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Paraíba

MPPB ajuíza ação contra a PMJP para garantir abrigamento de 239 famílias despejadas

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O Ministério Público da Paraíba ajuizou uma ação civil pública contra a Prefeitura de João Pessoa, nesta quarta-feira (25), para que o Município seja obrigado a promover o imediato abrigamento de 239 famílias que foram despejadas do Condomínio Vista Verde I e II, no Bairro das Indústrias, na Capital, em decorrência de ação de reintegração de posse. A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Capital quer resguardar, em caráter de urgência, a vida, a saúde, a educação e a convivência sócio-familiar, principalmente, das 137 crianças e dos 45 adolescentes que estão ao relento.

O 3º promotor da Criança, João Arlindo Corrêa Neto, requereu que o atendimento às famílias fosse prestado por entidades adequadas. Na comprovada falta destas, que sejam empreendidas as providências cabíveis para a imediata oferta dos serviços necessários às famílias já cadastradas pelo Conselho Tutelar, que, inclusive, apontou a existência dos 239 menores de 17 anos alojados em uma praça do bairro. A situação que foi averiguada através de diligências realizadas pela equipe de profissionais da Promotoria, na última segunda-feira.

Vulnerabilidade e risco de dano irreparável

“Pretende-se garantir e resguardar o direito das crianças e adolescentes que encontram-se em situação de vulnerabilidade, vivendo em barracas ou ao relento, sem comida e água tratada, banheiros etc… Registre-se, por oportuno, que o núcleo familiar das 239 famílias despejadas é composto em sua maioria por mulheres que tem a função de prover o lar. As crianças e adolescentes estão matriculadas na rede pública de ensino e em sua grande maioria inseridas nos Creis do município”, afirma o membro do MPPB, em trechos da ACP.

Para fundamentar a urgência do pedido de liminar, o promotor destacou na ação o receio do Ministério Público de que a demora no atendimento das famílias gere “dano irreparável à vida digna, à saúde, ao bem-estar físico e mental, à dignidade da pessoa humana dos desabrigados”.

Inércia do poder público

O promotor também esclareceu que oficiou o Município, solicitando informações sobre as medidas adotadas para minorar as agruras das famílias despejadas, mas que, até a quarta-feira, apenas a Secretaria de Habitação Social havia enviado informações sucintas, enfatizando que efetuou um levantamento das famílias que haviam ocupado o residencial e que apenas “quinze famílias se enquadravam nos critérios legais de seleção dos beneficiários do programa minha casa minha vida”.

“Em relação às demais famílias passou ao largo, numa clara demonstração de inércia para com os desabrigados. A Secretaria de Desenvolvimento Social não remeteu quais as providências adotadas, ou se as adotou. Trata-se de demonstração clara de inércia da edilidade!”, conclui o promotor na ação.

Ainda na ação, João Arlindo Corrêa Neto diz que, na execução do despejo das famílias, que inclui crianças e adolescentes, não foi levada em conta a situação de vulnerabilidade delas “e tão pouco houve preocupação dos poderes públicos em saber o destino e as condições de sobrevivência desses sujeitos de direito após a desocupação”.

A ACP cita o prefeito Luciano Cartaxo Pires de Sá; a secretária municipal de Habitação Social, Maria do Socorro Gadelha Campos de Lira, e o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Eduardo Jorge Rocha Pedrosa, todos representados pela Procuradoria-Geral do Município. O Ministério Público requer também que o Município seja condenado ao pagamento de multa diária, a ser fixada pela Justiça, com valor sugerido de R$ 10 mil, em caso de descumprimento da determinação judicial, e que seja concedida a prioridade na tramitação desta ação, em razão de tratar-se de questão afeta à criança e ao adolescente (Lei 12.010/2009).

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Paraíba

Murilo Galdino assina PEC contra escala 6×1 mas prega cautela no diálogo sobre matéria

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Murilo Galdino (Republicanos), é mais um parlamentar paraibano a assinar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra o fim da escala de trabalho 6×1.

Embora tenha apoiado a matéria, o deputado demonstrou divergências quanto a proposta original do texto e pregou cautela no debate para que a classe empresarial também seja ouvida.

“No entanto, deixo claro que não concordo com alguns pontos propostos na matéria e seguirei atento às próximas etapas, buscando sempre o que for melhor para todos”, disse o deputado em publicação nas redes sociais sendo favorável a escala 5×2.

De autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL),a PEC propõe reduzir a atual escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de folga) para uma escala 4×3 (quatro dias de trabalho e três de folga). Já tendo atingido o número necessário para tramitar na Câmara, o texto também teve posicionamento favorável dos paraibanos Ruy Carneiro (PSC), Gervásio Maia (PSB), Luiz Couto (PT) e Damião Feliciano (União Brasil).

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Paraíba

Programa Melhor em Casa beneficia população da Paraíba com cuidados domiciliares

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Redação do Portal da Capital

Programa Melhor em Casa (PMeC), criado em 2011 pelo Ministério da Saúde e integrado à Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS, completou 13 anos de existência no último dia 8, impactando positivamente a vida dos paraibanos. A iniciativa oferece cuidados domiciliares multiprofissionais, com foco no tratamento de doenças, prevenção de sequelas, cuidados paliativos e reabilitação intensiva. Atualmente, o programa conta com 2.187 equipes, atendendo cerca de 45% da população em 1.000 municípios. Na Paraíba, está presente em 78 municípios, com 97 equipes dedicadas ao cuidado domiciliar.

