Agência Brasil
O anúncio da vitória nas eleições presidenciais foi comemorado com muita festa em frente à casa de Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Eleitores gritaram, se abraçaram e pularam muito, no meio de fogos de artifício, ao coro de “mito, mito”, como é chamado pelos seus seguidores o candidato à presidência da República pelo PSL.
O Hino Nacional foi entoado pela multidão, que também cantava “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Os dois sentidos da Avenida Lúcio Costa, na beira da praia, foram fechados ao trânsito de veículos, pelo excesso de pessoas, a grande maioria vestida em amarelo, cor que simbolizou a campanha desde o início.
A frente do condomínio foi reforçada com grades de ferro e um efetivo da Polícia Militar, além dos seguranças privados e agentes da Polícia Federal.
“A vitória significa a libertação do PT. Significa esperança de uma vida melhor. O país vai trilhar um caminho melhor, com mais ética”, disse o advogado José Brito, presente à comemoração. “Significa o respeito às regras, o que é certo e o que é errado. Espero do governo maior respeito às regras do jogo. É a iniciativa privada que gera riquezas”, comemorava o também advogado Rodrigo Fonseca.
Outro eleitor de Jair Bolsonaro, a aposentada Sônia Liskier, também festejava à porta do condomínio Vivendas da Barra, onde mora Bolsonaro. “Esperança de tempos melhores, com mais emprego, mais segurança. Eu já tive um revólver apontado para minha cabeça. O governo dele ainda é um ponto de interrogação. Mas tem tudo para resolver os nossos problemas”, disse.
Ao longo da tarde, muitas pessoas foram chegando à casa de Bolsonaro. Entre eles, o economista Paulo Guedes, cotado como ministro, e o ator Alexandre Frota. O filho de Bolsonaro, Eduardo, chegou logo após o final das eleições. O outro filho do candidato, Flavio, já estava na casa desde cedo.
A poucos metros da casa de Bolsonaro, no Hotel Windsor, base de muitos articuladores e apoiadores do candidato nos últimos dias, o clima era de festa, pouco antes da divulgação dos primeiros resultados. Quando foi anunciado a boca de urna para a Presidência, apontado 56% contra 44% para o candidato do PSL, os gritos e aplausos se assemelhavam ao final de uma partida de futebol.