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O AGIR “agiu” e mostrou força

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O AGIR 36, partido considerado “nanico” por muitos e até então desconhecido do grande público, mostrou força na eleição deste ano e deixou claro que veio pra ficar.

Sob o comando do advogado Flávio Moreira, a legenda conquistou 8.709 votos em Campina Grande e 12.564 votos na Capital, João Pessoa, para o Legislativo das duas cidades.

A estratégia de focar nos dois maiores colégios eleitorais do Estado, se deu, segundo o presidente Flávio Moreira, “pelo fato do partido não contar com fundo partidário e o fundo eleitoral ser ínfimo em relação as grandes legendas”.

Em João Pessoa, cidade natal de Moreira, o partido elegeu Luís da Padaria como vereador, com 3694 votos, e a esposa de Flávio, Alyne Moreira -que também é a vice-presidente estadual da legenda-, obteve em uma campanha curtíssima, 3.356 votos, sendo a 5ª mulher mais votada da eleição na Capital paraibana e tendo mais votos que dois vereadores eleitos.

Segundo Flávio, o desafio de Alyne foi maior, já que ele seria o candidato inicialmente e decidiu permanecer na gestão estadual para assegurar a continuidade do trabalho que vem desempenhando a frente da Fundac, que antes da sua chegada era manchete policial toda semana e está há dois anos sem nenhum incidente mais grave.

“Eu tenho um ‘defeito’ que é ter palavra, compromisso e não deixar as coisas pela metade. Apesar de ser um espaço que ‘não dá voto’, já que é um serviço invisível que só aparece quando tem problema, o apoio que recebo do governador João Azevedo não me deixou confortável para interromper o trabalho e sair. Além disso, ajudar na reeleição de Cícero era prioridade absoluta, já que de nada adiantava estarmos com vereador e sem um prefeito com quem pudéssemos trabalhar pela cidade”, afirmou Flávio.

Sobre a campanha da esposa, Moreira destacou que “apesar de todos os esforços de muitos para destruir o partido e especialmente para tentar derrotar pessoalmente a mim, podemos nos considerar vitoriosos, pois elegemos nosso vereador, certamente Alyne terá a oportunidade de assumir para colocar em pauta nossos projetos e nosso grupo mostrou que tem voto e sabe fazer política com P maiúsculo”.

O presidente destacou ainda a felicidade de ter colaborado com a reeleição do prefeito Cícero Lucena: “Cícero é um homem de palavra, que cumpre compromissos e ama João Pessoa de verdade. Apesar de toda a ação contra sua família, ele permaneceu firme no propósito de continuar cuidando de nosso povo e fizemos nosso dever com muita honra e orgulho”.

Sobre 2026, Moreira destacou que o partido terá como objetivo eleger no mínimo um deputado estadual pelo partido e que pode ter candidatura majoritária, a depender da decisão do governador João Azevedo de concorrer ou não ao Senado.

“Temos um compromisso firmado com o governador João e estaremos ao seu lado, independente da decisão que tome. São duas vagas para o Senado, então o partido pode buscar uma candidatura ao Senado, pode lançar candidato ao Governo do Estado ou apoiar um dos aliados, até porque mostramos que temos mais força que vários partidos que todo ano lançam candidaturas majoritárias, porém não iremos “aventurar”, já que fazemos parte de um grupo político e nosso objetivo é o bem do povo da Paraíba”.

A julgar pela eleição de 2024, AGIR será a tônica da legenda nos próximos anos.

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Como explicar o resultado das eleições em João Pessoa?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Existem dois ou três fatores gerais, observados em todo país, que se encaixam na campanha eleitoral na capital paraibana. A inteligência da instituto de pesquisa Quaest identificou, ainda no primeiro turno, a tendência de eleição de candidatos com experiência e, no caso de reeleição, de prefeitos com gestões aprovadas pela população.

Depois do primeiro turno, percebeu-se também que havia a opção majoritária de escolha de candidatos moderados, do centro político com inclinação à direita. Ou seja, nada de radicalismos. Talvez em função dessa opção, a polarização entre bolsonaristas e lulistas acabou desarmada nas disputas municipais. O perfil histórico do prefeito Cícero Lucena e um certo distanciamento da polarização mantida por ele nos últimos anos ajudaram-no a atravessar a campanha sem polarizar com o bolsonarista Marcelo Queiroga, mas que o ajudou a ganhar os votos de Lula e dos progressistas no segundo turno.

Além disso, fatores identificados nas pesquisas estiveram muito presentes na base de vitória do prefeito Cicero Lucena, que conseguiu sobejamente se apresentar como o candidato mais experiente, com gestão aprovada e de posições politicas moderadas.

Existem, contudo, muitos fatores específicos da campanha em João Pessoa que ajudaram a desequilibrar a preferência dos eleitores em favor do prefeito.

A ampla derrota do agrupamento politico do governador João Azevedo e Cicero Lucena para o direita bolsonarista nas eleições de 2022 em João Pessoa e região metropolitana serviu de alerta. Vieram, então, obras significativas do Governo do Estado na Capital, especialmente na área de mobilidade, e o prefeito Cicero Lucena ajustou sua gestão, disseminou ordens de serviço, iniciou uma razoável quantidade de obras e se aproximou da periferia com um grande programa de pavimentação de ruas.

