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Aluno abre fogo contra colegas, mata ao menos 2 e fere outros 4 em Goiânia

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Dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros no Colégio Goyases, unidade particular localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia, no final da manhã desta sexta-feira, 20. ​O tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de comunicação da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), confirmou que o autor dos disparos, um adolescente de 14 anos, é filho de policiais militares e que a arma usada é da corporação. Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado, revela o Estadão.

O tenente-coronel disse que o garoto pegou a arma da mãe em casa e a levou ao colégio dentro de uma mochila. Ele realizou os disparos dentro da sala de aula e foi imobilizado quando tentava recarregá-la. O estudante já foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depais).

O delegado Luiz Gonzaga, da Depais, afirmou que o crime foi motivado pelo bullying que o jovem sofria no colégio. “Ele me disse que se inspirou em duas tragédias: Columbine e Realengo. E pensava em se vingar há aproximadamente dois meses”, informou.

O primeiro atingido foi o seu suposto desafeto, depois, segundo o relato do garoto à polícia, ele perdeu o controle. E sentiu vontade de matar mais.

As duas vítimas que morreram foram identificadas como João Vitor Gomes e João Pedro Calembo. Ambos morreram dentro da sala de aula.

Os adolescentes feridos, três meninas e um menino, foram levados aos Hospitais de Urgências de Goiânia (Hugo) e dos Acidentados de Goiânia. Dois deles foram levados ao Hugo pelo pai de uma das vítimas.

O pai explicou que logo após o atentado, funcionários do colégio ligaram informando o que havia acontecido. Seu filho foi baleado nas costas, e a bala continua alojada. Equipes médicas, segundo ele, avaliam a necessidade de uma cirurgia para retirar o projétil.

Um das vítimas internadas no Hugo, uma garota, está em estado grave e respira por aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), informou o diretor técnico da unidade, Ricardo Furtado Mendonça. Os outros dois feridos estão conscientes e estáveis.

A garota que está na UTI teve de passar por uma cirurgia para drenar o sangue do pulmão que foi perfurado por um dos disparos. Além do tiro no tórax, ela foi atingida na mão e no pescoço – neste de raspão.

Outra garota também teve o pulmão perfurado, mas respira espontaneamente. O rapaz também foi atingido na região do tórax e está consciente. Nenhum dos jovens tem previsão de alta, informou Mendonça. As famílias já visitaram os adolescentes e os acompanham no hospital.

Já a jovem encaminhada ao Hospital dos Acidentados não corre risco de morte. Ela levou um tiro no pulso e foi submetida a cirurgia.

Os alunos do oitavo ano do Colégio Goyases estavam tendo aula de Ciências quando ouviram o primeiro disparo. “Achei que fosse alguma bexiga, algum experimento”, diz Ana, que não quis se identificar. Quando percebeu que era tiro, ela e mais alguns alunos saíram correndo. Ana foi até a delegacia que fica próximo do local.

Um helicóptero do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) e viaturas da Polícia Militar (PM) também foram acionados.

Luto
No portão de entrada do Colégio Goyases, uma faixa com os dizeres “Família Goyases em luto” foi afixada na tarde desta sexta. Acima dela, outra anunciava a realização da mostra científica que aconteceria na escola neste sábado, 21.

A esta altura, pouco antes das 17 horas, os corpos de João Vitor Gomes e João Pedro Calembo já haviam sido retirados da escola e levados ao Instituto Médico Legal.

O delegado Francisco Costa, do departamento de homicídios, do lado de fora da escola, disse que a sala estava revirada, com marcas de bala nas paredes e no chão, e havia manchas de sangue do terceiro andar da escola até o térreo.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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