Nos acompanhe

Artigos

Lira age para não perder o controle da sucessão no comando da Câmara

Publicado

em

* Por Nonato Guedes

Analistas políticos da mídia sulista consideram que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), está na berlinda e na iminência de sair enfraquecido do processo para a sua sucessão na Casa, que ocorrerá em fevereiro de 2025. Consideram que o homem mais poderoso da Câmara na atual conjuntura cometeu erros de cálculo nos movimentos ensaiados para conduzir o processo sem maiores arranhões e, a esta altura, além de sacrificar figuras em que passou a apostar, corre o risco de ser derrotado na reta final quando as tendências estarão mais cristalizadas e, até mesmo, consolidadas. Embora Lira pareça hábil e possa ter sempre uma carta na manga, de reserva, para virar situações, a perspectiva de declínio do seu poder já desponta no horizonte e abala o cacife até então atribuído a ele como uma espécie de “grande eleitor”, diante dos indícios de que está havendo partilha de poder nas definições ensaiadas, com a entrada em cena de protagonistas que nem de longe constavam no radar.

O primeiro e grande erro de Arthur Lira, que está no comando da Câmara dos Deputados pela segunda vez e que se tornou uma espécie de sócio da governabilidade, quer com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido a precipitação do processo sucessório, com queimação do nome do deputado Elmar Nascimento, do União Brasil-BA, que até então parecia o postulante “in pectoris” de Arthur e que hoje o trata como “traidor” por ter sido supostamente preterido pelo deputado paraibano Hugo Motta, do Republicanos. Em represália à “fritura” de que teria sido alvo, Elmar passou a tentar formar frente com o deputado Antonio Brito, também baiano, mas filiado ao PSD, presidido por Gilberto Kassab. Por enquanto, os dois mantêm as respectivas pré-candidaturas e só com isto já conseguiram “implodir” o chamado Centrão, agrupamento fisiológico majoritário na Câmara, abrindo espaço para a emergência de partidos não alinhados, como, possivelmente, o MDB e o PT. Afirma-se que nos bastidores está em curso uma reviravolta, cuja extensão ainda será medida lá na frente e que poderá resultar na sagração do próprio nome de Elmar ou de um “tertius”, com evidente desprestígio para Lira e seu favorito de plantão, o deputado Hugo Motta.

O presidente Arthur Lira havia feito o juramento de anunciar em agosto o nome da sua preferência para sucedê-lo na direção do colegiado legislativo, partindo do pressuposto de que esse nome largaria com ampla vantagem e em condições, mesmo, de se viabilizar como alternativa de consenso – uma hipótese da qual alguns analistas desconfiam quando analisam o quórum de mais de 500 parlamentares com poder de voto e de veto. Lira não chegou propriamente a ungir o deputado Hugo Motta, mas sinalizou que seria um bom nome, o que levou o deputado Marcos Pereira, do Republicanos-SP, vice-presidente atual da Câmara, a bater em retirada e acostar-se à pretensão do paraibano. Estimulado, Motta se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro e também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fazendo uma “apresentação” do seu perfil. Extraiu elogios e sinais de receptividade, mas concretamente não atraiu declaração formal de apoio dos líderes que atualmente polarizam o quadro político nacional e detêm redes de apoiadores espalhados por todo o território nacional. O processo como que voltou à estaca zero.

Concretamente, não há imobilismo; pelo contrário, tornaram-se intensas as negociações entre forças políticas diferentes que ambicionam ter o controle do Parlamento, de olho no poderio sedimentado em duas gestões de Arthur Lira, representado através de mecanismos como o chamado “orçamento secreto”, que, ao contrário do que se imagina, apenas mudou de rubrica ou denominação. De resto, o Legislativo mantém intactas prerrogativas que foram se acentuando ao longo dos anos e que criaram junto a cientistas políticos a impressão de estar em vigor no país um regime semipresidencialista ou um presidencialismo de coalizão, no qual o Executivo é quem menos detém poder de influência sobre os recursos públicos e sua aplicação em investimentos e projetos de natureza estruturante. A Câmara chegou ao ponto de instituir as “emendas Pix”, sem maior transparência para a opinião pública quanto à destinação de recursos liberados pelos parlamentares, o que provocou interveniência do Supremo Tribunal Federal no sentido de conter os limites e evitar o fenômeno da superposição de poderes, que é tida como inadmissível num regime verdadeiramente democrático.

