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Paraíba

Projeto cria comitê estadual para fortalecer órgãos de combate à sonegação e fraudes

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A abertura do 2º Encontro Nacional do Comitê Interestadual de Recuperação de Ativos (Cira), nessa quinta-feira (14), em João Pessoa, foi marcada pelo anúncio do projeto de Lei que cria o Cira da Paraíba. O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, representando o governador Ricardo Coutinho no evento, informou que o projeto de lei que cria o Comitê Estadual já foi assinado pelo governador e, agora, será enviado para aprovação da Assembleia Legislativa, em tramitação em caráter de urgência. O evento nacional, que está sendo realizado no auditório do Centro Cultural Ariano Suassuna do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), tem 300 participantes entre policiais civis, auditores, promotores e procuradores de 25 unidades da federação e do Distrito Federal.

Gilberto Carneiro considera “um avanço extremamente significativo a regulamentação do Cira Estadual, em forma de lei, das parcerias institucionais, envolvendo os órgãos públicos como o Ministério Público do Estado, a Receita Estadual, a Procuradoria Geral do Estado e a Segurança Pública, o que facilita a atuação operacional. O projeto de lei, que visa regulamentar o comitê, vai facilitar a tramitação de procedimentos e a otimização dos órgãos para recuperar os ativos públicos por meio do combate à sonegação fiscal e fraudes. O Cira Estadual terá ainda um fundo que vai permitir que uma parcela dos recursos seja destinada para reversão e instrumentalização do comitê, ou seja, o comitê estadual não ficará dependendo de recursos do Tesouro para efeito de instrumentalização, mas terá receita própria para fazer investimentos como compra de equipamentos como computadores e a sede própria, além dos serviços necessários e tecnológicos para ampliar a inteligência fiscal”.

Segundo Gilberto, “a recuperação dos ativos é extremamente importante, pois a sonegação faz um mal à sociedade. Por meio desses recursos que estão sendo sonegados, o Estado teria capacidade de melhorar o acesso à educação, investir mais em rodovias, na saúde e na segurança pública”, apontou.

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Gervásio Maia, disse que se o projeto for entregue ainda nesta sexta-feira (15) tem como votá-lo ainda na próxima semana. “Terei uma atenção especial por esse projeto importante para a sociedade paraibana”, reforçou.

Paraíba tem trabalho exitoso – O secretário de Estado da Receita, Marconi Marques Frazão, destacou em sua fala que a Paraíba é provavelmente um dos estados pioneiros na realização de trabalhos em conjunto com outras instituições. Um desses exemplos exitosos é o trabalho da Receita Estadual com o Ministério Público Estadual, realizado desde 2013, na recuperação de ativos; e desde o ano passado essa equipe foi reforçada com a participação da Procuradoria Geral do Estado.

“Na área de combate à sonegação fiscal, temos realizado diversas operações especiais organizadas em conjunto com a participação da Receita Estadual, Ministério Público e Polícia Civil. Tenho certeza que com a criação do Cira Estadual a Paraíba vai alavancar o combate à sonegação fiscal e a recuperação de ativos, pois as quatro instituições (Receita Estadual, Ministério Público do Estado, Procuradoria Geral do Estado e Polícia Civil) passarão a somar esforços de forma organizada, priorizando demandas, compartilhando dados e ferramentas, além de dar celeridade no fluxo de informações”, observou Frazão.

Cobrança de punição igual para crimes – O delegado da Receita Federal em João Pessoa, Marialvo Laureano, que participou da mesa de abertura, destacou que a recuperação de ativos, por meio de combate à sonegação e da corrupção são temas centrais da agenda do país atualmente. Ele defendeu a mudança na legislação para punir na mesma forma e intensidade sonegadores e corruptos. “O crime de sonegação ainda não tem a mesma punição daquele que desvia recurso público. Apesar de serem dois crimes bem semelhantes, não têm o mesmo tratamento na penalidade. Enquanto o gestor se locupletou do recurso público é punido criminalmente e parte é recuperada, o sonegador se locupleta desse do dinheiro do contribuinte antes dele chegar ao cofre público, mas ainda não é punido criminalmente com o mesmo rigor, sendo o dinheiro o mesmo. Ou seja, esse recurso público sonegado prejudica as políticas públicas de educação, saúde, segurança e de infraestrutura para a sociedade, assim como o dinheiro desviado”, apontou.

