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Paraíba

Fórum em Portugal debate processo de internacionalização do Forró de Raiz

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Foi com um rico debate sobre o processo de internacionalização do forró enquanto expressão artístico-cultural que aconteceu o 1º Fórum Internacional do Forró de Raiz, no Instituto Pernambuco Porto, localizado no município do Porto, em Portugal, nesse sábado (1) e domingo (2). O evento foi organizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, da Associação Cultural Balaio Nordeste e do Fórum Nacional de Forró de Raiz.

Os debates começaram com uma mesa-redonda sobre “a construção do forró como patrimônio imaterial da humanidade”, em referência ao processo que vai ser aberto ainda este ano pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco). Esse processo, inclusive, tem a Paraíba como proponente e já conta com o apoio de outros 13 estados brasileiros e de pelo menos 30 países.

Nos dias anteriores ao fórum, por sinal, a delegação brasileira que organiza o evento realizou uma série de encontros com membros da Unesco, com o objetivo de fortalecer a candidatura do forró como patrimônio imaterial da humanidade. “Estamos aqui hoje para fomentar cada vez mais o conhecimento sobre essa grande expressão da cultura brasileira”, explicou Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba, durante a abertura do Fórum no Porto.

Ele enfatizou a força do forró para a identidade cultural nordestina e destacou que mais do que ritmo, trata-se de um elo muito forte entre diferentes estados brasileiros e também com outros países. “O forró é um ponto de convergência que embala o nosso imaginário. E ter uma expressão artística que é tão cara para nós sendo elemento de conexão com o mundo é fantástico”, completou Pedro.

O secretário paraibano, que atua também na coordenação da Câmara Temática da Cultura do Consórcio Nordeste, explicou que a candidatura do forró na Unesco vai ser acompanhada de perto pelos estados nordestinos, que já vêm pautando a questão nos últimos tempos.

Também presente ao evento, a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, falou da importância de proteger o forró como parte da própria história de um povo e de uma região. “Não é só ritmo, não é só dança. O forró é algo muito maior. E que merece ser trabalhado, ser estudado, merece ficar para sempre na história do país e do mundo como patrimônio imaterial”, declarou.

Artista paraibana que se apresentou no domingo (2) durante a programação do Fórum, Sandra Belê também participou da mesa-redonda e falou em nome das pessoas que produzem forró. Ela lembrou da relação que o ritmo tem com o cotidiano do povo nordestino. “O forró fala demais de um povo, de uma cultura, de um sotaque, de uma terra, de uma plantação como nenhum outro faz. E é muito importante que nós que fazemos forró, nós nordestinas e nordestinos, continuemos nos vendo nele”.

Por fim, Joana Alves, que é presidente-fundadora da Associação Cultural Balaio Nordeste e quem há mais tempo trabalha em prol da salvaguarda do forró, explicou que o processo é longo e contínuo, mas que já vem colhendo frutos fundamentais. Por exemplo, ela fala do “plano de salvaguarda emergencial” que foi realizado anos atrás, quando foi feito todo um mapeamento sobre o fole de oito baixos no Nordeste.

Um instrumento da mais alta importância para o forró, mas que estava entrando em desuso, sendo substituído continuamente pela sanfona e que corria o risco de extinção. “Fizemos um mapeamento do fole de oito baixos na Paraíba e depois ampliamos para Pernambuco. Foi um trabalho emergencial bem-sucedido para não deixar o fole morrer”, comentou. Ela frisou igualmente que esse tipo de política pública torna-se mais potente e eficiente com o reconhecimento do forró como patrimônio imaterial.

Novos espaços para o forró – Ainda durante o evento, nos debates de domingo (2), foi discutido também novos espaços para que o forró seja fortalecido enquanto expressão cultural. Pedro Santos, por exemplo, ressaltou que o ambiente escolar é um espaço de formação de consciência e repasse de informação. Ele destacou a necessidade de se realizar políticas públicas que permitam aos estudantes conhecer sobre aquilo o que constitui a sua formação cultural. “É preciso trabalhar a formação de um novo público, a apropriação das pessoas enquanto seres partícipes de uma comunidade cultural”, frisou o gestor.

