A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Operacional de Condições Crônicas e IST e do Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em parceria com a Associação das Prostitutas da Paraíba (Apros-PB), o Centro Estadual de Referência da Igualdade Racial João Balula, da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (Semdh), e do Centro de Aconselhamento e Testagem (CTA) do CAIS de Jaguaribe, encerrou, nesta quarta-feira (31), o “Julho Amarelo de Combate às Hepatites Virais” com a oferta de vários serviços integrados de saúde e orientações no Pavilhão do Chá, centro de João Pessoa.
O objetivo da ação de encerramento foi promover a conscientização da população, bem como divulgar informações sobre prevenção às hepatites virais, realizando testes rápidos para os agravos hераtіtе B e C, sífilis e HIV; oferta de vacinas contra a hepatite B, tétano e influenza; atendimento com infectologista; e coleta de exame de sangue anti-HBS. A oferta do exame anti-HBS foi o destaque da ação, pois permite verificar se a vacinação contra a hepatite B foi eficaz.
De acordo com a chefe do Núcleo de Hepatites Virais da SES, Rosa Maria Monteiro, a participação do Hospital Clementino Fraga, no encerramento do Julho Amarelo, trouxe a oferta de vários serviços de coletas de exames, caso alguém na testagem rápida fosse positivada para o VDRL para sífilis, para cargas virais para hepatites ou para o HIV.
“Estamos hoje, juntamente com algumas boas parcerias, encerrando as atividades referentes ao Julho Amarelo. Pela primeira vez, a SES está conseguindo ofertar aos profissionais do sexo coleta do anti-HBS, exame que nos diz se determinada pessoa tem imunidade adquirida contra a hepatite B. Esse exame é recomendado prioritariamente para algumas categorias, entre elas profissionais da saúde e os do sexo – eles devem ser realizado pelo menos 6 meses após a administração da terceira dose da vacina contra hepatite B. De posse dos resultados faremos vigilância e revacina dos não imunizados. Temos também a presença de uma médica infectologista, que está aqui com um olhar dentro da especialidade, inclusive para atender alguma queixa que possa ter algum sintoma do HTLV. A demanda está boa, estamos organizados e recebendo as pessoas e distribuindo de informativos e também de insumos de prevenção”, explicou.
O Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga é a referência no estado para o diagnóstico e tratamento das hepatites virais e a testagem é realizada por livre demanda, isso significa que toda pessoa pode se dirigir até o hospital, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, para realizar o teste. O resultado é entregue em aproximadamente meia hora. Para realizar a testagem o usuário deverá portar documento oficial com foto, cartão SUS e comprovante de residência.
Para a coordenadora da Apros-PB, Luza Maria, a ação de encerramento tem uma importância muito significativa, por ser realizada no centro da cidade, especificamente, no Pavilhão do Chá. “Hoje a Apros-PB comemora 23 anos de existência e resistência, e é uma grande luta a nossa que trabalhamos a questão das hepatites, por isso a realização dessas testagens, a oferta de vacinas e a possibilidade de realizamos uma roda de conversa em praça pública só é possível com o apoio do Governo do Estado e do município, dessa forma agradeço muito o apoio do poder público, bem como a participação e adesão do público no evento”, destacou.
A Semdh participou do evento, oferecendo serviços e cursos para mulheres negras por meio do Centro Estadual de Referência de Igualdade Racial João Balula. O centro acompanha casos de racismo, intolerância religiosa e xenofobia na Paraíba.
A campanha Julho Amarelo é realizada para reforçar a importância das ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Essas doenças são um grave problema de saúde pública, no Brasil e no mundo, que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.
Na maioria das vezes, são infecções silenciosas e não apresentam sintomas. Elas são causadas por vírus e algumas hepatites se dão pelo uso de medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.