Desde a primeira quinzena de janeiro, a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), está acompanhando e orientando centenas de mulheres sobre o cadastramento do Programa Dignidade Menstrual do governo federal, para a aquisição de absorventes higiênicos gratuitos. No Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Galante, por exemplo, o cadastro, feito com o auxílio das equipes da unidade, tem avançado bastante e já somam 112 cadastros dos 155 atendimentos referentes ao programa. No Cras Aluízio Campos foram 14 cadastros até o momento.
Em outras unidades, como o Cras Malvinas, muitas usuárias já tem acesso ao site do governo federal (www.gov.br), no entanto, não sabem como realizar o cadastro, e outras não têm acesso ao e-mail cadastrado. Nesses casos, as equipes do Cras estão criando um e-mail novo, e preenchendo o formulário disponível no gov.br, para solicitar recuperação da conta. A partir do envio desse formulário, a resposta por parte do Ministério da Saúde é enviada no prazo de até 3 dias.
Esta semana, o Cras Jeremias também realizou capacitação com toda a equipe da unidade, e visitadoras do programa Criança Feliz, já que muitas famílias que são visitadas pelas equipes ainda têm dificuldades para realizar o cadastro, e ter acesso ao benefício. “Por sermos todas multiplicadoras dessas informações, especialmente no que diz respeito à saúde da mulher, resolvemos realizar uma roda de conversa, onde trabalhamos o passo a passo de como fazer o cadastro, utilizando os aparelhos celulares, e tenho certeza que, agora, todas estão aptas para repassar as orientações”, disse a coordenadora do Cras, Kátia Suzana.
Por outro lado, a coordenadora do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua – Centro Pop, Mônica Loureiro, tem considerado um pouco tímida a procura pelo cadastro e pelo benefício, por parte das mulheres acompanhadas na unidade, talvez por não entenderem a importância desse benefício, para facilitar o dia a dia delas.
“Inicialmente tivemos dificuldades para cadastrar essas mulheres, já que a maioria, não possue documentos (que acabam sendo extraviados no dia a dia das ruas) e claro, aparelhos celulares. Mas conseguimos organizar o cadastro através da nossa equipe técnica. O desafio agora é conscientizar nossas usuárias sobre a importância de ter acesso aos absorventes higiênicos, para tentar trazer mais conforto e dignidade, considerando a realidade difícil de quem vive nas ruas”, ressaltou a coordenadora.
Critérios para cadastramento
Para ter acesso ao benefício, é necessário o cadastro no aplicativo Meu SUS Digital, que substituiu o ConecteSUS. No aplicativo, é emitido a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”, para levar à farmácia credenciada, em formato digital, junto com um documento pessoal. O benefício é voltado para mulheres de 10 aos 49 anos de idade, cuja renda familiar mensal seja de até R$ 218,00. Para estudantes de instituições públicas de ensino, a renda salarial mensal por pessoa permitida vai até meio salário mínimo (R$ 706,00). E para as pessoas em situação de rua, não há referência de renda.