Ademais, Cacau de Paula enfatizou a criação do Cena Nordeste Festival, pelo Consórcio Nordeste, e lembrou que foi criado no evento uma linguagem específica para o forró, um ritmo que, segundo ela, é instrumento de união do povo nordestino. “A gente precisa salvaguardar o forró de raiz e tudo o que foi gerado a partir desse movimento”, pontuou.

O Fórum Internacional do Forró de Raiz contou também com oficinas e feiras gastronômicas de comidas nordestinas e com apresentações de forró. Nos dias de evento, se apresentaram o sergipano Robson Batinga, a piauiense Écore Nascimento, a maranhense Flávia Bittencourt, o pernambucano Derico Alves e os paraibanos Sandrinho do Acordeon, Bira Delgado, Luiz Bento e Sandra Belê.

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TCE-PB disponibiliza Manual de Transição Municipal elaborado pelo Governo federal

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O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba disponibilizou no seu site (https://tce.pb.gov.br/)  o Manual de Transição Municipal, fruto do trabalho coordenado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), em parceria com a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República.

O MPO, com apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), apresenta os passos iniciais que os prefeitos e prefeitas em final de mandato e aqueles recém-eleitos devem dar logo após a divulgação dos resultados das eleições. São passos importantes para garantir uma transição segura e transparente, e que gere benefícios para toda a sociedade.

O objetivo do Governo Federal é fornecer aos novos gestores municipais, eleitos em 2024, um roteiro básico para conduzir o levantamento de informações, o processamento dos dados e facilitar a tomada de decisão ainda na fase de transição até a posse, abordando aspectos como a montagem da equipe de governo, a criação ou extinção de cargos, a criação ou extinção de secretarias e órgãos municipais, a extinção ou lançamentos de programas, entre outros aspectos, poderão ter sua definição a partir da coleta desses dados.

A boa condução da transição de mandatos garante a continuidade de serviços básicos, além de fortalecer o senso de responsabilidade com a administração pública e uma maior racionalidade na tomada de decisão, tornando mais eficiente os resultados da atuação dos agentes públicos

Parte 1: Clique aqui para acessar o Manual de Transição Municipal

Parte 2: https://www.gov.br/sri/pt-br/SEAF/portalfederativo/links-saiba-mais/manual_de_transicao_parte2.pdf

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João Azevêdo garante instalação de empresa do setor automotivo com geração de 400 empregos na PB

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O governador João Azevêdo assinou nesta segunda-feira (16), na Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), em João Pessoa, o protocolo de intenções com a Neur Leder do Brasil, empresa sistemista do grupo Stellantis, que irá se instalar no Conde em uma área de 15 mil metros quadrados e investirá, inicialmente, cerca de R$ 20,7 milhões e gerar até 400 empregos diretos no estado, com faturamento anual de R$ 200 milhões.

A Neur Leder é fabricante de revestimento em couro para superfícies internas de veículos automotivos como Creta, HB20, Citroën, Pegeout, dentre outros, e será a primeira a produzir substrato de microfibra com TPO para interiores de veículos no país, um material de revestimento utilizado em painéis de instrumento.

Na ocasião, o chefe do Executivo ressaltou que o ambiente favorável de negócios e o equilíbrio fiscal têm atraído cada vez mais empresas para o estado. “Na Paraíba, o empresário tem segurança jurídica para investir, o que permitiu que nós gerássemos mais de 1 milhão de empregos entre 2019 e 2024 e hoje, com muita alegria, assinamos o protocolo de intenções com uma sistemista de empresa automobilística e essa indústria que se instala pretende vender para o Brasil e, futuramente, exportar”, frisou.

