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Ricardo e suas estratégias na volta à cena política de João Pessoa

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*Por Suetoni Souto Maior

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) está de volta à cena política de João Pessoa. E se há, hoje, uma pré-candidatura petista para a disputa da prefeitura da capital, esta articulação praticamente toda pode ser atribuída ao ex-gestor, que trabalha para resgatar a força política perdida na principal cidade do Estado. E é aí que entram o deputado estadual Luciano Cartaxo e Amanda Rodrigues, potenciais candidatos a prefeito e a vice pela legenda.

Cartaxo entra nesta histórica como aliado para um objetivo comum: enfrentar e tentar impedir a caminhada do atual prefeito, Cícero Lucena (PP), rumo à reeleição. A missão não será fácil. O gestor abocanhou o apoio de praticamente todos os partidos do campo progressista e que fazem parte da base aliada do governador João Azevêdo (PSB). A lista inclui, inclusive, PCdoB e PV, que integram a Federação Brasil da Esperança junto com o PT, que também era esperado na composição.

O primeiro movimento de Ricardo Coutinho, portanto, foi esvaziar a pré-candidatura de Cida Ramos e uma articulação que poderia levar o Partido dos Trabalhadores para Cícero – iniciativa similar à tentada por ele no segundo turno das eleições de 2022, quando se contrapôs à aliança com João no segundo turno e preferia uma composição com Pedro Cunha Lima (PSDB). O movimento, na época, foi freado pela direção estadual do partido.

Neste ano, no entanto, com articulação ruidosa via direção nacional do partido, Ricardo conseguiu seu intento. O objetivo agora é estancar de forma indireta uma sequência de maus resultados na cidade que já foi governada por ele e que serviu de trampolim para a chegada ao governo do Estado.

Em 2020, denunciado pela operação Calvário, do Ministério Público da Paraíba, Ricardo Coutinho ficou apenas em sexto lugar na disputa pela prefeitura. Na época, ele estava filiado ao PSB. Dois anos depois, ficou atrás do pastor Sérgio Queiroz (Novo) e da ex-deputada Pollyanna Dutra (PSB) na tentativa de ser eleito para o Senado. De lá para cá, viu os processos da Calvário irem para a Justiça Eleitoral sem nenhuma decisão de mérito.

Com a vitória de Lula (PT) na Presidência da República, em 2022, Ricardo Coutinho foi morar em Brasília. Havia a expectativa de assumir algum cargo de primeiro ou segundo escalão, o que não aconteceu. Mas das articulações saiu a nomeação de Amanda Rodrigues para a diretoria de programas da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Ela deixou a função nesta semana, visando a disputa das eleições. Para isso, foi novamente filiada ao PT, via direção nacional.

A expectativa, agora, é que Coutinho assuma a coordenação da campanha enquanto se prepara para o retorno às disputas eleitorais em 2026.

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Bolinha e Inácio derretem na reta final

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Redação do Portal da Capital

A eleição que ocorre neste domingo em Campina Grande marca mais um fenômeno de reta final de campanha eleitoral: a forte transferência de votos para os candidatos que lideram as disputas. Enquanto Bolinha (NOVO) tende a desidratar transferindo os seus votos para Bruno Cunha Lima (UNIÃO), o crescimento de Dr. Jhony (PSB) sempre foi na transferência dos votos de Inácio Falcão (PcdoB).

Segundo analistas políticos, há uma forte tendência do eleitorado em terminar a eleição em primeiro turno, por isso essa movimentação de última hora é natural em circunstâncias como essa. “O prefeito Bruno Cunha Lima, que disputa a reeleição, lidera com folga todas as pesquisas de opinião e isso pode ser determinante para o eleitor encerrar o pleito neste domingo”, avaliou um analista político.

O candidato Artur Bolinha disputa a eleição pela quarta vez, e em todos os pleitos enfrentou o mesmo problema. Agora com um agravante: Bruno Cunha Lima representa seu campo ideológico e tem mais musculatura para vencer já no domingo. “O eleitor de Bolinha neste momento está refletindo se vale a pena o voto nele, porque pode ser que Bolinha seja o responsável pelo segundo turno, permitindo a esquerda avançar em Campina Grande”, conclui.

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Dia Mundial dos Animais: como lidar com o luto por animais de estimação

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Redação do Portal da Capital

A relação afetiva entre humanos e seus pets pode ser tão forte quanto aquela com outros membros da família, e o luto por um pet pode ser profundo quanto a perda de um ente querido. No Dia Mundial dos Animais, celebrado em 4 de outubro em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, o Morada da Paz, referência no segmento funerário, destaca a importância de reconhecer e acolher o luto por pets, oferecendo suporte emocional aos tutores enlutados.

Simône Lira, psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, explica que é fundamental reconhecer o luto pela perda de um pet como um processo legítimo. “Muitas vezes, a sociedade tende a minimizar essa dor, mas para quem convive diariamente com um pet, a relação é baseada em afeto e cuidado.

Quando esse laço se rompe, o impacto emocional pode ser imenso. O primeiro passo é validar o luto e buscar apoio, seja com familiares, amigos ou profissionais especializados”, destaca Simône.

Pensando em facilitar o acesso a uma despedida digna aos animais de estimação, a Assistência Funeral Morada da Paz Essencial oferece o serviço de cremação pet em todos os seus planos, com valores a partir de R$ 29,90. Já o Morada da Paz Pet vai além, oferecendo não apenas a cremação, mas também a realização de homenagens personalizadas, que ajudam a eternizar a história vivida entre tutor e animal. “Nosso objetivo é proporcionar um espaço de respeito e acolhimento, permitindo que os tutores honrem esse vínculo e ajudando a encerrar o ciclo de maneira respeitosa,” comenta Jarlyson Rocha, gerente comercial do Morada da Paz.

A cremação de animais de estimação tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre tutores que desejam uma despedida simbólica e respeitosa. De acordo com o Instituto Pet Brasil, o número de pets no país cresceu significativamente nos últimos anos, totalizando mais de 139 milhões de animais de estimação, o que também impulsionou a procura por serviços funerários para pets, como a cremação. Além de garantir o destino adequado às cinzas, essa prática oferece conforto emocional às famílias, permitindo que mantenham uma memória afetiva viva em relação ao animal.

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Em meio ao caos, uma notícia ligeiramente alvissareira

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Já houve quem colocasse o jornalismo profissional na UTI e decretasse a supremacia absoluta das redes sociais em campanhas eleitorais e o veículo através do qual o brasileiro definitivamente buscava informações sobre política.

Não é assim. Ainda bem. A TV cresceu de importância na atual campanha, se constituindo na fonte pela qual o eleitor mais se informa sobre política. Além de canal de notícias, os debates na TV ganharam atenção na campanha deste ano e a propaganda eleitoral acabou decisiva nas capitais e grandes cidades.

Sobre esse último item, a Folha de S. Paulo publicou algumas notícias revelando que o prefeito Ricardo Nunes (SP) havia se beneficiado com o início da propaganda na TV (ele tem 6 dos 10 minutos no guia eleitoral), tendo, com isso, melhorado nas pesquisas. Em 20 de setembro, a Veja publicou noticia com a manchete “Colocado em xeque após redes sociais, horário eleitoral mostra força”. No subtítulo veio o registro da importância da televisão: “Propaganda na TV alavanca candidatos nas capitais em disputas acirradas”.

O mais importante, porém, é a comprovação, através das pesquisas eleitorais, que o eleitor acessa muito mais a televisão como veiculo para se informar sobre política, o que também demonstra a confiança depositada no jornalismo profissional.

Um recorte de um quesito de pesquisas do instituto Quaest sobre os hábitos dos brasileiros em relação à mídia, levantamentos aplicados na maioria das capitais entre agosto e setembro, mostra claramente como a imprensa nacional se recuperou diante do cenário registrado de 2018, onde pareceu prevalecer as redes sociais.

As diferenças são tênues, mas as redes sociais já não aparecem avassaladoras. Em agosto, em São Paulo, 39% da população revelou se informar sobre política pela televisão e apenas 28% pelas redes sociais. Em Recife, agora em setembro, a audiência foi de 43% (TV) contra 35% (redes sociais). No Rio de Janeiro, o placar ficou em 39% a 30% em agosto, 42% a 27% no início de setembro e empatou em 34% e 33% na semana passada. Em Porto Alegre, no sul do país, em agosto, 37% se informavam sobre política pela TV e 31% pelas redes sociais. Em João Pessoa, a campanha começou com maior audiência para as redes sociais (41% a 38%), mas a televisão se impôs e ficou à frente nas últimas semanas de setembro (37% a 33%). Essa variação se registra em praticamente todas capitais.

Os sites, blogs e portais de notícias, que o pesquisador apresentou em coluna separada, apareceu com índices de audiência entre 10% e 14%. Interessante porque são veículos que também apresentam estrutura com características de jornalismo profissional.

A nota triste fica para o radio, veículo que está sendo acionado por diminuto público entre 3% e 4% para se informar sobre política.

De qualquer forma, números e fatos estão mostrando na atual campanha que o jornalismo profissional é efetivamente o melhor caminho para se combater as fake news e a desinformação.

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