Na manhã desta quinta-feira, 31 de outubro de 2024, a cidade de Cajazeiras foi palco de uma manifestação marcante, que uniu a população em torno de um grito por justiça. O ato, que reuniu centenas de pessoas, foi desencadeado pela trágica morte de Ianny Marry Barreto Lira, uma jovem encontrada sem vida em sua residência no Conjunto do Ipep, na Zona Norte da cidade, no dia 15 de outubro de 2023.
Organizada por familiares e amigos, com participação de diversas entidades e grupos sociais, entre eles a Marcha Mundial das Mulheres, o Núcleo Fátima Cartaxo, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Paraíba, e o Centro de Defesa das Mulheres Márcia Barbosa, a manifestação teve início às 7h em frente à casa onde o crime ocorreu. Repletos de cartazes que traziam mensagens de protesto e solidariedade, os manifestantes caminhavam em unidade pelas ruas, exigindo uma apuração eficaz e a prisão do principal suspeito do crime, cuja identidade já foi revelada pela polícia.
Os gritos por justiça ecoavam nas ruas da cidade, refletindo a indignação e a esperança de uma comunidade que não se conforma com a impunidade. Os participantes clamaram por uma investigação célere e expressaram sua frustração com a burocracia do sistema judiciário, que tem dificultado a agilidade necessária em um caso tão delicado. O autor do crime já teve sua identificação feita e a prisão preventiva solicitada, mas a espera tem sido angustiante para os familiares de Ianny e para todos que exigem respostas das autoridades.
A cena de dor e luta nas ruas de Cajazeiras também evidencia um problema maior: a violência contra a mulher, que continua a ser uma questão grave e urgente em diversas regiões do Brasil. Com a morte de Ianny Marry, marcada por sinais de asfixia, a cidade se vê novamente diante da necessidade de um debate acalorado sobre formas de combater essa violência e proteger as mulheres.
A manifestação de hoje é um lembrete potente de que a sociedade civil, unida, pode e deve se manifestar contra a injustiça. O clamor por ação rápida e efetiva se ergue não apenas em memória de Ianny Marry, mas em defesa de todas as mulheres que, diariamente, enfrentam o medo e a insegurança diante da violência. Juntos, os cidadãos de Cajazeiras insistem na urgência de transformação e na esperança de dias mais seguros, onde a vida e a dignidade de cada mulher sejam respeitadas e protegidas.