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Paraíba

Aspol culpa governo e delegados por retrocesso na Polícia

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“Uma Medida Provisória publicada no Diário Oficial do Estado do dia 4 de julho de 2018 é mais uma prova clara de que o Governo do Estado e uma associação de delegados que têm cargos no Governo estão promovendo um verdadeiro retrocesso na Polícia Civil paraibana”.

A denúncia, nesses termos, foi divulgada na tarde de hoje (10) pela Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB), expondo em nota, “detalhadamente, alguns pontos que revelam essa intenção de baixar o nível de produção na polícia de investigação paraibana”, destaca reportagem do Blog do Rubão.

Veja a seguir quais os pontos abordados e ressaltados pela Aspol, de acordo com texto distribuído pela Assessoria de Comunicação da entidade.

CARGOS DE NÍVEL MÉDIO

A cúpula da Polícia Civil, com o aval do governador Ricardo Coutinho, substituiu o cargo de Motorista Policial por “Agente de Operacional de Polícia”, mas manteve o ‘Ensino Médio’ como um dos critérios de admissão. A Aspol defende a mudança de nomenclatura, mas que o referido cargo seja de Nível Superior, como já acontece nos cargos de Agente de Investigação e Escrivão de Polícia.

A VOLTA DOS “ARAQUES”

A Medida Provisória possibilita ainda a criação do que chamam de “Cargo de Provimento em Comissão” – ou seja, servidores NÃO CONCURSADOS – atuando no trabalho de investigação nas delegacias. Neste caso, no entanto, o servidor sem concurso não pode assumir o cargo de delegado; apenas o de outras funções. Por quê?

BAIXANDO O NÍVEL

Com a permanência de cargos de Ensino Médio e a possibilidade de contratação de pessoas não concursadas – os “araques de Polícia” –, a tendência é de que o cargo de INVESTIGADOR CRIMINAL (escrivães e agentes de investigação) seja paulatinamente extinto da Polícia Civil paraibana, um retrocesso imensurável. Em muitos estados, a própria Polícia Militar já está exigindo Nível Superior nos concursos para soldado. Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho e os delegados que assumem postos estratégicos em sua gestão preferem optar pelo caminho inverso. O que explica isso?

PERSEGUIÇÃO ESCANCARADA

Há mais de um ano que a ASPOL vem solicitando mudança oficial de nomenclatura para os cargos de Agente de Investigação, Escrivão e Motorista. Nunca fomos atendidos. Agora, “de repente” surge uma Medida Provisória fazendo a mudança de Motorista para Agente Operacional de Polícia (mas mantendo o ‘Nível Médio’), além de transformar também a nomenclatura do cargo de Delegado Especial para “Jurídico-Policial”. Mas o pleito do INVESTIGADORES continua sem resposta. Qual a intenção de fechar as portas para os INVESTIGADORES CRIMINAIS?

MUDANÇA NO IPC

O Instituto de Polícia Científica (IPC) também não escapou. Cargos como o de papiloscopistas agora passam a assumir funções que, até então, eram exclusivas de Peritos. A medida pode ser positiva, mas exige uma das principais reflexões nesta discussão: por que os delegados não tomam a mesma atitude para as delegacias? Por que não defendem mudanças no Código de Processo Penal, de modo que um INVESTIGADOR CRIMINAL possa solicitar um simples exame de corpo delito no IPC, poupando o tempo do cidadão que está ferido à espera de uma simples ‘assinatura’ na delegacia? Por que o INVESTIGADOR CRIMINAL não pode agir por conta própria em determinadas ocorrências policiais, tendo que aguardar a presença de um delegado que nem sempre chega em tempo hábil para socorrer a vítima que pede ajuda? Por que a Polícia Miliar é obrigada a ficar durante horas na delegacia, esperando um delegado chegar, para só aí dar prosseguimento à ocorrência policial? E o patrulhamento das ruas, onde fica?

“(IN)COMPETÊNCIA?”

Por que o governador Ricardo Coutinho ratifica as práticas de um grupo de delegados que se sentem ofendidos pelas denúncias da péssima gestão que deixa fechar delegacias, que deixa interditar o IPC, que deixa policiais com o pior salário do país, que deixou concursados quase oito anos aguardando nomeação, que deixou policiais sem coletes, sem munições e com armas de qualidade duvidosa? A ASPOL não fecha os olhos para os abusos cometidos contra os policiais civis e continuará na defesa dos direitos e interesses das categorias que representa!

UM CONVITE À SOCIEDADE

A ASPOL/PB, maior entidade representativa da Polícia Civil paraibana, está à disposição da sociedade civil organizada para apresentar um verdadeiro projeto de reformulação do sistema de segurança pública, que vise verdadeiramente a melhoria do serviço público. E se dispõe a debater – com quem quer que seja – a funcionalidade dessa proposta.

