O custo para as empresas litigarem, isto é, figurarem como autoras ou rés em ações judiciais, é alto. Um estudo lançado pelo escritório Amaral, Yazbek Advogados estima o gasto em mais de R$157 bilhões no ano de 2016.
“É uma pequena fortuna que poderia movimentar a economia e servir a um bem maior, caso a burocracia fosse menor e o Estado mais célere no que tange a conflitos que seguem a via judicial e extrajudicial”, diz o advogado, sócio da Amaral, Yazbek e coordenador do estudo, Gilberto Luiz do Amaral.
Para se ter uma ideia da quantidade, em 2016 foram 65,16 milhões de processos envolvendo empresas, o que equivale a 81,5% de todos os processos em trâmite, cada um destes com um valor de causa médio de R$94 mil. A maior parte dos litígios envolvem grandes empresas, 53,47% para ser exato.
“Vemos um crescimento a cada ano. Na primeira edição desse estudo, que analisou os anos de 2012 e 2014, partimos de um total de pouco mais de 53 milhões de processos envolvendo empresas. Em 2015, esse total pulou para 60,84 milhões. Já em 2016 notamos um aumento de mais de 7%/ano no número de ações judiciais”, explica Amaral.
Em 2016, somente as custas judiciais e extrajudiciais, como o pagamento de guias de recolhimento de taxas, por exemplo, pesaram bastante para as empresas, foram mais de R$39 bilhões coletados pelo Estado e órgãos da justiça.
Segundo o especialista, é um peso grande. “Principalmente para as pequenas empresas que, em 2016, viram 2,08% de seu faturamento comprometido com o pagamento de despesas para ajuizamento ou manutenção dos processos”.
É inegável a grandiosidade dos números, pois se todos os valores dicutidos nos processos fossem somados, essa conta chegaria ao montante de R$6,12 trilhões, número esse próximo ao PIB (R$6,3 trilhões) do país no ano de referência dos dados, 2016.
De todas as áreas, as que mais têm empresas como parte são as ações trabalhistas e as de natureza civil (contratos, obrigações e indenizações). Veja no quadro abaixo um comparativo entre os anos de 2015 e 2016, além da quantidade processos por matéria.
Diante desse quadro, o número de advogados também tende a crescer, uma vez que, estatisticamente, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, que também serviu de referência para o Estudo “Custo Das Empresas Para Litigar Judicialmente 2015 e 2016”, publicado pelo escritório Amaral, Yazbek Advogados, há 102 processos para cada profissional em atividade.
Para a confecção do estudo o escritório utilizou as mais recentes informações disponíveis acerca de mercado e do Poder Judiciário, sendo elas:
- Relatório Justiça em Números 2016 e 2017 do CNJ – Conselho Nacional de Justiça (ref. 2015 e 2016);
- Análise de 25.732 processos judiciais;
- Demonstrações Financeiras de 8.010 empresas;
- Arrecadação tributária federal por CNAE – 2015 e 2016;
- Faturamento das Empresas e Market Share – IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
A íntegra da análise pode ser acessada no website do escritório em: http://eepurl.com/dKmGJo.
Sobre Amaral, Yazbek Advogados
Criado em 1985, o escritório Amaral, Yazbek Advogados (AY) consolidou sua tradição e expertise na advocacia tributária, contenciosa e consultiva. Foi pioneiro em aliar sua alta especialização na área às peculiaridades de outros ramos do direito e de determinados setores econômicos, tal como o de praticagem. Como consequência de profundo estudo sobre direito, tecnologia e inteligência de negócios, lançou o conceito de Direito da Inteligência de Negócios como sendo o alicerce entre o direito e o mundo empresarial.
Com uma visão estratégica e atuação nacional, o escritório se diferencia também pela prestação de serviços de Governança Jurídica, com enfoque nas áreas Tributária e de Compliance, o que abrange diagnóstico, planejamento e assessoria completa aos seus clientes.