O PDT, que tem a vice-governadora Ligia Feliciano como pré-candidata ao governo, ofereceu duas vagas na chapa majoritária para tirar o PT do esquema político do governador Ricardo Coutinho (PSB), que tem João Azevêdo como pré-candidato, e atrair os petistas para uma aliança para disputa eleitoral deste ano na Paraíba.
O presidente estadual do PT, Jackson Macedo, confirmou as conversações com o PDT e demais partidos da base aliada para uma possível composição. Ele ressaltou, entanto, que a tendência do partido é de aliança com PSB, mas para isso reivindica uma vaga na chapa majoritária e que João Azevêdo vote em Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do partido à presidente de República. “Se isso não acontecer, o PT tem até 28 de julho, que é o dia do encontro para conversar com os partidos aliados e construir seu caminho”, afirmou.
De acordo Macedo, até o congresso estadual, o PT segue conversando com as forças políticas aliadas. Mas a decisão só deverá ser tomada, de forma majoritária pelos 240 delegados do partido, informa reportagem do Correio da Paraíba.
O petista disse, ainda, que conversou com a vice-governadora Lígia e com o deputado federal Damião Feliciano, porque o PDT é um partido aliado, irmão do PT, que sempre se manteve na base aliada. E vai seguir com as conversações, buscando alianças para disputa majoritária e proporcional.
Segundo o petista, o único impedimento, no momento, é que, no plano nacional, a preferência do partido é priorizar o palanque de Lula e o PDT tem a pré-candidatura de Ciro Gomes. “Mas, de toda forma o PDT sinaliza com a presença do PT na majoritária, e isso, é algo para ser avaliado”, revelou.
Jackson Macedo disse, ainda, que uma composição com o PDT, além da garantia de espaços na chapa majoritária, o PT teria boas condições para que fossem reeleitos os três deputados estaduais petistas.
Retorno à base de Ricardo
Entrevistado pelo Correio Debate, o deputado estadual Trócolli Junior (Podemos) disse acreditar que a vice-governadora Ligia Feliciano se reincorpore ao esquema político do governador Ricardo Coutinho. “Até o dia 6 de agosto, haverá encontro, desencontros e reencontros. Esperamos que o projeto de João Azevedo ande bem e que, lá na frente Lígia se reincorpore. Ela é bem-vinda”, declarou Trócolli Junior.
Trócolli disse que a porta está aberta para Lígia Feliciano e para o deputado federal Damião Feliciano.
“Em política, quem fecha a porta perde a eleição”, frisou Trócolli, acrescentando que se dispõe a conversar com o MDB, em eventual segundo turno entre João Azevedo e Luciano Cartaxo, para negocia um possível apoio do senador José Maranhão a João Azevedo, se o emedebista não for para a segunda etapa das eleições.
Na possibilidade de o segundo turno ser entre João Azevedo e José Maranhão, Trócolli disse não ter dúvidas de que ficará com o socialista.