O PMeC oferece um cuidado mais próximo da vida familiar, evitando hospitalizações ou dando continuidade após uma internação hospitalar. Ele é voltado para pessoas que, por limitações temporárias ou permanentes, não conseguem se deslocar até uma unidade de saúde para tratar uma doença. Em 2023, o programa teve importantes revisões em sua normativa, que definiram o aumento de 30% nos valores de custeio, a possibilidade de equipes exclusivas para reabilitação intensiva para municípios menores de 20 mil habitantes e a implementação do telessaúde no serviço, entre outras inovações.

Com a criação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) neste ano, a atenção domiciliar teve sua importância evidenciada como uma ferramenta primordial na realização de cuidados paliativos. Além de ampliar o acesso à RAS, o programa otimiza o uso de leitos hospitalares, reordena os fluxos e humaniza a relação entre o paciente e os profissionais de saúde.

A coordenadora-geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Mariana Borges, afirma que o Melhor em Casa é o ‘maior hospital público do Brasil’: “A atenção domiciliar é uma porta de saída qualificada que colabora para a desinstitucionalização e desospitalização da saúde. O hospital sempre irá existir, mas a internação será cada vez por menos tempo. A pessoa entra, faz o que precisa e volta para casa. Se estiver estável e não necessitar de cirurgias adicionais, pode ficar em casa”, explicou.

“Estudos mostram que o paciente, com a mesma medicação, leva o mesmo tempo para ter alta, estando em casa ou no hospital. No entanto, em casa o custo é em média 70% menor. Fora do hospital se compreende a multiplicidade de fatores que a equipe de saúde pode atender, a dinâmica completa do indivíduo, que deixa de ser biológico para ser biográfico”, completou a coordenadora.

Melhor em Casa em números

O custeio do PMeC é realizado de forma tripartite, com recursos da União, estados e municípios. O orçamento anual do programa é de R$ 895,5 milhões, divididos entre equipes multiprofissionais de atenção domiciliar (EMAD) tipos I e II; e equipes de apoio (EMAP e EMAP R). A atuação dos profissionais é voltada para a alta complexidade, de forma interdisciplinar, intersetorial e interprofissional.

Ao longo dos anos, o número de equipes aumentou de forma gradual. Em 2022, havia 1.971 equipes habilitadas; em 2023, esse número subiu para 2.137, e atualmente são 2.187 equipes em operação. Em 2023, o total de atendimentos realizados foi de 5.190.708, o que resulta em uma média mensal de 432 mil atendimentos. Deste total, 68,4% foram prestados a pessoas com 60 anos ou mais.

Os principais problemas de saúde atendidos são: Acidente Vascular Cerebral (AVC) e suas sequelas, infecções, descompensação de diabetes, insuficiência cardíaca, enfisema, fase terminal de câncer, demências e feridas.

Adesão ao programa

Todas as faixas etárias podem receber atendimento pelo Melhor em Casa, mas a predominância é de pessoas idosas. Jovens, crianças e recém-nascidos com problemas de baixo peso, icterícia, síndromes neurológicas e má-formação também são assistidos.

A adesão ao programa é voluntária. A solicitação deve acontecer pelas secretarias municipais ou estaduais de saúde via Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS). Além de seguir os critérios e orientações das portarias vigentes, para ser habilitado e receber recursos federais, a gestão local deve possuir equipe pronta e implantada em um Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) que já tenha produzido, no mínimo, um atendimento registrado no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica.

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Paraíba

Semob-JP define operação de transporte público para feriado da Proclamação da República

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A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) vai ajustar o serviço de transporte público urbano, nesta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República do Brasil. Por conta da redução da demanda pelos usuários do serviço, os ônibus urbanos vão operar com quadro de domingo, mas com reforço de viagens e veículos em algumas linhas, com o objetivo de adequar a oferta do transporte público à demanda, bem como prestar um melhor serviço à população.

Nesta sexta-feira, o transporte coletivo vai operar com quadro de domingo, normalmente com 50 linhas, 130 veículos e fazendo 861 viagens. Entretanto, a Semob-JP determinou um reforço na operação, circulando com quadro de sábados, as linhas 116-Colinas do Sul, 120-Parque do Sol, 104-Bairro das Indústrias, 510-Tambaú, 401-Altiplano e 507-Cabo Branco, além do retorno da linha 229-Mangabeira/Rangel. Também serão reforçadas as circulares 1.500 e 5.100, e 602-Ilha do Bispo, num incremento de 16 veículos e 128 viagens, totalizando 146 carros realizando 989 viagens neste feriado.

A Semob-JP vai monitorar a operação do transporte público com agentes de mobilidade nos terminais, podendo determinar às empresas que reforcem ainda mais os veículos e viagens, dependendo da necessidade. “Mesmo sendo um feriado, determinamos uma melhora significativa na oferta de ônibus para oferecer um melhor serviço à população. Também estaremos atentos ao trânsito em toda a cidade, tanto com o trabalho dos agentes em campo, quanto nas câmeras no Centro Operacional de Trânsito e Transportes”, destacou Expedito Leite Filho, superintendente de Mobilidade Urbana da Capital.

Contatos – Para urgências, a Semob-JP disponibiliza o WhatsApp (83 98760-2134) do Centro Operacional de Trânsito e Transportes (Cott), exclusivamente para mensagens, fotos e áudios.

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