Quem conhece o temperamento do deputado federal Arthur Lira garante que ele não cometerá gestos temerários que ponham em risco sua margem de controle sobre o próprio processo da sucessão e há quem mencione que ele aprendeu, bastante, com o episódio em que o ex-presidente Rodrigo Maia tentou derrotá-lo apoiando o nome do deputado paulista Baleia Rossi, do MDB, e se deu mal. Lira é conhecedor profundo da geografia do poder não apenas na Câmara dos Deputados, mas também no Senado Federal e nas instâncias do Executivo (Palácio do Planalto) e de Cortes Judiciárias como o Supremo Tribunal Federal. Ele se mobiliza, antes de tudo, para garantir a vitória de um candidato que tenha afinidade e até compromissos com suas gestões, no sentido de preservar alguns pontos cardeais de que não abre mão no ritual do Legislativo. No momento, a postura de Lira é de cautelosa, para dar os passos certeiros na estratégia que possa levá-lo a eleger o sucessor e a não inscrever uma derrota humilhante no seu currículo político. É luta de vida ou morte para Arthur, diz-se nos bastidores do Congresso Nacional.

Continue Lendo

Artigos

Setembro amarelo: psicóloga ressalta a importância da saúde mental no ambiente corporativo

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital
A saúde mental no trabalho deixou de ser um tema periférico e passou a ocupar o centro das discussões empresariais. Em um mundo corporativo cada vez mais competitivo, empresas que prezam pelo bem-estar de seus colaboradores saem na frente. Segundo Márcia Peixoto, especialista em recursos humanos e diretora da Roots Talent, a pressão por metas e a rotina acelerada têm um impacto direto no estado emocional dos funcionários. “A saúde mental é o alicerce para a produtividade e a qualidade das relações no ambiente de trabalho”, alerta.
Márcia alerta que a pressão por resultados, prazos apertados e o ritmo acelerado impactam diretamente no bem-estar emocional dos colaboradores. Segundo ela, esses fatores refletem na produtividade e na qualidade das interações no local de trabalho. “Erros recorrentes nas tarefas do dia a dia são sinais claros de que algo está errado. É importante que o profissional observe sua rotina fora do trabalho, a qualidade do sono e o humor, pois esses são indicativos de possíveis problemas de saúde mental”, afirma. Além disso, oscilações de humor frequentes podem criar um ambiente hostil e prejudicar a dinâmica da equipe.
O workaholismo, ou a compulsão pelo trabalho, também é uma armadilha perigosa. Esse comportamento, somado a um ambiente de trabalho tóxico, pode levar a sérios problemas de saúde mental. “O autoconhecimento é fundamental para que o profissional reconheça sua capacidade de lidar com as pressões do mercado e, assim, tome decisões que preservem sua qualidade de vida”, afirma.
Para reverter esse cenário, muitas empresas estão adotando estratégias que colocam o bem-estar mental no centro de suas políticas. Programas de suporte psicológico, iniciativas de bem-estar e até práticas como mindfulness e trabalho flexível estão se tornando parte do dia a dia corporativo. “Compreender que o bem-estar mental está diretamente ligado ao desempenho do colaborador é essencial para qualquer empresa que deseja se destacar em um mercado competitivo”, ressalta Márcia.
Empresas que abraçam essa nova mentalidade ganham mais do que funcionários saudáveis: elas criam equipes engajadas, resilientes e preparadas para os desafios de um mercado em constante transformação.
Sobre a Roots Talent – Especializada em gestão de pessoas, a Roots Talent tem o propósito de conectar pessoas às organizações por meio de serviços de consultoria, treinamentos organizacionais, diagnóstico de perfis e outros, de forma que se sintam pertencentes. Sob direção de Márcia Peixoto, psicóloga especialista em RH com aproximadamente 30 anos de atuação na área de Gestão de Pessoas, a Roots atende organizações de diversos segmentos no Brasil. Para saber mais sobre a empresa,  siga @rootstalent no Instagram e no e-mail [email protected].