Boas vindas aos participantes dos Estados – O procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, que fez o pronunciamento oficial de abertura do evento nacional, disse que a Paraíba recebe de braços abertos os diversos integrantes das entidades comprometidas com o combate à sonegação fiscal e à fraude tributária. Ele destacou o caráter do Cira, um comitê concebido para integrar órgãos e criar mecanismos e estratégias para recuperar ativos. Seráphico lembrou, ainda, que a corrupção não só ocorre na esfera pública, mas também na privada, com a sonegação de tributos por empresas, que, segundo ele, é uma afronta aos cidadãos que cumprem suas obrigações com o Estado.

O procurador destacou também que o país vive uma crise orçamentária e são necessárias iniciativas para otimizar a arrecadação de recursos, destacando o empenho da 1ª promotora de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária, Renata Carvalho da Luz, na organização do evento e na luta pela criação do Cira estadual, juntamente com as outras instituições integrantes: Procuradoria Geral do Estado, Receita Estadual e Polícia Civil.

A abertura solene do 2º Encontro Nacional do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) foi proferida pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas Nascimento. Intitulada de “A atuação conjunta e o compartilhamento de dados e informações sigilosos entre órgãos estatais”, o ministro destacou a importância central da atuação conjunta dos órgãos públicos para o combate mais eficaz dos desvios dos recursos públicos, do acesso às informações para instrumentalizar a fiscalização e a denúncia, assim como do compartilhamento das informações.

Participantes da abertura do Cira – Além de Marconi Marques Frazão (secretário estadual da Receita), estiveram presentes na mesa da abertura Francisco Seráphico (procurador-geral de Justiça); Gilberto Carneiro (procurador-geral do Estado), Bruno Dantas Nascimento (ministro do Tribunal de Contas da União – TCU), Renata da Luz (Promotoria de Crimes contra a Ordem Tributária). Ainda compuseram a mesa de abertura: Gervásio Maia (presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba); Joás de Brito Pereira Filho (presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba); André Carlo Torres Pontes (presidente do Tribunal de Contas do Estado – TCE); Jean Francisco Nunes (secretário-adjunto da Secretaria de Defesa e Segurança Pública); Marialvo Laureano (delegado da Receita Federal em João Pesoa); Paulo Márcio Madruga (secretário-adjunto da Procuradoria-Geral do Estado- PGE) e Graziela Monteiro (auditora da Receita Estadual).

Realização do evento – O evento, que é promovido pelo Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), Secretaria de Estado da Receita (SER), Procuradoria Geral do Estado da Paraíba (PGE) e Secretaria de Segurança e da Defesa Social da Paraíba (SESDS-PB), tem apoio da organização da Escola de Administração Tributária (Esat), órgão da Receita Estadual.

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Plano emergencial para regulamentação do turismo ecológico na PB é apresentado em evento do MPF

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O Ministério Público Federal (MPF) realizou Audiência Pública para discutir práticas de turismo sustentável nos recifes costeiros de João Pessoa (PB). O debate teve como foco principal a preservação ambiental dos recifes e a regulamentação das atividades de turismo ecológico na região, que registra um crescente fluxo de visitantes. Ao final do evento um plano emergencial foi apresentado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) com prazo limite de execução até janeiro de 2025.

