As distribuidoras de gás de cozinha terão que apresentar, no prazo de cinco dias, ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) informações sobre as cotas de GLP recebidas nos dez dias que antecederam à greve dos caminhoneiros e de todos os dias posteriores à greve até a presente data. A medida foi adotada na tarde desta quarta-feira (20), durante audiência promovida na sede do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon) com representantes do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinregás) e das distribuidoras Liquigás, Copagaz, Ultragaz, Minasgás e Nacionalgás.
A audiência integra procedimento administrativo extrajudicial instaurado pelo MPPB para averiguar o desabastecimento de gás de cozinha no Estado da Paraíba, após a greve dos caminhoneiros iniciada no último dia 21 de maio e que paralisou o país por cerca de dez dias.
A reunião foi presidida pelo promotor de Justiça e diretor do MP-Procon em substituição, Francisco Bergson Formiga, que também vai requisitar à Petrobrás que encaminhe, no prazo de dez dias, informações sobre as cotas de GLP fornecidas às distribuidoras desse produto no porto de Suape, em Pernambuco, durante os dez dias que antecederam a greve e as cotas dos dias posteriores à paralisação dos caminhoneiros até a presente data.
A audiência teve como objetivo ouvir os representantes do sindicato e das distribuidoras sobre o desabastecimento de gás de cozinha na Paraíba. O presidente do Sinregás-PB, Marcos Bezerra, bem como representantes de distribuidoras falaram que há desencontro de informações e alegaram que houve um aumento na procura pelo GLP, por motivos como: a demanda reprimida provocada pela greve, a maior procura pelo produto no São João e a estocagem de botijões por consumidores que passaram a ter receio de outras paralisações, por exemplo.
O representante da Liquigaz, Inácio Dantas, informou que os quatro estados nordestinos que recebem GLP da Petrobrás pelo porto de Suape (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas), têm recebido a mesma cota do produto. Segundo ele, um aumento de 30% no fornecimento do gás de cozinha reduzirá a demanda e a expectativa é de que até o final de julho, a situação esteja regularizada.