Continue Lendo

Artigos

Especialista explica estratégias que podem diminuir complicações durante a gestação e no parto

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, descolamento de placenta, parto prematuro, infecções urinária e vaginal, são exemplos de complicações que podem acometer as mulheres durante a gestação. No caso da pré-eclâmpsia, por exemplo, de acordo com estudo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, é presente em mais de 16% das gestações em todo o mundo, resultando em mais de 500 mil partos prematuros. A maioria desses casos podem ser evitados mas, para que isso ocorra, se faz necessário um pré-natal de qualidade, desde os primeiros meses, proporcionando uma assistência médica em tempo integral e individualizada, como nos alerta o médico ginecologista e obstetra, Guilherme Carvalho (CRM/7011).

“Cada gestação é, literalmente, única. Cada mãe, cada útero, tem suas características biológicas e, nesse cenário, o acompanhamento precisa de fato ser individualizado, com um pré-natal completo e um monitoramento em tempo integral. O ideal é que haja um preparo do corpo da mãe previamente, antes do Beta HCG positivo, mas quando isso não é possível, é justamente a assistência médica que é capaz de mapear todo o corpo da gestante, identificando eventuais complicações futuras no decorrer dos nove meses e as prevenindo. São muitos fatores que auxiliam na prevenção de eventuais complicações na gestação e/ou no parto, como o devido controle da pressão arterial, o tratamento de doenças pré-existentes, a suplementação de nutrientes e, até mesmo, o consumo de uma alimentação saudável”, explica Dr. Guilherme, que também é especialista em Reprodução Humana, pelo Hospital Sírio-Libanês.

O pré-natal consegue monitorar todo o corpo da gestante e a saúde do bebê, por meio de exames e consultas periódicas e, em parceria com algumas condutas que devem ser seguidas pelas gestantes, é capaz de reduzir drasticamente as chances de complicações durante o período gestacional e no parto. “Com um acompanhamento periódico e individualizado, a gente consegue saber por exemplo se a gestante está conseguindo ter um sono adequado, com qualidade, um fato que também é determinante na prevenção de complicações. Para se ter uma ideia, a falta de um sono ideal na gestação pode ocasionar diabetes gestacional, parto prematuro, pré-eclâmpsia e até mesmo um baixo peso do bebê ao nascer. Nas consultas também monitoramos a hidratação da paciente, além é claro, de conscientizá-la acerca do não consumo de álcool e cigarro nessa fase, que podem com toda certeza gerar sérios riscos para a mãe e o bebê”, reiterou Dr. Guilherme.

Pré-natal humanizado – Médico formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), Dr. Guilherme Carvalho atua há mais de 15 anos na Paraíba. Professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e presidente do Instituto Paraibano de Ensino em Ginecologia e Obstetrícia – IPEGO. Possui residências médicas em Reprodução Humana e Ginecologia e Obstetrícia, pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP. Nutrólogo, se destaca pelo atendimento humanizado e ampliado no tratamento feminino, sendo coordenador do Instituto de Saúde Integrada da Mulher (Instituto Sim).

“Em minha conduta médica busco sempre construir um elo forte com minhas pacientes, de parceria e confiança. A gestação exige muito das mulheres, do corpo delas e por isso precisam ter um suporte full time tanto do médico, quanto da família. O acolhimento familiar também é um fator preponderante para uma gestação tranquila. Durante a consulta, também é papel do profissional ser escuta para a paciente, identificar se ela está sendo bem acolhida, bem cuidada e atuar na linha de frente para prevenir eventuais complicações que venham a surgir em decorrência de estresse elevado em casa ou no trabalho, por exemplo. Enquanto médicos ginecologistas e obstetras, precisamos compreender que somos responsáveis pela realização do grande sonho dessas mulheres e de suas famílias. A escuta durante as consultas é essencial”, reitera o especialista.

Contatos:

Instagram: @dr_guilhermecarvalho
Site: https://drguilhermecarvalho.com.br/ Fontes para produção de conteúdo: Fiocruz

Continue Lendo

Artigos

Medicinando: os avanços da tecnologia na melhoria dos procedimentos de saúde

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta segunda-feira (16/09), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre os avanços da tecnologia e o impacto na melhoria dos procedimentos de saúde. Ferramentas como Inteligência Artificial, telemedicina, Wearables e dispositivos vestíveis, impressoras 3D, equipamentos de realidade virtual e o BigData, são alguns dos exemplos de novas tecnologias citadas pelo gestor que otimizam as técnicas aplicadas na medicina moderna.

Veja mais:

Continue Lendo