 O outro lado

Sobre o assunto, o blog solicitou pronunciamento do Governo do Estado e da Adepdel (Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados da Paraíba).  Tão logo atendam ao pedido e se posicionem sobre a denúncia da Aspol, o que enviarem será imediatamente publicado neste espaço, em nova matéria ou atualização desta.

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Paraíba

MP, TJ e Executivo discutem ações para acompanhar e evitar falhas em medidas protetivas de urgência

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Redação do Portal da Capital

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) realizou uma reunião híbrida com representantes do Tribunal de Justiça da Paraíba e de órgãos do governo do Estado e do Município de João Pessoa, para tratar da institucionalização de política de acompanhamento das medidas protetivas de urgência aplicadas em favor de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, no Estado.

Esse já é o segundo encontro promovido pelo MPPB com o objetivo de criar um mecanismo que viabilize o acompanhamento das medidas protetivas de urgência, após o seu deferimento pelo Judiciário. O trabalho integra o Procedimento Administrativo 001.2024.073002, instaurado na instituição em razão da proposta feita pela Corregedoria Nacional do Ministério Público sobre o assunto. Uma das questões que preocupa a instituição ministerial diz respeito à fixação de prazo dessas medidas na proteção das vítimas, já que se acredita que tal limitação impacta negativamente na proteção eficiente dos direitos humanos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Participaram da reunião, na quarta-feira (16/10), o coordenador do Centro de Apoio Operacional em matéria criminal (CAOCrim) e do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes (Navic), do MPPB, o promotor de Justiça Ricardo Lins; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional em matéria de defesa da cidadania e direitos fundamentais e coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir), a promotora de Justiça Liana Carvalho; a juíza de direito coordenadora adjunta da Mulher do TJPB, Caroline Silvestrini; representantes da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, da Secretaria Municipal de Mulheres e da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Cidadania, ambas do Município de João Pessoa, da Guarda Civil do Município de João Pessoa, a coordenação do Centro de Referência das Mulheres e promotores de Justiça que atuam na defesa da mulher, em diversas promotorias do Estado da Paraíba: Clístenes Holanda, Ivete Arruda, Rafael Bandeira, Rhomeika Porto, Izabella de Barros, Diogo Galvão, Pedro de Freitas, Thomaz dos Santos, Ernani  Menezes, Leonardo Cunha Lima, Herbert Vitório Serafim, Luiz William Aires Urquisa e Ana Grazielle Araújo.

Patrulha Maria da Penha e Centros de Referência

Conforme explicou o promotor de Justiça Ricardo Lins, já na primeira reunião de trabalho, foram definidas várias frentes de atuação: uma relacionada à aproximação dos membros do Ministério Público do programa “Patrulha Maria da Penha” nos municípios paraibanos; outra relacionada ao fomento de criação de rondas municipais, conduzidas pelas respectivas guardas municipais e outra visando à criação e à padronização dos Centros de Referência em Atendimento à Mulher (Cram).

Na ocasião, a Secretaria de Estado da Mulher informou que o Programa Integrado Patrulha Maria da Penha atende, atualmente, a 130 municípios, divididos em núcleos polarizados nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira e Cajazeiras.

Nos cinco anos do programa, já foram realizados mais de 56 mil atendimentos (psicológicos, sociais, jurídicos, triagens etc) e mais de 187 mil rondas de monitoramento, resultando na inexistência de feminicídio dentre as mulheres atendidas pelo programa, que foi instituído por meio do Decreto 39.343/2019, por intermédio de Termo de Cooperação Técnica entre o Tribunal de Justiça da Paraíba e o Governo do Estado. As ações são desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana em parceria com a Secretaria de Segurança e Defesa Social, por meio das Polícias Militar e Civil, Coordenação das Delegacias Especializadas no atendimento às Mulheres e o TJPB.

Encaminhamentos

Na reunião, a promotora de Justiça Liana Carvalho propôs a construção de um guia para padronização da atuação dos plantões judiciários, no que se refere à manifestação do Ministério Público sobre os casos de violência doméstica e familiar contra mulheres ou pedidos de medidas protetivas de urgência.

A ideia é que essas medidas sejam deferidas sem fixação de prazo. “A sugestão do Gedir é que todos os promotores de Justiça e todas as promotoras de Justiça estreitem o diálogo com a rede de apoio às mulheres vítimas de violência, através de reuniões periódicas, com atuação tanto na esfera criminal quanto na tutela cível da mulher, para fomentar a instalação de rondas capitaneadas pelas guardas municipais, notadamente onde a Patrulha Maria da Penha ainda não tiver alcance pleno. Outra ação de grande impacto será o fomento à criação de Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência”, disse.

Ficou deliberado ainda que o Navic buscará interlocução com a Escola Superior da Magistratura (Esma), sugerindo que sejam difundidos, entre os magistrados paraibanos, os princípios da Resolução CNJ 254/2018, que institui a Política Judiciária Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres, no que diz respeito aos impactos negativos da fixação de prazo nas medidas protetivas de urgência para a proteção eficiente dos direitos humanos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar, posição também resultante da XVIII Jornada Lei Maria da Penha.