O CEO da Neur Leder, Vanderlei Aleluia, destacou que a localização estratégica e o profissionalismo do governo foram fundamentais para a escolha da empresa de se instalar na Paraíba. “Eu quero parabenizar o Governo da Paraíba porque tivemos uma surpresa positiva do ambiente de negócios instalado, completamente diferente e que proporciona o crescimento dos empresários. Nós tínhamos um projeto específico da Stellantis, de TPO, mas depois de todo o suporte que a Paraíba nos dá, ampliamos muito esse prospecto de negócio, com outros produtos como espuma, produção de sintético e laminação. Se outros estados do Brasil tivessem o ambiente de negócios da Paraíba, o PIB do país seria duas, três vezes maior e eu vi algo parecido em países da América do Sul. 60% da nossa decisão de investir no estado foi técnica e 40% foi o sentimento de que vai dar certo”, comentou.

A unidade fabril atenderá primeiramente o polo da Stellantis em Pernambuco e posteriormente os demais do grupo. A previsão de início obras já é para o primeiro semestre de 2025 e o início das atividades para 2026.

O presidente da Cinep, Rômulo Polari Filho, evidenciou que os dados positivos da Paraíba resultam na atração de novos investidores. “Nós somos o estado mais competitivo do Nordeste, com a melhor infraestrutura, solidez fiscal, e as empresas atestam essas informações. Hoje chega uma indústria de ponta ligada ao setor automotivo, que traz um produto inovador, e a Paraíba entra nesse segmento”, sustentou.

A Neur Leder, empresa caribenha de São Cristóvão e Névis, projeta, desenvolve e comercializa materiais feitos de microfibras impregnadas e cobertas com PU e TPU para diferentes mercados, como aviação, automotivo, móveis, calçados e vestuário.

Segundo a empresa, o substrato de microfibra preenchido com PU ou TPU proporciona transpiração natural e maciez superior ao couro com maior desempenho em durabilidade e testes físicos. O grupo já possui uma unidade industrial em Bariri, em São Paulo e um Centro de Distribuição em Serra, no Espírito Santo.

Os secretários Marialvo Laureano (Fazenda), Nonato Bandeira (Comunicação Institucional) e Bruno Frade (executivo da Fazenda), além de Patrícia Vilela (executiva chefe da Conta da Stellantis) estiveram presentes.

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Paraíba recebe 128 novos profissionais do programa Mais Médicos em 2024; 483 estão ativos no Estado

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O Governo Federal tem fortalecido a atenção primária à saúde do país por meio do programa Mais Médicos, que, só este ano, contou com 6.729 novos profissionais em mais de 2 mil municípios. Esse número representa mais de 25% do total de 26.756 médicos que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Na Paraíba, foram 128 novos médicos, totalizando 483 profissionais em atividade no Estado.

No início desta gestão, o Ministério da Saúde contava com apenas 13 mil vagas ativas no Mais Médicos. Em 2023, o governo federal retomou o programa, com o intuito de ter profissionais nos municípios distantes dos grandes centros e nas periferias das cidades. O programa avançou, sobretudo, entre os municípios com maior vulnerabilidade social, onde cerca de 60% dos médicos estão.

Os resultados alcançados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, na sexta-feira (6). “O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia Saúde da Família”, afirmou o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, em palestra sobre a relação do programa com as principais iniciativas que constroem o primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS).

O intuito do encontro foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa. As referências regionais do Ministério da Saúde são essenciais na gestão dos programas de provimento profissional na ponta do serviço, onde as pessoas moram, formam suas famílias e recebem atendimento. Elas são responsáveis por apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. São como a ponte entre o ministério e os territórios.

“2025 será o ano de consolidar nosso trabalho, metas e políticas que retomamos desde o início da gestão. Com o trabalho das referências regionais, comunicamos mais com gestores, profissionais e sociedade as políticas da atenção primária à saúde, ganhamos capilaridade sem perder de vista o nosso papel de formulador de políticas públicas”, destacou o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho.

“Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível também identificar os desafios de cada território e alinhar as ações, as diretrizes e os planos futuros”, lembrou o diretor.

Outros avanços do Mais Médicos em 2024

Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação em preceptoria de medicina de família e comunidade de R$4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento adquirido a novos profissionais em formação, ampliando assim a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.

O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.

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