O câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas.
O diagnóstico precoce e o tratamento do câncer infantojuvenil é o tema do episódio desta semana do “Sem Contraindicação”, o videocast da Unimed João Pessoa. A apresentadora Linda Carvalho recebeu a oncologista pediátrica Andréa Gadelha, coordenadora médica da Unidade de Oncologia da Unimed João Pessoa, e a psicóloga Gessiane Karla, da equipe do Hospital Pediátrico Unimed (HPU).
Estimativas do Inca apontam que 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil devem ser diagnosticados, por ano, no triênio de 2023 a 2025. O tipo mais comum é a leucemia, que responde por 30% dos casos.
PERCENTUAL ALTO DE CURA
De acordo com Andréa Gadelha, o percentual de cura do câncer infantojuvenil, quando diagnosticado precocemente, é de 70% a 80%, um índice considerado alto. “Em relação a adulto, [o percentual de cura] está acima. A criança cura mais”, destacou. As visitas regulares ao pediatra são fundamentais para que a doença seja identificada já no início. “O pediatra tem preparo total para dar um diagnóstico precoce e isso é fundamental para esse resultado”, disse.
A psicóloga Gessiane Karla comentou que algumas pessoas ainda têm uma visão voltada para o passado, quando o câncer era visto como uma doença aguda e fatal. Mas, a medicina avançou e hoje isso mudou. “A gente precisa reforçar que [o câncer] é uma doença crônica e passível de cura”, reforçou. A psicóloga também destacou a importância do apoio emocional durante todo o processo de diagnóstico e tratamento da doença, não só para criança ou adolescente, como para toda a família.
PERIGO NA REDE
A médica Andréa Gadelha alertou que, no início do diagnóstico, as famílias devem evitar o uso da internet para pesquisar sobre o câncer. “A internet, nesse momento do diagnóstico, é perigosa. Ela maltrata mais a família do que qualquer outra coisa”, disse.
Ela explicou que, geralmente, os casos publicados envolvem tumores complicados, raros e difíceis de tratar. Isso gera uma realidade distorcida – e muita ansiedade para a família. “O tumor que tem o tratamento habitual aquela família não vai ver. Então, ela vem apavorada [para o consultório]”, explicou. A orientação da médica é que a família converse com o oncologista que ele vai indicar, no momento certo, o material mais adequado onde buscar informações.
ONDE ASSISTIR
Produzido pela equipe de Comunicação da Unimed João Pessoa, o videocast “Sem Contraindicação” é publicado toda quinta-feira no YouTube e no Spotify. O acesso a esses canais pode ser feito pelo Portal Unimed JP, que tem uma seção exclusiva sobre o videocast. Pelo portal ou pelo Instagram da Unimed João Pessoa, também é possível interagir com a equipe responsável pela produção.