Levantamento do Ministério da Saúde indica que João Pessoa é uma das três capitais que apresenta índice satisfatório para a baixa reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. São Paulo e Aracaju também apresentam índices satisfatórios.
Na capital paraibana, o Índice de Infestação do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa, é de 0,5%. Ou seja, a cada 200 imóveis, apenas um apresenta risco de reprodução do mosquito. O resultado do levantamento indica que João Pessoa está com baixo risco para a reprodução do mosquito, com índice abaixo de 1%.
De acordo com o Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses (GVAZ), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esse é um resultado de um trabalho intensivo de monitoramento que envolve diversos setores no controle das arboviroses nos bairros da Capital.
“O sucesso desse trabalho deve-se à grande parceria da secretaria de Saúde com a população e com a imprensa, principalmente, porque o trabalho de conscientização é contínuo. Envolve também os agentes de endemias, profissionais da Atenção Básica, o programa de Saúde na Escola e outras secretarias, que vêm atuando nos últimos anos de uma forma sistemática, no controle do vetor e na prevenção de doenças”, explicou o gerente.
Ao longo de todo o ano, são realizadas atividades de prevenção e controle ao mosquito com visitas domiciliares para orientação e controle com larvicida, colocação de armadilhas para coleta dos ovos, peixes em piscinas desativas, além da realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação, que indica as áreas de risco e os principais criadouros.
Mesmo a Capital tendo apresentado baixos índices nos últimos levantamentos realizados, as ações de prevenção contra o mosquito acontecem de forma contínua e contam com a participação da população. “É preciso estarmos atentos a qualquer material que possa acumular água, principalmente nesta época do ano em que aumenta o volume de chuvas”, completou Nilton Guedes, gerente da GVAZ.
Ministério da Saúde – Mais de 1,1 mil municípios brasileiros (22% do total) estão com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti, vetor de dengue, zika e chikungunya. Isso significa que esses locais têm altas chances de enfrentar surtos dessas doenças e as ações de combate precisam ser intensificadas. Saiba quais cidades foram apontadas como locais de risco: https://goo.gl/PU4P9U.
Grupo Sentinela – Com intuito de ampliar as ações de Vigilância em Saúde em João Pessoa, a Secretaria de Saúde definiu um grupo técnico operacional que planeja e desenvolve ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de diversas doenças. O Grupo Sentinela é conduzido pela Diretoria de Vigilância em Saúde e é responsável pelas atividades que envolvam o vetor.
As ações do Grupo Sentinela são desenvolvidas em duas frentes de ação imediata, a educativa e a preventiva. As ações do Grupo incluem visitas de agentes da SMS a hotéis, pousadas, cemitérios e mercados públicos, com a aplicação de inseticida sempre que necessário, além da distribuição de material educativo e orientações à população sobre formas de prevenção e de evitar o surgimento de criadouros para o mosquito.
O Grupo Sentinela é composto pela Diretoria de Vigilância em Saúde, Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Gerência de Vigilância Epidemiológica, Gerência de Atenção Básica da SMS, diretorias de distritos sanitários e conta com o apoio de outras secretarias e setores da administração pública municipal.
LIRAa – Para a realização do LIRAa são pesquisadas 29 áreas que correspondem a 64 bairros da Capital, sendo que nenhuma área apresentou índice de alto risco, com IIP igual ou maior que 4%. Cinco áreas apresentaram índice maior que 1% e menor de 4%, sendo consideradas de médio risco de infestação.
Dessas, a área que apresentou maior IIP corresponde aos bairros de Grotão e Gramame, com 2,7%. Já as outras quatro áreas com risco médio de infestação são: Cristo; Cruz das Armas e Oitizeiro; Jardim Veneza, Bairro das Indústrias e Mumbaba; e Castelo Branco, Miramar e Altiplano. Todas essas áreas com IIP entre 1% e 2%. As demais 24 áreas pesquisadas apresentaram índice abaixo de 1%, considerado de baixo risco.
A pesquisa aconteceu no período de 2 a 13 de abril. Este foi o segundo dos quatro levantamentos realizados anualmente.
Participação Popular – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio dos telefones 0800-282-7959 ou 3214-5718. Os usuários também podem fazer a denúncia através do email [email protected].