A oposição parece não ter percebido o processo de recuperação de imagem do prefeito e da gestão e fez uma leitura de terra arrasada da cidade, propondo uma mudança radical. Errou no eixo do discurso, enquanto o prefeito Cicero Lucena, com suas ordens de serviço e obras em andamento, construía a tese de necessidade de continuidade do projeto, que é o centro do discurso de reeleição.

Em relação a discursos ou linhas de campanha existem outros erros da oposição que também podem explicar o resultado geral das eleições em João Pessoa, com a vitória do prefeito Cicero Lucena (63,91% dos votos válidos) contra o ex-ministro Marcelo Queiroga (36,09%). Um deles pode ter sido a radicalização das críticas, denúncias e ataques. Uma das primeiras pesquisas Quaest apontava que apenas 2% da população da Capital se interessava por este tipo de discurso na campanha.

Esse levantamento da Quaest talvez explique a baixa ou quase nenhuma atenção dada pelos eleitores às operações da Polícia Federal Mandare e Território Livre, que envolveram a filha, Janine Lucena, e a primeira-dama Lauremília Lucena em investigações sobre um suposto esquema de assédio violento de eleitores nos bairros São José e Alto do Mateus em associação com líderes de facções criminosas.

Nesse item, em particular, é preciso se destacar a forma como a campanha e o próprio candidato Cícero Lucena conduziram a gestão da crise, com frieza, praticamente ignorando-a (Cicero participou de debate no dia da prisão de Lauremilia e apresentou apenas uma moção de solidariedade à esposa) e se vitimizando no decorrer dos dias. A oposição, ao contrário, na ânsia de obter resultados rápidos, abusou nos ataques diretos, o que parece ter causado um certo tipo de repulsa, que pode ter ajudado na vitimização ou na ausência de aderência às ocorrências. O certo é os fatos não tiveram ingerência na campanha o no resultado das urnas.

Nesse contexto, a propaganda eleitoral no rádio e na televisão também teve peso no resultado final. A oposição optou pela linha de críticas mais ácidas e ataques mais duros, além de apresentação de uma profusão de propostas de governo, muitas promessas, gerando a impressão da impossibilidade de execução. A propaganda de Cicero fez a opção de apresentação de promessas mais factíveis, geralmente a continuidade de ações em execução ou de projetos com recursos assegurados. Passou confiança.

Outra diferença substancial na propaganda esteve na forma. A de Cicero interagia mais com a população, sobretudo da periferia; a dos candidatos de oposição abusou da falação direta e de poucos recursos técnicos, com ligeira excessão para o candidato Luciano Cartaxo, que a partir de determinado momento passou a apresentar ações e obras da sua gestão (2013/2020).

Observe-se ainda que o prefeito Cicero Lucena, pelo seu longo histórico de eleições e a estrutura da gestão, se apresentou à disputa com perfil popular e tendo ligação efetiva com as camadas mais pobres de população. Os demais candidatos ostentaram perfis mais elitizados. Frise-se, nesse sentido, que Cícero acabou beneficiado com a transferência do apresentador Nilvan Ferreira para disputa política em Santa Rita.

Não há como não observar que o candidato Cícero Lucena se apresentou muito mais pragmático em relação a promessas para a futura gestão , compromissos com os diversos grupos sociais e eleitores, além de ter cumprido una agenda de campanha mais intensa na periferia, até por força da estrutura da Prefeitura. Pragmatismo este que casa com o também pragmatismo dos eleitores em eleições municipais, que definem o voto pela perspectiva de atendimento de anseios pessoais ou grupais, benefícios à comunidade mais próxima ou em função do candidato que, naquele exato momento da campanha, se apresenta o melhor ou menos ruim para cidade. Existe aqui amplo encaixe com o perfil do prefeito Cícero Lucena, que soube ler melhor a conjuntura eleitoral e desenvolver a propaganda mais eficiente para chegar à cabeça do eleitor.

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Medicinando: influência da logística na qualidade assistencial da Saúde

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O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta segunda-feira (14/10), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre a importância da logística garante a eficiência e a qualidade dos serviços prestados. Uma operação logística ajustada promove qualidade do atendimento, redução dos custos, melhoria da eficiência e segurança para os pacientes e toda a operação, de acordo com o gestor.

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Romero (Bruno) x Adriano (Jhony): 2026 já começou em Campina

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Redação do Portal da Capital

As duas candidaturas que disputam a Prefeitura de Campina Grande neste segundo turno ajudam a projetar, de cara, dois nomes de proa para o Governo do Estado em 2026. Na dois casos, segue uma lógica política: as coordenações das duas campanhas expõem os dois projetos que têm dependência direta para Campina a partir do resultado das urnas, no próximo domingo, 27.

Não é difícil chegar à essa dedução. Os dois coordenadores gerais das campanhas de Bruno Cunha Lima (União Brasil) e Jhony Bezerra (PSB) são, respectivamente, os deputados federais Romero Rodrigues (Podemos) e Murilo Galdino (PSB).

Não tem mistério. Romero já foi lançado pelo próprio Bruno como candidato a governador em 2026. Por sua vez, como já registrou o jornalista Geovane Santos esta semana, o irmão de Murilo, Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, tem interesse direto na vitória de Jhony em Campina por ser a cidade, vizinha de Pocinhos, sua base eleitoral, crucial para a disputa pelo Governo em 2026.

Campina Grande, portanto, já passa a ter consciência de que as urnas de domingo próximo poderão selar – ou ser amplamente decisivas – para garantir de forma antecipada um fato político em 2026: Romero Rodrigues ou Adriano Galdino no Palácio da Redenção.

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