O público que participou da Festa das Neves neste domingo (4) se encantou com as apresentações de culturas populares no Parque Solon de Lucena. No último dia do evento em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora das Neves, o palco Cultura Popular recebeu o Babau Joaquim Guedes do Mestre Vavau e Vó Mera e suas Netinhas.
“É muito bom e muito forte para a Funjope acolher as culturas populares nas nossas festas. Temos feito isso seguidamente no nosso calendário festivo e o resultado é esse, é que a cultura popular está se sentindo presente, está se sentindo fortalecida. Estamos dando visibilidade às culturas populares”, pontuou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele afirmou que a noite de domingo foi emocionante. “Vó Mera levou um público gigante para o Palco da Cultura Popular. Famílias foram acolher as músicas dela, dançar ciranda. O Babau também teve um público bonito e significativo. Nós mostramos, com isso, como o governo municipal vem cuidando de todas as culturas. A nossa linha é essa, de valorização da diversidade das culturas de João Pessoa e não poderíamos deixar de cuidar também das culturas populares”, disse.
O babau Edvaldo Nascimento da Cunha, filho do mestre Joaquim Guedes da Cunha, apresentou a arte do babau, que aprendeu com seu pai, e contou como começou essa cultura popular.
“Essa cultura é antiga. Os escravos, como vingança contra seus patrões, faziam bonecos, e o patrão era o boneco que apanhava. Essa história eu aprendi com meu pai, na Fazenda do Coronel João Redondo. Para mim, mostrar o babau é uma alegria muito grande porque estou levando ao público a felicidade, o sorriso. Eu amo a cultura e é isso que quero morrer fazendo”, afirmou.
Com 26 anos de carreira, Vó Mera, que se apresentou com o grupo Vó Mera e suas Netinhas, afirmou que é muito importante para ela poder se participar de um evento como a Festa das Neves. “Me sinto muito honrada, muito feliz e agradeço muito à Funjope por dar valor à nossa cultura popular. Para mim, é gratificante”, resumiu.
Público – A dona de casa Josineide Bezerra aplaudiu as apresentações. “Gosto muito de ver o trabalho das culturas populares que é muito bonito. É uma tradição, uma programação diferenciada. A festa está de parabéns. Eu estou encantada com o trabalho deles”, elogiou.
“Eu acho que a cultura popular traz a memória da cidade. Então, quando a gente escuta um grupo de cultura popular, a gente lembra um pouco mais da história da cidade, de como resistem na cidade esses movimentos. A importância da cultura popular é a gente conseguir manter viva essa memória da cidade”, declarou a engenheira civil Camila de Andrade Oliveira.
Para Josivânia Ramos, dona de casa, a festa não poderia ter sido melhor. “É um momento muito bom esse das culturas populares. Acho lindo e estou aqui admirando. E a festa está maravilhosa. A gente vê as coisas bonitas, agradáveis, as pessoas vêm com suas famílias. Muito boa”, pontuou.