Mangueira (PMDB) chamou a atenção dos parlamentares da CMJP, gestores da Saúde, além dos Governos Estadual e Municipal, por ajuda
“Aos 16 anos e desde os 10, com os joelhos tortos, virados para dentro, ele tenta se submeter a uma cirurgia no Arlinda Marques. Porém, até hoje nada ainda foi feito”, revelou Mangueira (PMDB) a situação de Wesley Cavalcanti da Silva, adolescente que já adquiriu uma escoliose devido à demora na realização de alguns procedimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na Capital. O vereador expôs a situação, nesta terça-feira (17), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), apelando aos parlamentares, gestores da Saúde, além dos Governos Estadual e Municipal, por ajuda.
Wesley Cavalcanti da Silva sofre com o joelho valgo, o que biomecanicamente deixa as pernas em formato de xis e o joelho virado pra dentro. Ele necessita de correções a partir de intervenção médica, além de inserir um material tipo fixador, durante a cirurgia, para uma melhor correção do problema e prevenção de sequelas.
“Inclusive, Wesley pode sofrer com outros problemas irreversíveis devido à demora na realização da cirurgia. Fui procurado pela mãe dele, que junto ao pai do garoto não tem dinheiro para pagar por um tratamento particular. Peço ao Estado, ao Município, aos gestores de hospitais que intercedam por essa criança que pode ficar impedida de andar se não for feito o procedimento”, recorreu Mangueira, destacando que este, assim como outros semelhantes na cidade, é um caso mais que urgente e de discurso apartidário.
Segundo Kelly Cristina do Nascimento, a mãe de Wesley da Silva, durante esse período de seis anos e em três protocolos solicitando o material necessário à cirurgia do menino no Arlinda Marques, já aconteceu, sem justificativa plausível, de os documentos desaparecerem, não serem localizados, do nome de Wesley não ser inserido no pedido e até houve licitação e compra de material de péssima qualidade, de forma a inviabilizar, agora em 2017, uma cirurgia já marcada.
“Desde 2010, dei entrada a primeira vez nos documentos e fiquei esperando esse processo ser despachado, daí me informaram que perderam o protocolo no hospital. Depois pediu-se outro aparelho, porque ele cresceu e o que havia sido solicitado antes não serviria. Dei entrada novamente, e daí o médico ortopedista e traumatologista Francisco Laecio Vieira Damasceno, que acompanha meu filho, rejeitou o equipamento por ser de péssima qualidade”, contou a mãe, ansiosa, pois foi informada da realização de um novo pedido ainda com licitação para acontecer e ainda sem previsão de quando todo o processo estará finalizado.
Durante o pronunciamento de Mangueira, Sandra Marrocos (PSB) se ofereceu para ajudar na busca por ajuda a Wesley da Silva. Além dela, o porta-voz da Prefeitura na Câmara, Fernando Milanez Neto (PTB), sugeriu a Mangueira solicitar ajuda ao Governo da Paraíba inicialmente, por Wesley já ter 16 anos e não ser mais uma criança, ou seja, um potencial paciente do Arlinda Marques. “Caso não consigam, podem me procurar pra tentarmos viabilizar junto ao Município”, garantiu Milanez.
“Apesar dos contratempos, de me jogarem de setor em setor, de me sentir sendo feita de boba e de ver não só meu filho, mas outras crianças e adolescentes sofrendo com situações parecidas, tenho encontrado muita gente boa no Arlinda Marques que se esforça pra nos ajudar”, comentou Kelly da Silva.
A reportagem do Portal Câmara JP entrou em contato com a assessoria de comunicação da Saúde Municipal, no intuito de ouvir a direção do Hospital Arlinda Marques e também o médico que acompanha Wesley Silva. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas.