subsídio, para os policiais, ele fica pensando em monitorar os policiais. A Polícia Civil vem apresentando grandes trabalhos, mesmo diante de todas as dificuldades. Por sinal, os números são tão positivos que manteve Secretario no cargo durante longos 8 anos”, diz.
Segundo o presidente, a situação dos plantões é muito delicada e preocupante. “Em alguns polos como Sapé, por exemplo, o plantão só conta com dois policiais e um Delegado. Em Mamanguape são, em vários dias no mês, três servidores para 12 cidades. Ainda exemplificando, a Central de Flagrantes da Capital, que antes contava com duas equipes de plantão, agora só de dispõe de uma equipe para João Pessoa e Cabedelo. Por sinal, em muitos casos, nem conta com escrivão. Isso é inaceitável”, enfatiza Steferson.
“Além de o secretário não se preocupar com o que de fato é importante para a Polícia Civil, ele usa o Ciop, que foi criado para atender ao cidadão, para monitorar o policial. É preciso corrigir as falhas do CIOP. Será se o cidadão está sendo prontamente atendido? Temos uma corregedoria atuante. Cabe a esse importante órgão, juntamente com o Delegado Geral e seus gestores (Superintendentes e Delegados Seccionais), controle interno da Polícia Civil. Cada servidor sabe de sua responsabilidade, inclusive os lotados na Secretaria. Por que monitorar os passos de quem trabalha diretamente com investigações? Nós não vamos aceitar essa situação”, afirma Steferson.