O Gedir também elaborará um kit de atuação para fomento da criação de Centros de Referência em Atendimento à Mulher pelos promotores e promotoras de Justiça com atribuição na tutela coletiva de defesa da mulher e fará o levantamento de quantos municípios possuem Guarda Municipal, em quais deles já há a Ronda Maria da Penha, em quais ela funciona efetivamente e em quais é necessária a intervenção ministerial para seu funcionamento a contento.

Confira imagens:

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Gasto sem comprovação documental acarreta débito de R$ 99,4 mil a presidente da Câmara de Cacimbas

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Redação do Portal da Capital

Despesas administrativas não comprovadas acarretaram ao então presidente da Câmara de Vereadores de Cacimbas, José Arruda Cruz, o débito de R$ 99,4 mil, além de multa no valor de R$ 8 mil a ele impostos, na manhã desta quinta-feira (17), pela 1ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba.

A decisão deu-se ao cabo da análise da Tomada de Contas Especial (nº 05707/23) procedida pelo TCE na Câmara Municipal. Em seu voto, acompanhado à unanimidade, o relator do processo, conselheiro Antonio Gomes Vieira Filho, concedeu a José Arruda o prazo de 60 dias para a devolução voluntária desses recursos aos cofres públicos sob pena de cobrança judicial após acionamento do Ministério Público Comum. Mas ainda cabe recurso dessa decisão, oportunidade em que, se disso dispuser, o então gestor poderá apresentar a documentação comprobatória desses gastos.

O pagamento, em desacordo com o preceito legal, de 13º salário e 1/3 de férias a secretários municipais também foi desaprovado, na manhã desta quinta-feira, ao cabo do julgamento do processo de Inspeção Especial das contas de 2019 da Prefeitura de Riachão. Neste caso, o débito acumula R$ 24 mil,conjuntamente, como entendeu o relator Fernando Catão. Também cabe recurso.

Tiveram suas contas totalmente aprovadas as Câmaras de Riacho dos Cavalos (exercício de 2023), Diamante (2023) e Santana dos Garrotes (2022).  Ainda, o Instituto de Previdência e Assistência de Jacaraú (2015), o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável São Saruê (2020) e o Fundo de Previdência de Sapé (2014, 2015 e 2016), nesses casos com ressalvas.

SÚMULA – Chega a 2.339 o número de processos julgados pela 1ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba desde o início de janeiro deste ano até o último dia 10. Foram, neste período, 60 contas de Câmaras de Vereadores, 25 de Secretarias Municipais, 81 de órgãos da administração indireta dos municípios, nove inspeções em obras públicas, 55 inspeções especiais, 234 licitações e contratos, 147 denúncias e representações, 1.501 atos de pessoal, três concursos públicos, 113 recursos, 100 verificações de cumprimento de decisão e 11 outros processos de natureza diversa.

Compõem a 1ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba os conselheiros Fernando Catão (presidente), Fábio Nogueira, Antonio Gomes Vieira Filho e Renato Sérgio Santiago Melo (substituto). O Ministério Público de Contas é representado pelo subprocurador geral Luciano Andrade Farias. A TV TCE-PB, Canal no YouTube, exibe os julgamentos presenciais e remotos.

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Paraíba

Justiça Eleitoral determina remoção de publicações de Queiroga contra Cícero e Lauremília

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Redação do Portal da Capital

A Justiça Eleitoral, através de uma decisão liminar proferida pela 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa, o juiz Adilson Fabrício Gomes Filho determinou a remoção de publicações do candidato Marcelo Queiroga consideradas ofensivas à honra do candidato à reeleição para prefeito, Cícero Lucena (Progressistas), e sua esposa, Lauremília Lucena. A liminar foi deferida nesta sexta-feira (18).

A defesa da “Coligação João Pessoa no Caminho Certo” alegou que Queiroga publicou em sua conta pessoal do Instagram uma série de postagens que continham informações inverídicas e difamatórias. Entre os conteúdos ofensivos destacam-se afirmações de que a esposa de Lucena estaria envolvida em um esquema de compra de votos e que pacientes estariam sendo favorecidos em troca de apoio à campanha.

Na decisão, o juíz ressaltou que as postagens ultrapassaram os limites da crítica política, configurando propaganda negativa e ofensa à honra do candidato. Adilson Fabrício ainda enfatizou a importância de manter um debate civilizado e respeitoso durante o período eleitoral, e a necessidade de proteger a integridade dos candidatos de informações prejudiciais e não verificadas.

Com a concessão da liminar, a Justiça Eleitoral determinou a remoção imediata dos conteúdos ofensivos por parte de Queiroga, sem a necessidade de ouvir a parte contrária, em virtude do potencial dano à imagem do ofendido. A decisão foi publicada e as partes foram intimadas a cumprir a ordem judicial.

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