O evento, realizado no último dia 21 de novembro, no auditório da unidade do MPF em João Pessoa, e presidido pelo procurador da República Renan Paes Félix, reuniu representantes de instituições públicas, pesquisadores, operadores turísticos, ativistas ambientais e a sociedade civil. Durante a abertura, Renan Felix destacou a necessidade de dados científicos, como o mapeamento de corais e estudos sobre biodiversidade marinha, para nortear políticas que garantam um turismo sustentável e não predatório.

Já a professora Cristiane Sassi, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apresentou os resultados de um projeto acadêmico que coletou dados a respeito dos recifes costeiros de João Pessoa, e tratou ainda sobre a importância de práticas sustentáveis no turismo ecológico. Em sua exposição, destacou os riscos do turismo predatório para a biodiversidade marinha, especialmente nos recifes de corais, e a necessidade urgente de estabelecer regramentos para a visitação turísticas no local, bem como realizar estudos de capacidade de carga das áreas visitadas. A professora também ressaltou a relevância da educação ambiental, tanto para operadores turísticos quanto para visitantes, como ferramenta indispensável para preservar os ecossistemas costeiros e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Durante os debates, foram abordados diversos temas com foco na conservação dos recifes e da biodiversidade, a partir da prática do turismo sustentável e da fiscalização ambiental. Dessa forma, o primeiro ponto debatido tratou da necessidade de realização de um estudo para determinar o limite máximo de visitantes e de embarcações por dia nos recifes. O objetivo é evitar impactos como o pisoteio de corais e a superlotação.

Ainda com foco no turismo sustentável, outro ponto abordado foi a necessidade de educar visitantes e operadores sobre práticas seguras e de preservação, como evitar alimentar a fauna (animais), não deixar resíduos e respeitar as áreas protegidas. Além disso, os participantes apontaram a necessidade de uniformidade na orientação turística com o treinamento dos operadores para garantir que informações claras e padronizadas sejam transmitidas aos visitantes.

Por fim, os participantes apontaram a necessidade de maior fiscalização e regulamentação, além do reforço de agências ambientais como a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para garantir o cumprimento das leis.

Plano emergencial – Representantes da Sudema apresentaram um plano de ação emergencial com foco na regulamentação provisória do turismo nos recifes costeiros de João Pessoa, previsto para entrar em vigor já no verão de 2024/2025. Entre as medidas destacadas estão a delimitação de áreas específicas para atracação e desembarque de embarcações, a instalação de sinalizações informativas em pontos estratégicos e a realização de treinamentos para operadores turísticos, com o objetivo de padronizar as orientações sobre práticas sustentáveis. O plano também inclui a distribuição de bandeiras de identificação para embarcações licenciadas e a criação de mecanismos de monitoramento contínuo para preservar os ecossistemas marinhos.

Encaminhamentos – Ao final da audiência, foram definidas ações concretas para garantir a sustentabilidade do turismo na região:

  • Plano de ação emergencial: finalização e publicação do plano pela Sudema até janeiro de 2025
  • Sinalização e controle: implementação de sinalizações em áreas estratégicas e distribuição de bandeiras de identificação para embarcações licenciadas.
  • Educação e fiscalização: treinamentos contínuos para operadores turísticos e intensificação da fiscalização por órgãos ambientais.
  • Monitoramento e pesquisa: continuidade das pesquisas sobre recifes pela UFPB.
  • Fórum permanente: criação de um espaço de diálogo contínuo entre instituições, operadores e sociedade civil.

O procurador Renan Félix encerrou a audiência pública destacando a importância do debate para a construção de soluções coletivas voltadas ao turismo sustentável na região dos recifes costeiros de João Pessoa. Ele enfatizou o compromisso do Ministério Público Federal em acompanhar de perto a implementação das medidas discutidas, incluindo o plano de ação emergencial da Sudema, e reforçou a necessidade de continuidade no diálogo entre os diversos atores envolvidos. Além disso, o representante do MPF agradeceu a participação ativa de todos os presentes e manifestou sua disposição para promover novos encontros com o objetivo de assegurar o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento turístico na região.

