A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) está apoiando o ato cultural ‘Pela Vida das Mulheres’, organizado pelo Movimento de Mulheres e Feminista da Paraíba, que acontece nesta sexta-feira (22), a partir das 14h, na Praça da Amizade, bairro do Rangel, na Capital. O evento encerra a jornada feminista em João Pessoa, e contará com shows de Lua Isa, Vó Mera, Manu Lima e Gláucia Lima.
“A Funjope abraça o projeto das mulheres porque entendemos que é com o diálogo e a inclusão de todos os tipos sociais, de todos os gêneros e de todas as culturas que podemos fazer a sociedade melhorar e avançar”, afirma o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele lembra que a Fundação está dedicando, durante todo o mês de março, um conjunto grande de atividades em homenagem às mulheres e afirma que isso não pode ser apenas um discurso, mas sim uma atitude de valorização das artistas. “O prefeito Cícero Lucena tem um governo extremamente inclusivo e a Funjope participa dessa linha de inclusão de maneira concentrada, planejada e intensa”.
O diretor destaca que, no Sabadinho Bom, foi programada para todo o mês uma série de apresentações de mulheres cantoras do samba e do choro. No Hotel Globo também foi feito o mesmo movimento, assim como aconteceu no primeiro concerto da temporada 2024 da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa.
“Nós temos um histórico, na Funjope, de acolher o que se chama de minorias. Na verdade, as mulheres são a grande maioria, mas muitas não ganham a visibilidade e o estímulo necessário para mostrar suas competências artísticas ou culturais”, enfatiza o diretor.
Ele acrescenta que esta ação que acontece no dia 22 é o momento de potencializar isso. “Por isso, nós, da Prefeitura de João Pessoa, damos esse acolhimento muito importante. Esse aspecto valoriza a profissionalização das artistas mulheres e garante que o movimento feminista da Paraíba conquiste o seu lugar. A comissão que organiza essa ação está de parabéns”.
Para a ativista do Movimento de Mulheres e Feminista da Paraíba, Cely Andrade, é de grande importância a articulação feita com a Funjope. “Essa parceria garante também a dignidade com relação às nossas artistas, cantoras que estarão se apresentando no dia 22. Elas também constroem esse movimento junto conosco. Vó Mera, por exemplo, é uma referência da cultura popular”, afirma.
Ela ressalta que Marcus Alves tem uma sensibilidade muito grande e está no lugar certo. “Nós só temos que agradecer por essa parceria que nos deixa muito felizes. Com isso, fazemos com que nossas artistas tenham a dignidade de se apresentarem e receberem por essa prestação de serviço. Estou muito grata”, diz.
Cely Andrade lembra que a abertura da programação voltada às comemorações do Dia Internacional da Mulher ocorreu no Ponto de Cem Réis e, para fechar, em João Pessoa, já que lembrando que a jornada feminista segue até o final do mês, o Movimento de Mulheres decidiu levar a ação para um dos bairros da periferia.
“Nós consideramos importante esse movimento com as mulheres da comunidade. Isso faz com saiamos da bolha e não falemos só para nós mesmas. Vamos ao encontro delas. A construção desse ato político e cultural pela vida das mulheres na Praça da Amizade contou também com o apoio de um grupo de mulheres da Comunidade São Geraldo. Nós fomos dialogar com elas”.
Ela afirma que as parcerias são fundamentais e, no próximo ano, a ideia é levar o movimento para outro bairro. “Esse momento é extremamente significativo”, pontua.
Programação – Dentro das ações desenvolvidas no ato cultural ‘Pela Vida das Mulheres’, haverá ciranda de serviços, com apoio da Secretaria da Mulher do município. Também acontece a Feira das Pretas e rodas de diálogo sobre violência contra a mulher.
O movimento vai montar uma tenda exclusiva para que as crianças fiquem em segurança, com cuidadoras, enquanto as mães participam das palestras e das performances.
“Os temas são muito importantes e esse momento é fruto de muito trabalho e de parcerias com movimentos sociais, movimentos sindicais. O diferencial deste ano é o apoio da Funjope. Estamos muito gratas por essa parceria e queremos trazer as mulheres da comunidade, que elas venham, participem, opinem”, conclui Cely Andrade.