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Paraíba

Mais de 240 crianças e adolescentes ameaçados de morte no Estado recebem proteção na Paraíba

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O juiz titular da Vara da Infância de Juventude de Campina Grande e colaborador do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, (PPCAAM -PB) Perilo Rodrigues de Lucena, participou hoje da Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte na Paraíba (Congest/PPCAAM-PB), que teve como pauta principal a apresentação do Diagnóstico Situacional do Programa.

O estudo foi apresentado na Sede da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, localizada no Centro de João Pessoa, e abrange a análise dos dados quantitativos e qualitativos referentes ao período de 2020 a 2024 referentes à execução do PPCAAM, na Paraíba.

Durante o encontro de trabalho, foi revelado que 244 crianças, adolescentes, jovens de até 21 anos de idade, bem como seus familiares receberam proteção do Programa, na qualidade de monitoramento, assistência técnica e jurídica. A equipe realizou um total de 630 monitoramentos, 181 estão em processo de articulação, 16 foram transferidos para outros estados e 64 desligadas. Os principais motivos das ameaças de morte partem da abrangência do tráfico de drogas, acerto de contas e violência doméstica, dentre outros. O Diagnóstico foi apresentado pela consultora Waleska Ramalho Ribeiro, Assistente Social que atua no Ministério Público da Paraíba.

Na ocasião, foram apresentados os dados referentes ao programa, com mapeamento de dados sobre território, características dos indivíduos protegidos e de suas famílias. O documento foi elaborado em bases científicas e tem o propósito de servir à redefinição de políticas públicas e planejamento de novas ações visando o aperfeiçoamento do serviço prestado em prol da população. “O diagnóstico situacional foi elaborado em bases científicas e tem o propósito de servir à redefinição de políticas públicas e planejamento de novas ações visando o aperfeiçoamento do serviço prestado em prol da população”, comentou Perilo Rodrigues de Lucena.

Segundo a coordenadora do Conselho Gestor do Programa, Lorena Monteiro, o Diagnóstico Situacional do PPCAAM é uma etapa essencial para o planejamento e execução do programa voltado para a proteção de crianças, adolescentes e jovens em situação de ameaça de morte. O documento apresentado traz a identificação das necessidades em território, os problemas e os desafios enfrentados nesse contexto a nível estadual.

Lorena Monteiro lembrou que, a atuação do Conselho Gestor é importante para a efetividade e continuidade do programa. “O documento apresentado faz uma análise dos produtos e seus desdobramentos, como alinhamento dos fluxos no processo de inserção, especialmente nos territórios que não possui promotorias; a necessidade de ampliar o número de famílias solidárias em todo estado; fortalecer as portas de entrada para a construção de soluções e redução dos agravos e preservação à vida; alinhamento das portas de entrada para referenciamento das demandas e deliberações”, informou a coordenadora.

Ainda durante a reunião, foram estudamos o fortalecimento da atuação coordenada entre o PPCAAM, os serviços de acolhimento, o Poder Judiciário e as portas de entrada, no sentido de garantir a convivência familiar e comunitária e preservar a reintegração familiar de forma segura, como ainda a articulação entre Judiciário e o Executivo, para o enfrentamento à letalidade de crianças e adolescentes”, comentou Lorena Monteiro.

O que é – O PPCAAM tem por objetivo preservar a vida das crianças e dos adolescentes e jovens se egressos do sistema socioeducativo ameaçados de morte, com ênfase na proteção integral e na convivência familiar. O Programa é executado em diferentes estados, por meio do convênio entre o Ministério dos Direitos Humanos e governos estaduais. A identificação da ameaça e a inclusão no Programa são realizadas por meio do Poder Judiciário, dos Conselhos Tutelares, do Ministério Público e da Defensoria Pública, caracterizados como “Portas de Entrada”, sendo estas instituições também responsáveis pela aplicação da garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.

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Paraíba

R$ 85 mi: PB e mais sete Estados serão beneficiados com recursos para regularização fundiária

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (28/11), o decreto que cria o programa Periferia Viva, para promover a melhoria das condições de vida nas comunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, para fomentar investimentos nas periferias. Só de recursos do Novo PAC serão mais de R$ 7 bilhões. A Paraíba e mais sete Estados serão beneficiados com valor superior a R$ 85 milhões.

“Hoje é o dia em que a periferia desse país se torna visível para o governo e para a sociedade. Vocês não serão mais invisíveis, nós estaremos enxergando vocês”, enfatizou Lula, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto.

