Em entrevista ao RádioBlog no último sábado (21), durante evento de filiação de membros do Partido Verde, em João Pessoa, questionado sobre a criação da guarda particular para ex-governadores, criada pelo atual governador Ricardo Coutinho (PSB), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não poupou críticas ao socialista. “Um equívoco enorme, uma mentalidade atrasada, que não está compatível com os dias atuais”, disse Cássio. “Não só a guarda, como também o absurdo que é criar cargos de confiança para a fundação José Américo, indicando parentes. Sou radicalmente contra, inclusive, não vou indicar parente meu, até porque eu como governador fui o autor da lei contra o nepotismo”, completou.

Para Cássio, no caso específico da Casa de José Américo, Ricardo oficializou o nepotismo no Estado da Paraíba. “Um nepotismo oficializado para manter o arquivo o governador, que permite que se nomeie parentes, isso é um absurdo, está na contramão de tudo o que está acontecendo hoje no Brasil”, disparou. “O que a sociedade quer é exatamente a luta contra os privilégios, contra mordomia, contra essas estruturas que encarecem os gastos públicos. Tem guarda pessoal para o ex-governador, mas não tem guarda pessoal para a população, o ex-governador é um cidadão como qualquer outro, não pode ser tratado de forma diferenciada”, ponderou.

O senador paraibano também não poupou críticas às mordomias na Granja Santana, residência oficial do governador. “Não é possível permitir que a Granja Santana se transforme num castelo de mordomias, dinheiro público gasto de forma ineficiente”, disse.  O senador defendeu transformar a Granja Santana num grande espaço aberto ao público. “Quando fui governador, não morei na Granja Santana, tenho certeza de que a granja tem os dias contados”, completou.

Cássio Cunha Lima fez ainda um balanço dos trabalhos realizados na condição de presidente do Senado Federal.

Confira o áudio: