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Estadão: Especialista analisa envio de ação de Ricardo Coutinho para a 1ª instância

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Foro privilegiado – que monstro é esse?

Marcelo Gurjão Aith*

Nas últimas semanas a grande mídia nos inundou do termo “foro privilegiado”. A expressão nos induz a pensar que são benefícios de poucos apaniguados em detrimento da grande massa da população. Em verdade, tal termo não foge muito do senso comum.

Foro privilegiado, que muitos juristas preferem adotar o termo foro por prerrogativa de função, é a prerrogativa conferida pela Constituição Federal a algumas autoridades, em função do cargo que ocupam, de serem julgadas por um colegiado de juízes em matéria criminal. Em tese, tribunais superiores estão menos vulneráveis a pressões externas e podem julgar autoridades com maior independência. Basicamente é isso! O monstro não é tão feio como se afigura.

No entanto, não são tão poucos assim os beneficiados por tal prerrogativa. Segundo levantamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal, nada menos do que 38,4 mil autoridades não se submetem a um juiz de primeira instância, mas sim a um Tribunal. Entre elas, por exemplo, 5.570 prefeitos, 10.687 membros de Ministério Público Estadual e 14.882 juízes de primeiro grau.

A Constituição Federal de 1988 estabelecia que estas prerrogativas, por exemplo, nos casos de cargos eletivos, seriam exercidas desde a diplomação. Ou seja, mesmo antes da posse do político eleito, os processos criminais por ventura promovidos contra eles eram diretamente remetidos ao Tribunal, independentemente da data do cometimento ou do tipo do delito atribuído a autoridade. Assim, o prefeito processado por um mero crime de trânsito, teria a competência para processa-lo e julga-lo transferida para o Tribunal de Justiça.

Com efeito, no último dia 3 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF), seguindo o voto do relator, Roberto Barroso, prolatado no julgamento de questão de ordem na Ação Penal (AP) 937, houve uma substancial alteração do entendimento em relação ao alcance do foro privilegiado, atrelado aos casos envolvendo Deputados Federais e Senadores.

Com tal decisão da Corte Suprema, nos casos envolvendo parlamentares federais, o foro por prerrogativa de função somente será aplicado aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

Outra considerável alteração estabelecida na decisão do STF está relacionada ao estágio em que se encontra a ação penal. Com a decisão após a audiência de instrução e julgamento, mesmo que o parlamentar deixe a função, permanecerá a competência na Corte Suprema. O mesmo ocorrerá caso o Parlamentar Federal diplomado, que estava sendo julgado em primeira instância, e o processo já se encontrava na fase de alegações finais, permanecerá na vara de origem.

No entanto, o Supremo deixou sem resposta algumas questões, que se não forem solucionadas logo podem resultar em uma enorme insegurança jurídica. Por exemplo, parlamentares federais, que estão no segundo mandato (reeleitos) e estão sendo processando por crimes cometidos no primeiro mandato permanecerão com o foro privilegiado no STF?

Outra questão sem resposta, as demais 36 mil autoridades com prerrogativa de foro estão alcançadas por tal decisão, por exemplo, um promotor de justiça que matou uma namorada será julgado pelo Júri Popular? O Superior Tribunal de Justiça, por decisão do Ministro Luiz Felipe Salomão, na Ação Penal nº 866, determinou a remessa do feito envolvendo o Governador da Paraíba Ricardo Vieira Coutinho para a primeira instância da Comarca de João Pessoa. Imaginemos o que vai ocorrer?

Com certeza muita água irá passar por debaixo da ponte do Supremo.

O que não há dúvida é que a decisão poderá mudar os rumos de processos de parlamentares federais envolvidos na Operação Lava Jato, que hoje tem seu processo correndo a passos de tartaruga no STF. Muitos parlamentares federais que supostamente cometeram crimes quando exerciam funções no estado de origem, terão deslocada a competência para a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, ou seja, para o colo de Sergio Moro.

Não podemos esquecer que tramita no Congresso Nacional projeto de emenda constitucional que põe fim ao foro privilegiado, remanescendo apenas para o Presidente da República, Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, nos crimes cometidos no exercício do cargo e em decorrência dele.

Uma questão que merece ser levantada. Estão as varas criminais federais e estaduais preparadas para receber essa enormidade de processos de uma só vez? Tal decisão não estaria gerando um retrocesso na impunidade ao invés de um progresso?

Corremos o risco de uma enxurrada de prescrições, gerando mais impunidade.

Saindo, dessa forma, o tiro pela culatra. Não teria sido melhor deixar o monstro quieto?

*Advogado especialista em Direito Público e Criminal

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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