Um levantamento realizado, anualmente, pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba apontou que desde 2011 – ano de início dos registros –, até esta quarta-feira (25), um total de 724 ocorrências de violência contra bancos foram registradas no Estado. Entre as ocorrências estão: explosão, assalto, arrombamento, tentativa de arrombamento e saidinha. Sendo, explosão (384) o caso em maior número, em seguida de arrombamento (168) e, por último, a tentativa de arrombamento (65).
Na madrugada desta quarta-feira mais um posto bancário foi explodido no Estado, dessa vez na cidade de Bananeiras, no Agreste da Paraíba. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos chegaram armados e, além da explosão, também dispararam vários tiros nas ruas da cidade. Não se teve informação de quanto em dinheiro foi levado pelos bandidos.
Para tentar coibir a ação dos criminosos que praticam este tipo de violência, o deputado Benjamin Maranhão (SD), apresentou um projeto de Lei (PL 9882/2018), na Câmara dos Deputados e aumenta a pena de prisão para pessoas que comercializarem ilegalmente produtos, substâncias ou explosivos. A pena que na Lei atual (10.826) é de 4 a 6 anos, passa a ser de 6 a 12 anos na proposta apresentada pelo parlamentar paraibano. “O número de crimes a bancos praticados em nosso país é um caso grave. Semanalmente sabemos de notícias envolvendo assaltos e arrombamentos a bancos com o uso de explosivos”, disse.
Além do projeto, o parlamentar cobra ao Ministério da Segurança Pública investigações da Polícia Federal nos crimes de furto ou roubo de caixas eletrônicos com o uso de explosivos e que aponte os crimes que vêm sendo apurados, quais as ações para coibir os criminosos, entre outros. “Buscamos com o Ministério encontrar respostas práticas para os crimes. Pois é óbvio que somos leigos quando se trata de organizações criminosas com atuação em diversos estados do Brasil”, afirmou.
Mais preparo e estrutura para polícia – Benjamin Maranhão também ressalta a participação do Governo do Estado para combater a criminalidade. “Nossos policiais precisam estar preparados para enfrentar esses grupos que invadem as cidades da Paraíba, arrombam e explodem caixas eletrônicos e agências bancárias e saem impunes. É preciso capacitar e investir em equipamentos para nossa polícia e fazer valer o direito que todo e qualquer cidadão possui em termos de segurança”, declarou.
De acordo com levantamento do Sindicato dos Bancários da Paraíba, do Litoral ao Sertão diversos municípios são alvos da violência contra bancos. De 2011 a março de 2018 é possível observar que as cidades de João Pessoa – Capital da Paraíba –, e Campina Grande – segunda maior cidade do Estado –, são sempre alvo dos criminosos. Já as cidades de Cabedelo, Santa Rita e Caaporã também são vistas como alvos preferenciais da criminalidade.