A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), realizou nesta sexta-feira (25), na praia do Bessa, a 3ª edição da Remada Rosa, em alusão à campanha de prevenção ao câncer de mama. A ação contou com a participação de associações de mulheres, profissionais da área de Saúde, Corpo de Bombeiros, além de apoiadores do Instituto Result e da Origens Vaa – Canoa Havaiana.
A manhã festiva começou com aulas gratuitas de canoagem havaiana. O capitão Carlos Tidy, instrutor da prática esportiva, explica que a canoagem tem como base a união e o respeito. É uma atividade que trabalha a concentração, a respiração e, consequentemente, traz muitos ganhos para a saúde física e mental.
“Hoje, durante o evento, tivemos aulas de 20 minutos, para que todas as mulheres tivessem a oportunidade de participar. Mas, em geral, ficamos uma hora no mar. É uma prática que chega a queimar até 700 calorias, mas a pessoa nem percebe, por estar imerso a um momento de prazer, em conexão com a natureza”, destaca o capitão Carlos Tidy.
Esta é a terceira vez que o projeto Origens Vaa apoia ações da SEPPM em prol à prevenção do câncer de mama. As duas primeiras edições foram realizadas em março deste ano e em 2023, no mês alusivo à mulher.
Uma das mulheres que aproveitou a oportunidade de fazer canoagem foi Yara Guimarães. Ela é a idealizadora do projeto social Mulheres do Amanhã, com sede no bairro de Mangabeira. A iniciativa tem como objetivo combater a violência contra a mulher e promover o empoderamento feminino por meio de cursos profissionalizantes e ações de assistência social.
“Sempre que a Secretaria da Mulher faz ações como esta, nós estamos juntas. Quanto mais conscientização, mais mulheres serão sensibilizadas para fazer o autoexame, a procurar profissionais e, caso descubram a doença, possam se cuidar o mais rápido possível”, comenta Yara Guimarães.
O evento contou com a participação da mastologista Débora Nóbrega Cavalcanti, que é a 2ª vice-presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). Ela palestrou sobre as dúvidas mais comuns quando o assunto é câncer de mama. Em sua fala, a médica destacou a importância das mulheres serem multiplicadoras de campanhas de conscientização.
“Queremos que as mulheres sejam multiplicadoras de informações, principalmente sobre o câncer de mama. É muito importante que nós mulheres tenhamos consciência do autoexame, cuidemos da nossa saúde, porque sabemos que não tem como prevenir o câncer de mama. Esse autocuidado com o corpo de modo geral, manter uma boa saúde, uma boa alimentação, manter atividade física é fundamental. E esse momento aqui hoje, é um momento de chamar atenção também para a importância da atividade física”, destaca Débora Nóbrega Cavalcanti, que é médica-assistente do serviço de Mastologia do Hospital Municipal Santa Isabel.
A contadora Jocielen Fernandes, de 27 anos, que foi diagnosticada com câncer de mama aos 25, compartilhou um depoimento de superação durante o evento. “Eu senti algo estranho na mama quando tinha 14 anos e, desde então, eu fazia acompanhamento médico. Quando completei 25 anos, o nódulo se tornou maligno”, conta.
“Então minha fala é sempre de que, não importa a idade, é fundamental que as mulheres olhem para o próprio corpo e façam exames regulares. De um ano para o outro algo pode mudar. E descobrir qualquer doença no estágio inicial faz toda diferença”, complementa Jocielen Fernandes.
Jocielen fez cirurgia e retirou o nódulo. Ela não precisou fazer quimioterapia ou radioterapia, porque a doença estava no estágio inicial. Mas segue realizando acompanhamento médico regular e controle hormonal, para evitar que o câncer retorne.
A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Nena Martins, comemorou mais uma edição da Remada Rosa. “Para nós é uma felicidade contar com tantos profissionais na realização deste evento. Nós somos multiplicadoras de informação. Queremos que mais mulheres façam seus exames preventivos, que pratiquem atividade física e saibam que podem contar com a Secretaria da Mulher em caso de violência doméstica”, finaliza.