Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, apontam que em dez anos, a participação feminina no mercado de trabalho paraibano teve uma pequena queda, passando de 43,88% em 2007, quando o estoque de empregos formais contava com 208.656 mulheres, para 43,50% em 2016, quando havia 276.080 mulheres trabalhando com carteira assinada no Estado. Com base nesses dados, a deputada estadual Camila Toscano (PSBD) defendeu, nesta terça-feira (1º), Dia do Trabalho, a geração de políticas públicas que garantam a criação de mais vagas para as mulheres no mercado.
“É necessária a criação de políticas públicas que garantam uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e com remuneração equiparada a dos homens. Nosso mandado trabalha nessa perspectiva na Assembleia Legislativa com a apresentação de projetos e sugestões apresentadas ao Governo do Estado”, disse a deputada.
Camila destacou ainda que, por outro lado, a remuneração média das mulheres cresceu, passando de 93,52% em relação à remuneração dos homens, para 95%. No total, na Paraíba, foram registrados 634,6 mil vínculos empregatícios formais em 2016, uma queda de 4,86% em comparação a 2015, quando havia 667.030 empregos formais no estado.
Dados mostram ainda que as mulheres são maioria entre os trabalhadores com ensino superior completo na Paraíba, representando 58,20% dos vínculos empregatícios formais em 2016. No entanto, em relação há dez anos, a quantidade de mulheres com ensino superior completo teve leve queda. Em 2007, as mulheres correspondiam a 59,40% dos trabalhadores com ensino superior completo.
Camila destacou ainda que a construção civil, na Paraíba, foi o setor que teve a maior queda na variação de empregos formais, passando de 36.506 vínculos em 2015 para 28.589 em 2016, uma perda de 21,69%. Apenas a agropecuária registrou acréscimo no estoque de empregos formais no período, ainda que ínfimo. Foram 41 vagas criadas entre 2015 e 2016 no setor, um aumento de 0,31%.
Brasil – No país, a participação das mulheres no mercado formal de trabalho passou de 40,85% em 2007 para 44% em 2016. No mesmo período, as trabalhadoras reduziram de 17% para 15% a diferença salarial em relação aos homens. Dos 46,1 milhões de empregos formais registrados na Rais em 2016, os homens somavam 25,8 milhões de vínculos empregatícios (56% do estoque de empregos no ano), e as mulheres, 20,3 milhões (44%). Dez anos antes, em 2007, os homens respondiam por 59,15%, e as mulheres, por 40,85% dos 37,6 milhões de postos de trabalho.