A audiência contou com ampla participação de representantes diretamente envolvidos com a temática do turismo ecológico. Entre os presentes estavam operadores de catamarãs, ativistas ambientais, membros de colônias de pescadores, pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba. Além de representantes da Superintendência do Patrimônio da União, da Capitania dos Portos, do Projeto Preamar de pastas municipais e estaduais, como a Sudema e as secretarias de Turismo e Meio Ambiente de João Pessoa e Cabedelo.

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Vereadores de João Pessoa terão R$ 1,5 milhão em Emendas Impositivas para o exercício de 2025

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O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2025, vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos), que também é presidente da Comissão de Finanças, Orçamento, Obras e Administração Pública (CFO), confirmou que os parlamentares da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) terão a quantia de R$ 1,5 milhão de Emendas Impositivas para o próximo ano.

De acordo com a Resolução nº 02/2024, a Audiência Pública que vai debater a LOA para exercício financeiro de 2025 será realizada no dia 5 de dezembro (quinta-feira), às 10h30, no plenário da CMJP. Os secretários municipais, entidades representativas da sociedade e cidadãos pessoenses foram convidados a participar do debate.

A Resolução 2/2024, apresentada pela CFO, define o seguinte calendário para apreciação da LOA 2025:

5 de dezembro – realização da audiência pública de discussão do orçamento;

16 de dezembro – entrega das emendas parlamentares e as modificações do prefeito;

17 de dezembro – entrega do parecer do relator;

18 de dezembro – apreciação dentro da CFO;

19 de dezembro –  votação da peça orçamentária em plenário.

 

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Hospital Universitário Lauro Wanderley investe mais de R$ 620 mil em nova aquisição de equipamentos

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O Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), vinculado à Ebserh, recebeu novos equipamentos médico-hospitalares e aparelhos de tecnologia da informação. A entrega aconteceu na segunda-feira (25/11) e contou com a participação de funcionários e gestores em uma solenidade no Auditório Lindbergh Farias.

Para as aquisições, foram investidos mais de R$ 620 mil oriundos de recursos próprios da Ebserh. Entre os benefícios estão melhoria no atendimento aos pacientes, agilidade e eficiência nos processos internos e atualização tecnológica para suporte às atividades assistenciais e administrativas.

Os aparelhos médico-hospitalares são duas incubadoras neonatais, a serem instaladas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), um ultrassom portátil (destinado à Unidade de Terapia Intensiva Adulto), um banho maria, que será utilizada na Agência Transfusional, três aspiradores cirúrgicos, destinados ao Centro Cirúrgico e um CPAP, que irá para o setor que realiza exames de polissonografia. Na lista de itens entregues nesta segunda, estão ainda 22 roteadores, 10 televisores smart de 55 polegadas, 11 tablets, uma mesa controladora de câmeras e 60 computadores,

O superintendente do HULW-UFPB, Eymard Medeiros, ressaltou a importância de mais estas aquisições para a ampliar a assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde, e melhorar o ensino e a pesquisa no âmbito do hospital-escola da Universidade Federal da Paraíba. “Estamos realizando a entrega de mais uma remessa de equipamentos, cujo valor é de mais de R$ 600 mil, e que vão garantir melhor assistência, ensino e pesquisa aqui no Hospital Universitário Lauro Wanderley. Isso significa ofertar uma melhor formação e um melhor atendimento dos pacientes”, disse.

Eymard destacou que, nos últimos quatro anos, a força de trabalho do HULW ganhou reforço com a contratação de mais profissionais especializados e enfatizou a nova contratualização com o gestor municipal, cujo valor supera R$ 36 milhões (50% a mais do que o contrato anterior). “Hoje temos um HU que está preparado tanto física quanto administrativa e funcionalmente para as demandas e oportunidades que vão surgir nos anos vindouros”, afirmou Eymard.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Confira imagens:

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