A Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pela manutenção do corte de fornecimento de energia elétrica na unidade industrial da Coteminas S.A. instalada no Município de Campina Grande, na Paraíba.
A decisão se dá em resposta ao pedido de manutenção do serviço apresentado pela Coteminas, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.663.140/0006-01.
A informação foi confirmada através do Despacho nº 2.099, de 18 de julho de 2024, publicado no Diário Oficial da União (DOU), na sexta-feira (19/07).
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Acúmulo de dívidas
O grupo Coteminas entrou com pedido de recuperação judicial e, segundo a empresa comunicou a seus acionistas na quarta (08/05), o pedido de proteção cautelar foi deferido na terça-feira (07/05).
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A empresa enfrenta sérios problemas financeiros e chegou a ser alvo de audiências públicas na Paraíba, Minas Gerais e Santa Catarina, onde tem fábricas. E, é figura central em relatos sobre atraso de salários, 13º, não pagamento de férias e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) a funcionários. Só em João Pessoa, mais de 600 funcionários da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), sofrem com o problema desde o mês de setembro de 2023.
Em Campina Grande, a empresa era responsável por quase 3.000 (três mil) empregos, dos quais cerca de 1.000 (mil) eram diretos e por volta de 2.000 (dois mil), indiretos. Para tentar conter a crise chegou a dar férias coletivas a cerca de 800 (oitocentos) funcionários.
A mesma empresa também realizou, em 2023, diversas demissões nos Estados de Minas Gerais e Santa Catarina, onde o MPT também acompanha os casos. A Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas) foi fundada em 1967, em Montes Claros (Minas Gerais). Além de Montes Claros (MG), possui unidades em João Pessoa e Campina Grande (PB), Natal e Macaíba (RN), Blumenau (SC), e uma na Argentina. Conforme informações no site da empresa, o grupo é dono de marcas conhecidas, como Santista, Artex, MMartan e Casa Moysés.