Ele pontuou que as necessidades que os moradores de periferias têm atualmente são resultado do descaso do poder público ao longo de décadas. “Eu digo sempre que os prefeitos que entraram nesse país, a partir dos anos 80, na verdade, não estão governando, estão recuperando o descaso que foi feito nos anos 50, 60, no auge do êxodo rural. Porque as pessoas vinham para a cidade sem nenhum preparo, não tinha nenhum preparo para receber, e as pessoas iam para onde a polícia deixava”, afirmou.

“Nós queremos construir neste país uma sociedade civilizada, onde todos têm direitos, mas todos respeitam os direitos dos outros. Onde a gente possa torcer para times diferentes, sem brigar. Onde a gente pode professar uma religião sem ser inimigo da outra, pode votar no candidato sem precisar virar inimigo do outro. É isso que a gente precisa nesse país, para que a gente possa garantir para vocês um programa como esse, chamado Periferia Viva”, declarou Lula.

EIXOS – O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também foram anunciados durante o evento. Serão 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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Em Brasília, governadores se reúnem com Lewandowisk e debatem sobre PEC da Segurança Pública

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O governador João Azevêdo (PSB) participou, na quinta-feira (28/11), no Palácio do Buriti, em Brasília, do 10º Fórum Nacional de Governadores. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, oportunidade em que foi debatida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Durante a reunião, o ministro afirmou que o governo federal está à disposição para receber propostas dos governadores à PEC e destacou a importância do intercâmbio de informações com os gestores estaduais.

Um novo encontro com os governadores foi marcado para o início de dezembro, com a apresentação de novas sugestões, com o objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado no país.

Dentre os pontos previstos na PEC estão a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária e a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública, com a presença de estados e municípios.

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Projeto-piloto para promoção da paz nas escolas é implantado em Campina Grande

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O Centro Judiciário de Justiça Restaurativa de Campina Grande (Cejure-CG) e a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, se uniram para implantar um projeto-piloto que levará ações às escolas no sentido de promover a cultura da paz entre a comunidade escolar. O projeto deve ser iniciado em fevereiro de 2025 e será voltado aos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I e do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II.

As definições aconteceram na segunda-feira (25), durante reunião entre a coordenadora do Cejure, juíza Ivna Mozart, o secretário de Educação de Campina Grande, Raimundo Asfora Neto, e a gerente de projetos da prefeitura, Fabíola Alessandra Gomes Gaudêncio, na sede do Centro. A magistrada informou que durante o encontro já foi iniciado o planejamento para logística da operacionalização das ações.

“A escola, como ambiência comunitária primeira de crianças e jovens, mostra-se como um terreno fértil para o desenvolvimento da cultura da não violência. Oferecer práticas restaurativas no ambiente escolar é, sobretudo, realizar um investimento no futuro e no presente. Investimento este que, certamente, impactará positivamente na redução de situações conflitivas remetidas para o Poder Judiciário”, ressaltou a juíza Ivna Mozart.

Durante a reunião, foi apresentado o Projeto: ‘Práticas Restaurativas nas escolas: um olhar coletivo em prol da promoção da cultura de paz e cidadania’, idealizado pelas mediadoras de conflitos, facilitadoras de círculos de construção de paz e advogadas, Joselma Lacerda, Lúcia Queiroz e Tatianne Lacerda. Elas também estavam presentes na reunião, com a servidora do Cejure, Giselda Vidal de Lima.

O projeto consiste na implementação de um programa de práticas restaurativas nas escolas por meio de diagnóstico preliminar do ambiente escolar, realizado através de visitas in loco para identificação dos gargalos mais conflituosos no aparelho educacional, realização de oficinas entre a comunidade escolar e aplicação de um Ciclo de Círculos de Construção de Paz com o intuito de prevenir e resolver conflitos, fortalecer as relações interpessoais e promover um ambiente de respeito mútuo e inclusão.

“Entendendo o conflito como uma condição inerente à condição humana e que precisa ser visto como forma de aprendizagem e transformação, e sendo o ambiente escolar um espaço de convivência social e formação cidadã, o presente projeto pretende, através das práticas restaurativas, promover um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor como forma de prevenção e redução das formas de violência”, ressaltou Joselma Lacerda.

Ela explicou, ainda, que, o projeto se coaduna com o que já estabelecem os incisos IX e X art. 12  da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), quando apontam que os estabelecimentos de ensino devem promover ações destinadas à cultura de paz e medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, em especial o bullying.

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