Dos bastidores para o centro da ribalta política. Pelo menos três ex-mulheres de políticos farão sua estreia nas eleições deste ano disputando vagas no Legislativo.
Em comum, o fato de empunharem a bandeira em defesa das mulheres e estarem em partidos diferentes dos seus ex-maridos, seja em posição de independência ou de enfrentamento direto com os antigos parceiros, destaca reportagem da Folha.
Segunda ex-mulher do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Ana Cristina Valle vai tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ela vai disputar pelo Podemos, após convite do senador Romário (Podemos), pré-candidato ao governo do Rio. Ela pretende usar o sobrenome Bolsonaro na urna. Os dois se reuniram há pouco mais de um mês, e o pré-candidato à Presidência afirmou que não iria impedir o uso da marca da família.
Se Ana Cristina Bolsonaro vai para a disputa dando apoio ao ex-marido, o mesmo não se pode dizer de Jullyene Lins, ex-mulher do deputado federal Arthur Lira (PP). Ela filiou-se ao PRTB e deve ser candidata a deputada federal em posição de enfrentamento ao ex-companheiro.
Outra novidade nas eleições deste ano é Pâmela Bório, ex-mulher do governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB).
Ela filiou-se ao PSL de Jair Bolsonaro e vai disputar uma cadeira na Assembleia da Paraíba. No campo oposto ao do governador, diz que não mudou de lado no espectro político.
“Nunca fui do grupo político do governador, só era a mulher dele”, afirma Pâmela, que ainda diz que nunca foi filiada ao PSB nem se identificava com as ideias do partido de Coutinho.
Jornalista, apresentadora de televisão e ex-miss Bahia, Pâmela foi casada com Coutinho entre 2010 e 2015 e tem um filho com o governador. Mas desde a separação têm um histórico de conflitos, inclusive judiciais, com o pessebista.
De um lado, ela moveu processos contra Coutinho com base na Lei Maria da Penha. Ela o acusa de ser o mandante de agressões que ela teria sofrido de seguranças da Granja Santana, residência oficial do governador. Ele nega as acusações e já moveu mais de 20 processos contra a ex-mulher por calúnia e injúria.
No período em que foi primeira-dama, Pâmela envolveu-se numa polêmica após o Tribunal de Contas do Estado questionar gastos da residência oficial do governador com itens como móveis e acessórios para bebês. Ela diz que não era ordenadora de despesas e nunca teve responsabilidade sobre os gastos.
Para eleger-se deputada, conta com uma base de seguidores nas redes sociais —só no Instagram são 73 mil seguidores. Nas redes, ela mescla mensagens de caráter político com posts patrocinados para salões de beleza e clínicas de estética.
Diz que, se eleita, fará oposição ao grupo do governador e atuará com independência. “Ajo movida por meus ideais e convicções. Não me prendo a padrões, minha história mostra isso”, diz.
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